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Mostrando postagens de 2010

Mensalão oficializado

Houve um momento crucial do governo que se finda, marcado pelas noticias de existência de um tal “mensalão”. Segundo se divulgou à época, no congresso nacional, um certo numero de parlamentares, “inconformados” com seus “parcos vencimentos” oficiais, estariam recorrendo a um expediente pouco ortodoxo, e sendo beneficiados com polpudas somas adicionais, oriundas de fontes “por fora”. O caso transformou-se num escândalo político, que ocupou espaços na mídia e gerou transtornos para o governo que, finalmente, conseguiu abrandar os efeitos danosos, ao afiançar que “nada sabia, nada viu” e, portanto, o suposto mensalão, seria uma obra de ficção. Na verdade, o problema de então, acabou gerando situações embaraçosas para uns tantos políticos, que chegaram a ser afastados de seus postos. As noticias davam conta de situações inusitadas, como transporte de dólares em cuecas, meias, bolsas, malas e tudo quanto servisse na ocasião, para ocultar o transito de verbas, não se sabe de onde vindas, ou ...

Impostos transversos

Volta e meia, os questionamentos sobre a pesada carga tributaria suportada pelos contribuintes brasileiros, ocupa espaços na mídia, no ambiente empresarial e nas discussões políticas. Estamos chegando ao final de mais um governo, em dose dupla, face o cumprimento de dois mandatos sucessivos, e a questão da carga tributaria, apesar de muitas promessas de solução, permanece intocada. Pior que isso: os indicadores macroeconômicos demonstram que, nos últimos anos, ela manteve sua tendência de elevação continua, enquanto a contraprestação de serviços nas áreas de saúde, educação, segurança, transportes coletivos, enfim, os serviços públicos básicos de responsabilidade imediata do governo, caminham em direção inversa, em alguns casos, chegando a níveis de calamidade. Praticamente o tema, ficou à margem das plataformas de campanha eleitoral, mas nem bem conhecida a eleita, seus próceres já prenunciam o retorno da malfadada CPMF ou coisa parecida. É impressionante a sanha arrecadadora dos nos...

Continuar ou não...

Ultrapassada a barreira das eleições, temos uma governante eleita, interrompendo a sequencia de governantes que a antecederam. A campanha eleitoral, ao nosso ver, teve o inconveniente de um segundo turno, no qual, ânimos foram exaltados, e no resultado final, pode-se contemplar no mapa do Brasil, o contraste de um divisionismo marcante. Penso que, a forma como esta campanha foi elaborada e executada, conduziu ambos lados a equívocos, que certamente emergirão nos dias que se seguirão. De um lado, o equivoco das oposições, que imaginaram poder alcançar êxito, simulando a possibilidade de garantir a continuidade do governo atual, a ponto de enaltecer o governante de plantão. Pecaram pela falta de propostas alternativas autenticas e, pela covardia em confrontar o adversário real. A falta de credibilidade que isso gerou, refletiu-se num incomodo índice de elevada rejeição do candidato, ao longo de toda a refrega. De outro, o equivoco dos eleitores governistas, que foram induzidos a acredita...

Persistindo nos erros

Mais uma vez a comunidade estudantil que se submete anualmente aos exames do ENEM, é surpreendida com uma sucessão de falhas envolvendo a elaboração e aplicação das respectivas provas. No ultimo final de semana, ficaram patentes, erros na montagem das provas e falta de uma revisão adequada. Os problemas envolvem, ora as gráficas contratadas, ora o INEP (um órgão do MEC), responsável pela elaboração e aplicação das mesmas. Como resultante, no passado, já foram denunciadas ocorrências de vazamento de questões e outros problemas; no exame atual, haviam folhas repetidas, alunos não receberam todas as questões e, registrou-se ocorrência de gabarito de respostas incorretamente identificado. Acrescente-se o inusitado de um suposto repórter, ter postado na mídia, o tema da redação... As situações que geram prejuízos de toda ordem para os candidatos, contribuem cada vez mais, para o descrédito acentuado de tais exames. E o pior: acentua os sintomas de incompetência da parte do MEC, para organiz...

A liturgia do cargo

Apesar de tantas mazelas políticas, o Brasil tem vivido momentos especiais, ainda que raros, que espelham a grandeza no exercício de cargos públicos. Foi por exemplo, o que aconteceu na transmissão de cargo, do ex-Presidente FHC, para o atual, Luis Inácio. A sociedade pode contemplar, serenidade e brilho, no encontro civilizado de dois cidadãos que, antes de chegar ao mais alto posto da política nacional, pugnaram, cada um ao seu tempo e estilo, pela normalidade democrática e retorno pacifico ao Estado de Direito. Um momento, que deveria servir de parâmetro, diretriz, aos tempos seguintes, porque, entre outras coisas, ambos, proclamaram em suas trajetórias, o ideal de uma Nação unida, pacifica, ordeira. Razões que certamente, motivaram à época, ao sucessor, proferir amplos elogios e referencias à postura democrática e meridiana do sucedido, principalmente no curso da disputada campanha eleitoral. O respeito, à seria e compromissada liturgia do cargo, haveria de motivar e sensibilizar o...

Paradoxos e contradiçoes.

Já se tornou lugar comum, afirmar que o segundo turno de uma eleição, é uma nova eleição, com embates diferentes e uma campanha polarizada. Na atual eleição, embora uma candidata ousasse proclamar que: “Nem Cristo lhe tiraria a vitória”, a surpresa do segundo turno, revela que “há mais mistérios entre o céu e a terra, do que pode imaginar nossa vã filosofia...”. Pelo menos, contrariando a filosofia dela, o Cristo, lá do alto de suas reflexões, deve ter proclamado: “Em verdade, em verdade vos digo, que é mais fácil uma pobre e coitada ex-seringalista, conquistar os corações do povo, do que uma prepotente apressada chegar ao planalto...”. São crenças simples e básicas, que alguém que sempre militou, com méritos que insiste exaltar, pautada na idéia que “a religião é o ópio do povo”, não consegue compreender. Mas, ultrapassada a ressaca psicológica de um reves inesperado, a campanha nos traz novos paradoxos e contradições terrenas e materiais: Em primeiro plano, o Presidente Lula, patrono...

Sonhos e pesadelos.

A mídia e as mais recentes pesquisas, repercutiram nos últimos dias da campanha eleitoral, sintomas negativos para a campanha da candidata governista à presidência, produzindo um novo cenário: o que parecia uma evolução crescente, converte-se numa expectativa incomoda de um segundo turno, imprevisível e indigesto. De um lado, prenuncia a perspectiva de abalos ao sonho dourado do atual governante, de conquistar ainda no primeiro turno, uma vitória avassaladora, impulsionada por sua inquestionável popularidade. Desenha-se para o governo, o pesadelo da repetição do ocorrido na ultima eleição de 2.006, quando, confrontado a um candidato sem “sabor” e carisma político, amargou ate o final das apurações, a sensação de uma derrota parcial, que obrigou à celebração de conchavos de toda ordem, para superar vulnerabilidades, e reverter o quadro, somente no segundo turno. Por outro lado, a campanha que parecia caminhar para um resultado de “favas contadas”, desandou o ritmo, e por conta de uma “o...

A criança e o doce.

Se você lembra dos tempos de criança, quando não tínhamos discernimento para decidir ou entender as coisas, nossas escolhas geralmente eram impostas pelos pais, e nem ao menos nos preocupávamos com o que acontecia à nossa volta, vai recordar: ao visitar uma casa estranha, geralmente nossas mães faziam severas recomendações, do tipo, “comporte-se dessa ou daquela forma”; “não se intrometa na conversa das pessoas”; “não aceite nada que lhe oferecerem, sem a permissão de sua mãe”... A criança, alienada, desprovida de iniciativa, submetida à “lavagem cerebral” que lhe tolhia qualquer informação alternativa, contrariando seus ímpetos e vontades, acabava submetendo-se às “imposições”, como se fosse um escravo subserviente, um animalzinho de estimação obediente e bem treinado. Este, era o “modelo” de comportamento esperado e imposto, ainda que a criança se defrontasse com a oferta de um delicioso doce de chocolate recheado de côco ou morango... Minha mãe contava um desses episódios em que, sa...

Favela Brasil.

Há talvez uns dois anos, assistimos pela TV, o funeral de um líder do trafico de drogas, que liderava a comunidade de uma das favelas cariocas. A reverencia, as manifestações, deixaram transparecer uma comunidade, que cultuava o líder, apesar de seu histórico de crimes. Comenta-se que esses lideres acabam sendo responsáveis por uma espécie de “governo paralelo”, nas comunidades onde vivem e atuam, convertendo-se em “protetores” daquele povo. Pouco tempo depois, assistimos outro episodio, no qual a comunidade manifestava-se de forma violenta, porque um dos lideres de facção criminosa, fora encurralado e preso. Infelizmente, estes fatos tem se tornado comuns nos últimos tempos. As pessoas, parecem ter-se submetido a uma verdadeira mutação alienígena, distanciando-se da lógica racional de comportamentos. Prevalece nesses casos, uma escala anormal de valores, na qual, os indivíduos parecem surdos, mudos e analfabetos em relação a princípios de conduta, moral, cidadania. As normas da socie...

Há algo de podre no “reino da Dinamarca...”

A tão conhecida frase, esta numa das traduções do Ato I, Cena 4, de Hamlet, de Shakespeare, um gênio que produziu algumas das mais famosas e clássicas obras do teatro. Embora produzida há tanto tempo, aplica-se como uma luva ao momento histórico-eleitoral que vivemos. Principalmente, porque esta sendo tratada como mera “frase de teatro”, apesar da gravidade dos fatos que inspiram sua repetição, no atual contexto. A platéia de eleitores, assiste passiva, entorpecida e inerte, ao desenrolar dos capítulos de uma novela de fatos escabrosos no âmbito dos núcleos mais elevados do governo. A tão decantada Casa Civil, ambiente mais próximo da Presidência, parece ter se convertido num “Teatro de Horrores”, face a sucessão de escândalos que a envolveram nos últimos anos. Convenientemente, mesmo os casos mais absurdos e evidentes, envolvendo figuras do alto escalão da Republica, foram até então, objeto ate de piadas, metáforas e argumentos malabaristicos, sempre na insistente desfaçatez que, obje...

Eleição “assobrejetica e camaleosa...”

Como diria o humorista Jose Vasconcelos, lembrando seu celebre discurso de um candidato pelo “PSJ”, Partido Sem Juscelino... Na atualidade, o famigerado “Horário Eleitoral”, tem revelado absurdos, que ate superam a criatividade de humoristas profissionais. A campanha eleitoral em curso, trouxe como de outras vezes, uma inovação complicadora, a tal “Ficha Limpa”. Não cabe questionar os méritos do projeto, que, indiscutivelmente, contribuira de alguma forma para afastar da “competição”, alguns políticos face seus antecedentes criminais ou corruptivos. Os objetivos são validos, na medida da memória limitada do eleitorado e, do desconhecimento de problemas que envolveram os candidatos, ora sob a mira de regras eleitorais inovadoras, mas que, trazem ainda certa desconfiança quanto à sua eficácia e aplicação complicada. Sem duvida, o celebrado direito à ampla defesa e contraditório, deve ser preservado indistintamente, por se constituir em principio ligado às garantias individuais, à liberda...

Bons ventos de lá, sombras daqui.

A velha ditadura de Fidel na Ilha de Cuba, já foi no passado, fantasiosamente retratada como uma espécie de “paraíso socialista”, por intelectuais, artistas, políticos e seguidores. A esquerda radical no Brasil, proclamando em prosa e verso, supostas maravilhas, que sonhavam implementar em nosso ambiente, ergueu bandeiras de luta pautadas na necessidade de “revolucionar nosso sistema”, migrando para a utópica ditadura proletária. Numa época em que, tínhamos acessos limitados a informações do nosso próprio Pais, o que dirá, de terras distantes, de onde as noticias, dados e comentários, eram filtrados, manipulados ou distorcidos, sempre me intrigou o fato inquestionável, de milhares de cubanos que “fugiam do tal paraíso”, enquanto nunca tivemos noticia de alguém que se dispusesse a mudar para lá em definitivo, nem mesmo, os brasileiros mais entusiastas e fervorosos adeptos da doutrina. Situação similar ao que ocorria no famigerado muro de Berlim. Alguém que visita a Disney nos EUA, volta...

Um novo tempo.

Pesquisas eleitorais, expressam num determinado momento, números frios, calculados, às vezes manipulados por conveniências ou interesses. Elas são divulgadas em profusão no curso das campanhas eleitorais, por um numero crescente e diversificado de institutos, em alguns casos para atender objetivos específicos. De algum modo, contribuem para influenciar, orientar e ate manipular o eleitorado. Mas, como reconhece a “sabedoria popular”, uma imagem vale mais que mil palavras. E varias imagens, podem retratar uma realidade incontestável. No andamento da atual campanha eleitoral, no campo majoritário, observa-se em relação aos dois candidatos de ponta, que as imagens tem sido mais incisivas que as próprias pesquisas. De um lado, um candidato que se anunciava melhor preparado, apresenta sintomas faciais claros de desanimo e apreensão. De outro, uma candidata de quem se esperava dificuldades de postura e desempenho na campanha, aparecendo fagueira, confiante, bem falante, decidida. Não vamos i...

Diplomacia avacalhada...

O histórico da diplomacia brasileira, contem registros de episódios dignificantes. Embora no passado o Pais não exibisse posição destacada no cenário econômico internacional, ou mesmo a condição de uma potência bélica, suas posturas no contexto das relações internacionais, sempre nos asseguraram um lugar de destaque. Quer seja no âmbito regional, na condição de mediador de conflitos, ou mesmo no cenário mundial, figuras ilustres da nossa diplomacia, ocuparam espaços memoráveis que elevaram nosso conceito, em situações às vezes criticas. Tivemos participações destacadas em momentos importantes da historia, a exemplo da brilhante presença de Ruy Barbosa em Haya, ou na pessoa de Oswaldo Aranha, presidindo a memorável assembléia que resultou na criação do Estado de Israel. Pela via diplomática, o Brasil sempre defendeu princípios elevados, participou de eventos históricos de importância para a humanidade, esteve atuando em lugares distantes e, sempre teve o Itamaraty respeitado, como celei...

Agora é tarde...

Qualquer personagem politico, seja contemporâneo ou de um passado distante, defronta-se com as fatais reciclagens da historia contada ou recontada, em versões às vezes dispares. É o fenômeno do passar do tempo, cujas nuances transformam o julgamento passado, presente ou futuro de cada um. Noutros tempos, de limitada influência das mídias existentes, ou por conta de também limitadas liberdades de expressão e percepção da realidade, as versões auto-construidas ou engendradas por grupos de interesse, prevaleciam por mais tempo. Foi assim com grandes personagens de nossa historia, tais como, D. Pedro, Caxias, Bonifácio de Andrada, Tiradentes, Getulio, Juscelino, e tantos outros, cujas passagens no cenário nacional, estiveram imaculados, ate que o passar do tempo e as reviravoltas interpretativas, trouxeram à luz, suas verdadeiras dimensões: positivas ou negativas, a depender do ponto de vista posterior. Nos tempos atuais, moldados pela mídia investigativa, maior liberdade de expressão, ond...

O DESABAFO CENTENARIO

Ao visitar minha avo, após um de seus últimos aniversários, minha mãe perguntou: - Mamãe, como passou seu aniversario? Ao que ela respondeu: - Todos em paz e com saúde, minha filha. Inconformada com a resposta, comentou: - Mas mamãe, isso é maneira de comemorar um aniversario? Não teve uma festinha, presentes, bolo, convidados e tudo mais? Minha avo respondeu: - Filha, quando chegar à minha idade, você vai compreender que, estar em paz e com saúde, é o mais importante na vida! Quanto todos nos gostaríamos que, ao completar seu centenário, Itabuna estivesse em perfeita paz e, bastante saudável? Nem estaríamos nos importando com festas, shows, inaugurações e outros eventos que, certamente, marcarão a data, de forma a enaltecer a efeméride e disfarçar momentaneamente, os graves problemas do cotidiano. Em verdade, aos cem anos de emancipação política, a cidade ainda padece de segurança publica desejável, saneamento e saúde publica mais eficiente, a violência grassa incontrolável, e outros ...

Direitos confusos e especializados.

Ao confrontar o mundo do Direito – o ordenamento jurídico (normas positivadas) – e o mundo real – as circunstancias praticas de aplicação e efetivação desses mesmos instrumentos normativos – os indivíduos, em tese destinatários dessas normas, deparam-se com especificidades, que tornam confuso, o entendimento do que seria o principio da dignidade da pessoa humana. A sociedade humana experimentou ao longo de séculos, à evolução das gerações dos Direitos, num primeiro estagio, aqueles ditos fundamentais, tais como, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade, à segurança. Estes, pautados por razões naturais e marcados pela necessidade de confrontar e limitar o absolutismo de soberanos e, poderes do Estado. Num segundo estagio ou geração, vieram os denominados “direitos sociais” – que albergam a saúde, o emprego, a educação, a moradia e as demais formas de assistência social. Estes, pautados numa visão do Estado, como promotor do “Bem estar Social”. Ao Estado, e por consequên...

O soldadinho de chumbo, o palhaço e o comedor de melecas...

O futebol, esporte que apaixona multidões, tem na Copa do Mundo a cada quatro anos, o seu apogeu. Cada Copa, tem sua historia, inovações, eventos fantásticos, personagens marcantes. Algumas, tornaram-se memoráveis, pelo espetáculo produzido pelos “artistas da bola” e suas façanhas incríveis. Nos “palcos verdes” de cada Pais sede, lances incríveis e geniais, de personagens inesquecíveis, como Pelé, Garrincha, Ademir, Zizinho, Didi, Gilmar, Stoichkov, Puskas, Di Stefano, Leônidas, Lev Yashin, Fontaine, Cruiff, Ronaldo, Maradona, Zidane, Nilton Santos, Romário, e tantos outros jogadores geniais, escreveram a historia das Copas e, legaram à posteridade imagens inesquecíveis. Citar alguns poucos nomes, chega a ser problemático, diante o elenco de magistrais jogadores. E nem podemos esquecer o Preguinho, primeiro brasileiro a marcar um gol, na longínqua 1ª Copa de 1930. Para nos brasileiros, pelo menos em cinco oportunidades, as Copas tem representado momentos de euforia, de paixão, de cong...

"Não é a mamãe..."

Lembro daqueles filmes da serie “Família Dinossauro”, onde o “Babysauro” – um simples bebê arteiro e inteligente – protestava contra quem pretendia substituir sua mãe. Tem muito a ver com a atual campanha política. O Presidente, do alto de sua elevada popularidade, insiste “Dungamente”, em emplacar sua sucessora, uma candidata fora do contexto político natural do seu partido, que no inicio, desagradava a gregos e troianos. O “estilo Dunga” de imposições, já provou na pratica recente, o quanto desastroso pode resultar o egocentrismo e teimosia de escolhas e métodos, contrariando a lógica mais prudente, quando se trata dos destinos da Nação. A popularidade e simpatia do governante, tão exaltadas pela mídia subserviente e acumpliciada, tem servido como anteparo, para esconder o “Dino” falastrão, metafórico, e às vezes inconsequente, em situações que estariam a exigir posturas melhor afeiçoadas a um líder político com estatura de estadista. O recurso ao discurso jurássico, populista e dema...

Pesquisas, euforia e decepção

Ate o inicio do segundo tempo, do jogo que poderia levar o Brasil a mais uma semifinal, 405 minutos foram suficientes para elevar ao paraíso, a avaliação dos torcedores em relação ao técnico Dunga e sua seleção. Antes do jogo, na Internet, pesquisas apontavam 70% de aprovação ao Dunga – um índice respeitável em matéria de técnicos de seleção. Parecia que tudo se conjugava para transformar ate jogadores ilustres desconhecidos do grande publico, em novos ídolos. Imagino que, se não tivéssemos de engolir aquela “laranjada azeda” do segundo tempo, o nosso técnico e seu elenco, se tornariam recordistas de popularidade e aprovação, um novo fenômeno, capaz de causar inveja a políticos carismáticos que se jactam de ter alcançado níveis invejáveis de popularidade. O “fenômeno Dunga”, ilustra muito bem o significado de índices de aprovação, que apresentam evolução meteórica. Percentuais elevados, podem ser alcançados por um personagem, sem que haja efetiva consistência na sua avaliação. Para is...

O consumidor refem

Há algum tempo atrás, um incidente na rede elétrica, provocou uma “pane” no medidor digital de saída de combustível da bomba de combustíveis, de um determinado Posto da cidade, e em conseqüência, houve uma acumulação indevida de salvo engano, um milhão de litros. Toda vez que ocorre falta de energia, o relógio digital, entra em pane, e quando a energia retorna, observo números totalmente dispares no mostrador. Você consumidor, já deve ter observado que, mesmo com todas as lâmpadas desligadas em sua casa, sempre restam ligados uma geladeira, um telefone digital, ou aquelas luzinhas piloto, vermelhas ou verdes, acesas em alguns equipamentos eletrônicos. Estas “ligações”, consomem energia e recebem as cargas oscilantes da rede, quando acontecem incidentes, cada vez mais freqüentes. As observações acima, vêem a propósito do grave problema que esta atingindo vários consumidores de energia, nos últimos meses: leituras absurdas de suposto consumo, resultando em contas estratosféricas. E caber...

De outro planeta...

O sertanejo chega ao guichê da rodoviária, e pergunta à moça do atendimento: - Moça, voismicê fala “nordestês”? - Como? “Nordestês”? - Sim, é cuma nois fala aqui no Nordeste... - Olha moço, eu também sou do Nordeste. Moro aqui desde quando nasci. Afinal, o que o senhor quer? - Entonce, bão... nois sumo conterranio! É qui eu quero uma passage pro Brasil. - Mas o senhor esta no Brasil, o Nordeste faz parte do Brasil. E, o senhor pretende ir para onde afinal? - Oia moça... voismicê tá enganada. Nois num tamo no Brasil, coisa ninhuma. A muié qui é candidata do Prisidente, disse qui, pur causu da pobreza e da miséria, nois sai do Nordeste, e vai pro Brasil... e pelo sim pelo não, eu já tô picano a mula... - O senhor deve ter ouvido mal alguma coisa. Não tem sentido isso. - Oia moça... eu vi num tar de “tuita”, na casa do cumpade Terenço.. Sabe, o cumpade Terenço, tem um cumputadô, qui sabe coisa... Ô maquininha da mulesta... Sintido e maguado tô eu, di sabê, qui num sô brasilêro, só purquê ...

Procurando o personagem...

Não passou despercebido e está a merecer condenações, o ridículo episodio da foto-montagem, que “insinuava” uma suposta participação da candidata do Presidente, na famosa Passeata dos Cem Mil – um indisfarçável truque de ilusionismo – enquanto a personagem real, estava muito distante dali, sabe-se Deus onde, e cumprindo quais “missões heroicas”. Pelo andar da carruagem, se na mesma toada, resolverem colocar no seu site, umas fotos de “momentos de lazer na praia”, corremos o risco de ver fotos da celebre seqüência de Norma Bengell, no filme “Os cafajestes”, primeiro filme brasileiro a exibir cenas de nudez explicita, dirigido por Ruy Guerra e, recordista de bilheterias no inicio da década de 60... Cabe ressalvar que, o filme de 1962, foi anterior às lutas contra a ditadura. Mas, nem por isso, deixou de retratar uma “forma alternativa”, de confronto com a “dita dura...” (desculpem, o trocadilho infame...). Algo do tipo, “make love, not war”, também em voga naqueles tempos. Seria uma “caf...

Vendo fantasmas...

Imaginem, no carnaval ou micareta, o trio elétrico desfilando em meio ao povão, com o Durval Lelys, a Claudinha ou Ivete, cantando a plenos pulmões a musica: “Eu quero é mais...”. De repente, aparece a policia e manda parar tudo, porque a musica “parece fazer propaganda subliminar” para um candidato a presidente... Você vai a um restaurante, é servido pelo garçom e... não pode pedir “mais”, porque “parece estar fazendo propaganda eleitoral subliminar...”. Pior seria se alguém nascido em 1.965, resolvesse comemorar sua idade atual (não posso nem ousar dizer quantos anos...), e distribuísse convites à galera. Provavelmente, correria ate o risco de ser preso... Quanta asneira. O episodio do “jingle da Rede Globo”, censurado e retirado do ar (por iniciativa da emissora), retrata a que ponto pode chegar o “patrulhamento” a que estamos todos submetidos na atual campanha eleitoral. Reputo a emenda (retirar do ar o jingle), pior que o soneto. Demonstra um grau de subserviência, a que pode cheg...

O "jus esperniandi"...

Será que o Presidente ficou nervoso e perdeu as estribeiras, com as duas multas que lhe foram aplicadas pelo TSE, sob acusação de propaganda eleitoral antecipada para sua candidata? Pelo sim, pelo não, o presidente nacional da OAB, classificou como “assustadora e incompatível com a responsabilidade do cargo”, suas recentes declarações, criticando decisões judiciais. Vários magistrados, representantes de entidades do meio jurídico e, ate o ministro presidente do STF, manifestaram reprovações às atitudes e comentários do Presidente, nesta e noutras ocasiões recentes similares. A obediência às leis e subordinação às decisões da justiça, que afeta todos os cidadãos, desde o mais simples ate o mais alto mandatário da Nação, é condição para o respeito e manutenção do Estado de Direito. Num ambiente democrático, cabe ao Poder Judiciário, administrar o Estado de Direito, fazendo cumprir e observar as leis, em especial, a Constituição, a qual, o Presidente jurou cumprir, quando assumiu seus man...