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Mostrando postagens de maio 20, 2008

Para rir ou para chorar?

O mais alto mandatário da Nação, do alto de sua potestade, proclamou recentemente, aos quatro ventos que, “o brasileiro está pagando mais impostos porque está ganhando mais” e afirma que “não há aumento de carga tributária”, acrescentando que “o Brasil não pode ter medo de arrecadar mais”... Não é que eu tenha medo. Eu fico apavorado, aterrorizado, em pânico... nem sei se é para rir da piada de muito mal gosto por sinal, ou se para chorar de pena dos milhões de contribuintes, que já não suportam a carga tributaria escorchante que nos é imposta. Mas, apesar do flagrante escárnio para com seus semelhantes, paciência. Ainda bem que o Presidente não freqüentou nenhuma faculdade de economia, pois se assim o fosse, correria o risco de ser levado a serio: estaria falando com a propriedade e autoridade de quem conhecia do assunto e o episodio seria mais grave. Mas como ele próprio gosta de se intitular, um mero ex-operario, ex-retirante, certamente pouco afeito às ciências, havemos de contempo...

Contra ou a favor

Um aluno curioso, perguntou-me recentemente: - “Professor, você é contra ou a favor da cobrança da CPMF?” A resposta não pode ser simples e direta, porque a questão é complexa. De um lado, o tributo com as características da CPMF, é um importante e eficiente instrumento de arrecadação, além de representar um mecanismo indireto de fiscalização de movimentações financeiras. Sob esse aspecto, deveria ser mantida. Por outro lado, representa mais um tributo dentre tantos que já incidem sobre a já combalida produção dos brasileiros. Em sendo a carga tributaria elevada e crescente, a incidência de mais um tributo, com alíquota elevada nos moldes da CPMF (0,38%), deveria ser descartada. Ai reside o problema. Alem da carga tributaria elevada, por conta dos diversos tributos incidentes, a CPMF acaba por provocar um efeito cascata indesejável, sob dois ângulos: a sucessão de operações financeiras que ocorrem no fluxo produtivo e no mercado de bens e serviços, é alvo de sucessivas incidências; a C...

A guerra pela água

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A crise mundial de abastecimento de água para as populações, que se avizinha, já atingindo em cheio vastas extensões territoriais no mundo, é um serio problema que nos afeta direta e indiretamente. Embora ostentando uma posição privilegiada, porque detém cerca de 13,7% das reservas de água doce utilizáveis do planeta, o Brasil além dos problemas internos de desperdício, mal uso, poluição e deterioração de mananciais, vem se defrontando gradativamente, com um processo de exploração silenciosa destas reservas, decorrente da “importação crescente de água”, por parte de paises onde esse recurso vai se tornando cada vez mais escasso. O problema, deveria ser objeto de maior preocupação e planejamento da parte de nossos dirigentes, mas, ao que parece, passa ao largo inclusive do grande publico, que não se dá conta do processo predatório. Embora o consumo pessoal (uso domestico), seja o alvo preferencial das campanhas desenvolvidas por entidades de toda ordem, este representa juntamente com as...

UM NOVO MODELO

Queiram ou não, os itabunenses estarão elegendo no próximo pleito, o administrador municipal, que vai encarar o centenário desta nossa cidade. Será que já se deram conta disto ? Embora o centenário para uma cidade, não represente tanto, se compararmos às experiências até milenares de outras tantas, que ainda convivem com problemas de toda ordem, no caso de Itabuna, a questão deve nos levar a refletir. Refletir principalmente, porque estamos no tempo certo para isso. A experiência recente dos últimos pleitos eleitorais, demonstra que, estivemos sempre presos a imagens pessoais de políticos de plantão, ou apegados a acordos e conchavos de agremiações partidarias, nem sempre tão políticos, a ponto de relegar a segundo plano, o que seria essencial – conhecer a priori, as propostas plausíveis, os programas de trabalho destes candidatos. Uma rusga política ou fissura partidária aqui, uma denuncia ou traição acolá – terminavam por ser decisivas na eleição. É certo que, o eleitorado, indiscuti...

UM FIO DE ESPERANÇA

Sejam bem-vindos o Presidente Lula e seu denominado PAC do cacau; a região agradece pela visita, já repetida por outros áulicos que aqui aportaram, trazendo também o anuncio de boas novas. A sociedade regional, submetida aos rigores impostos pela convergência de problemas que a atingiram nos últimos tempos, deve reconhecer a importância de mais uma perspectiva, retratada como positiva, haja vista que, a solução ao menos parcial dos problemas que nos afligem, depende inapelavelmente de ações governamentais oriundas de esferas superiores do poder. A carência de recursos e programas de ação conjunta, não supridas nos momentos mais críticos, nos trouxe à condição de “dependência desesperadora”, onde não restam alternativas, senão “acreditar ou acreditar”. Já não podemos quedar em devaneios e suposições, a ponto de cogitar sobre a confiabilidade ou não das propostas trazidas. É certo que, as experiências anteriores de soluções prometidas e não cumpridas, ensejaram o grau de desilusão que af...