Pesquisas, euforia e decepção
Ate o inicio do segundo tempo, do jogo que poderia levar o Brasil a mais uma semifinal, 405 minutos foram suficientes para elevar ao paraíso, a avaliação dos torcedores em relação ao técnico Dunga e sua seleção. Antes do jogo, na Internet, pesquisas apontavam 70% de aprovação ao Dunga – um índice respeitável em matéria de técnicos de seleção.
Parecia que tudo se conjugava para transformar ate jogadores ilustres desconhecidos do grande publico, em novos ídolos. Imagino que, se não tivéssemos de engolir aquela “laranjada azeda” do segundo tempo, o nosso técnico e seu elenco, se tornariam recordistas de popularidade e aprovação, um novo fenômeno, capaz de causar inveja a políticos carismáticos que se jactam de ter alcançado níveis invejáveis de popularidade.
O “fenômeno Dunga”, ilustra muito bem o significado de índices de aprovação, que apresentam evolução meteórica. Percentuais elevados, podem ser alcançados por um personagem, sem que haja efetiva consistência na sua avaliação. Para isso, muito contribui a exposição na mídia, o ambiente de euforia, a ilusória esperança que tudo vai dar certo. Se as coisas não acontecem como esperado, sobrevêm a decepção, a amargura, o sentimento de perda e frustração.
Bastam uns poucos momentos de sadia e racional reflexão, para aguçar o espírito critico, capaz de compreender que, o desempenho do time, não fora brilhante nos momentos precedentes, a ponto de levarmos dois gols quase infantis, de adversários primários em futebol, nos dois primeiros jogos. O segundo tempo contra a seleção de Portugal, foi lastimável, a ponto de parecer um “jogo de compadres”. No fatídico segundo tempo contra a Holanda, sofremos dois gols em jogadas clássicas ensaiadas dos times europeus, o que não se pode admitir numa defesa de seleção – artificialmente elevada à condição de “melhor defesa do mundo”, antes do jogo...
A essa altura, mesas de debate, discussões, pareceres críticos, buscam interpretar os fatos e encontrar as razões da derrota. Horas e horas de replays, comentários, vão povoar nossa TV nos próximos dias. Nas mesas de bar, nas reuniões entre amigos e colegas de trabalho, milhões de “técnicos”, estarão a escalar times dos sonhos e enumerar alternativas que poderiam evitar o desastre. Nada capaz de mudar a historia de uma seleção, que “virou suco”, parodiando o titulo de velho filme brasileiro.
Certamente, o Dunga vai ser convertido num técnico egoísta, teimoso, sem experiência, irritadiço, anti-social, ditatorial... Lembram do Lazaroni? Provavelmente, este ou aquele jogador vai carregar a cruz de todos os erros. Bigode e Barbosa, que o digam, depois da final com o Uruguay em 1950; passaram à historia, como “coveiros” da seleção – uma injustiça imperdoável. É da índole do nosso povo, que constrói ídolos, e índices astronômicos de aprovação, sem eira nem beira, ao sabor de emoções frívolas e inconseqüentes; ao primeiro reves, crucifica quem quer que seja.
Agora, foi-se a copa para o Brasil, restam as “emoções” de uma nova eleição. Assim como esperamos da seleção, rever seus erros, corrigir rumos, superar deficiências, principalmente porque a próxima competição acontecera no Brasil, assim também esperamos dos nossos políticos uma mudança radical de posturas – porque o mandato dos novos eleitos, será cumprido em nosso Pais e para o nosso povo.
Nesse contexto, seria recomendável, uma boa reflexão sobre o histórico de cada um. Principalmente, em relação ao significado dos “índices de popularidade e aprovação”, que podem esconder deficiências e problemas graves.Cabe ressaltar que, não devemos nos deixar conduzir pelas euforias e falsas impressões, artificialmente construídas pela mídia. Assim como numa copa do mundo, índices de popularidade não ganham títulos, numa eleição, estes mesmos índices, não asseguram garantias de uma boa governança. Não custa refletir com racionalidade, na hora de votar.
Parecia que tudo se conjugava para transformar ate jogadores ilustres desconhecidos do grande publico, em novos ídolos. Imagino que, se não tivéssemos de engolir aquela “laranjada azeda” do segundo tempo, o nosso técnico e seu elenco, se tornariam recordistas de popularidade e aprovação, um novo fenômeno, capaz de causar inveja a políticos carismáticos que se jactam de ter alcançado níveis invejáveis de popularidade.
O “fenômeno Dunga”, ilustra muito bem o significado de índices de aprovação, que apresentam evolução meteórica. Percentuais elevados, podem ser alcançados por um personagem, sem que haja efetiva consistência na sua avaliação. Para isso, muito contribui a exposição na mídia, o ambiente de euforia, a ilusória esperança que tudo vai dar certo. Se as coisas não acontecem como esperado, sobrevêm a decepção, a amargura, o sentimento de perda e frustração.
Bastam uns poucos momentos de sadia e racional reflexão, para aguçar o espírito critico, capaz de compreender que, o desempenho do time, não fora brilhante nos momentos precedentes, a ponto de levarmos dois gols quase infantis, de adversários primários em futebol, nos dois primeiros jogos. O segundo tempo contra a seleção de Portugal, foi lastimável, a ponto de parecer um “jogo de compadres”. No fatídico segundo tempo contra a Holanda, sofremos dois gols em jogadas clássicas ensaiadas dos times europeus, o que não se pode admitir numa defesa de seleção – artificialmente elevada à condição de “melhor defesa do mundo”, antes do jogo...
A essa altura, mesas de debate, discussões, pareceres críticos, buscam interpretar os fatos e encontrar as razões da derrota. Horas e horas de replays, comentários, vão povoar nossa TV nos próximos dias. Nas mesas de bar, nas reuniões entre amigos e colegas de trabalho, milhões de “técnicos”, estarão a escalar times dos sonhos e enumerar alternativas que poderiam evitar o desastre. Nada capaz de mudar a historia de uma seleção, que “virou suco”, parodiando o titulo de velho filme brasileiro.
Certamente, o Dunga vai ser convertido num técnico egoísta, teimoso, sem experiência, irritadiço, anti-social, ditatorial... Lembram do Lazaroni? Provavelmente, este ou aquele jogador vai carregar a cruz de todos os erros. Bigode e Barbosa, que o digam, depois da final com o Uruguay em 1950; passaram à historia, como “coveiros” da seleção – uma injustiça imperdoável. É da índole do nosso povo, que constrói ídolos, e índices astronômicos de aprovação, sem eira nem beira, ao sabor de emoções frívolas e inconseqüentes; ao primeiro reves, crucifica quem quer que seja.
Agora, foi-se a copa para o Brasil, restam as “emoções” de uma nova eleição. Assim como esperamos da seleção, rever seus erros, corrigir rumos, superar deficiências, principalmente porque a próxima competição acontecera no Brasil, assim também esperamos dos nossos políticos uma mudança radical de posturas – porque o mandato dos novos eleitos, será cumprido em nosso Pais e para o nosso povo.
Nesse contexto, seria recomendável, uma boa reflexão sobre o histórico de cada um. Principalmente, em relação ao significado dos “índices de popularidade e aprovação”, que podem esconder deficiências e problemas graves.Cabe ressaltar que, não devemos nos deixar conduzir pelas euforias e falsas impressões, artificialmente construídas pela mídia. Assim como numa copa do mundo, índices de popularidade não ganham títulos, numa eleição, estes mesmos índices, não asseguram garantias de uma boa governança. Não custa refletir com racionalidade, na hora de votar.
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