Mensalão oficializado
Houve um momento crucial do governo que se finda, marcado pelas noticias de existência de um tal “mensalão”. Segundo se divulgou à época, no congresso nacional, um certo numero de parlamentares, “inconformados” com seus “parcos vencimentos” oficiais, estariam recorrendo a um expediente pouco ortodoxo, e sendo beneficiados com polpudas somas adicionais, oriundas de fontes “por fora”.
O caso transformou-se num escândalo político, que ocupou espaços na mídia e gerou transtornos para o governo que, finalmente, conseguiu abrandar os efeitos danosos, ao afiançar que “nada sabia, nada viu” e, portanto, o suposto mensalão, seria uma obra de ficção.
Na verdade, o problema de então, acabou gerando situações embaraçosas para uns tantos políticos, que chegaram a ser afastados de seus postos. As noticias davam conta de situações inusitadas, como transporte de dólares em cuecas, meias, bolsas, malas e tudo quanto servisse na ocasião, para ocultar o transito de verbas, não se sabe de onde vindas, ou para onde idas...
Ate hoje os “mistérios” de então, estão guardados em prateleiras e gavetas, mofando sob a forma de inquéritos inacabados e processos que tramitam a passos de tartarugas, e ate alguns nomes crivados pela “terrível maldição”, já se liberaram sabe-se Deus como, das suspeitas e acusações e, volta e meia aparecem entre os novos “diplomados” nas eleições.
Dizem que, quem afirmava que “nada viu e nada sabia”, ate garantia que se tratava de mais um desses “delírios da mídia”, que também acredita em Papai Noel, mula sem cabeça e caipora... Mas, pelo sim pelo não, “nós o povo”, como diriam os do celebre e combativo Pasquim, ainda esperamos um final para essa historia. Ainda que seja, apenas uma “assombração”...
Dizem os entendidos que, o parlamento, é uma amostra seleta da sociedade e, no Brasil, como tal, espelharia também a criatividade, o “jeitinho” do brasileiro. Há quem duvide, mas precisa rever seus conceitos diante a amostra de “criatividade” expressa na ultima semana, quando nosso parlamento, certamente “preocupado” em não repetir os transtornos do tal “mensalão oculto”, resolveu, de forma “generosamente democrática”, votar e aprovar a oficialização do mensalão.
Agora, podemos ficar tranquilos: não haverá necessidade de mensalões “por fora”, porque nossos parlamentares, promoveram em causa própria, um reajuste de seus vencimentos, que, ate pode ser chamado de indecente, imoral e coisas que tais. Mas, resolve o problema e os riscos anteriores, porque, agora, já esta oficialmente aprovado e legalizado o novo “mensalão por dentro”...
E mais. Adotaram essa providencia, antes mesmo de iniciar os novos mandatos, para que ninguém seja tentado a “voltar ao passado”. Ou seja, a base parlamentar já esta sendo agraciada com vantagens adicionais suficientes, embora, todos sejam unânimes em afirmar que, o vil metal, jamais seria um objetivo a ser perseguido em suas carreiras políticas... E não custa lembrar que, nas entrevistas à TV, alguns ate se manifestaram “constrangidos”, porque terão de cumprir o “doloroso dever” de receber mensalmente, muito mais do que esperavam...
O publico pagante – os contribuintes, certamente terão motivos e serão tentados a protestar e criticar essa vergonhosa, digo, “democrática” solução. Mas, qualquer reclamação a essa altura, será inócua e improcedente, encerrando uma terrível contradição: afinal, não fomos nos mesmos quem os elegeram?
O dito popular: “Quem pariu Mateus, que o balance...”, aplica-se ao eleitorado. Porque lá no congresso, vigora o “Mateus, primeiro os meus...”. Que bom se essa pasmaceira fosse apenas uma simples sátira, para amenizar o publico leitor no final de ano. Mas, acreditem: É a mais pura verdade!
Feliz Natal e um Ano Novo de muitas realizações!
O caso transformou-se num escândalo político, que ocupou espaços na mídia e gerou transtornos para o governo que, finalmente, conseguiu abrandar os efeitos danosos, ao afiançar que “nada sabia, nada viu” e, portanto, o suposto mensalão, seria uma obra de ficção.
Na verdade, o problema de então, acabou gerando situações embaraçosas para uns tantos políticos, que chegaram a ser afastados de seus postos. As noticias davam conta de situações inusitadas, como transporte de dólares em cuecas, meias, bolsas, malas e tudo quanto servisse na ocasião, para ocultar o transito de verbas, não se sabe de onde vindas, ou para onde idas...
Ate hoje os “mistérios” de então, estão guardados em prateleiras e gavetas, mofando sob a forma de inquéritos inacabados e processos que tramitam a passos de tartarugas, e ate alguns nomes crivados pela “terrível maldição”, já se liberaram sabe-se Deus como, das suspeitas e acusações e, volta e meia aparecem entre os novos “diplomados” nas eleições.
Dizem que, quem afirmava que “nada viu e nada sabia”, ate garantia que se tratava de mais um desses “delírios da mídia”, que também acredita em Papai Noel, mula sem cabeça e caipora... Mas, pelo sim pelo não, “nós o povo”, como diriam os do celebre e combativo Pasquim, ainda esperamos um final para essa historia. Ainda que seja, apenas uma “assombração”...
Dizem os entendidos que, o parlamento, é uma amostra seleta da sociedade e, no Brasil, como tal, espelharia também a criatividade, o “jeitinho” do brasileiro. Há quem duvide, mas precisa rever seus conceitos diante a amostra de “criatividade” expressa na ultima semana, quando nosso parlamento, certamente “preocupado” em não repetir os transtornos do tal “mensalão oculto”, resolveu, de forma “generosamente democrática”, votar e aprovar a oficialização do mensalão.
Agora, podemos ficar tranquilos: não haverá necessidade de mensalões “por fora”, porque nossos parlamentares, promoveram em causa própria, um reajuste de seus vencimentos, que, ate pode ser chamado de indecente, imoral e coisas que tais. Mas, resolve o problema e os riscos anteriores, porque, agora, já esta oficialmente aprovado e legalizado o novo “mensalão por dentro”...
E mais. Adotaram essa providencia, antes mesmo de iniciar os novos mandatos, para que ninguém seja tentado a “voltar ao passado”. Ou seja, a base parlamentar já esta sendo agraciada com vantagens adicionais suficientes, embora, todos sejam unânimes em afirmar que, o vil metal, jamais seria um objetivo a ser perseguido em suas carreiras políticas... E não custa lembrar que, nas entrevistas à TV, alguns ate se manifestaram “constrangidos”, porque terão de cumprir o “doloroso dever” de receber mensalmente, muito mais do que esperavam...
O publico pagante – os contribuintes, certamente terão motivos e serão tentados a protestar e criticar essa vergonhosa, digo, “democrática” solução. Mas, qualquer reclamação a essa altura, será inócua e improcedente, encerrando uma terrível contradição: afinal, não fomos nos mesmos quem os elegeram?
O dito popular: “Quem pariu Mateus, que o balance...”, aplica-se ao eleitorado. Porque lá no congresso, vigora o “Mateus, primeiro os meus...”. Que bom se essa pasmaceira fosse apenas uma simples sátira, para amenizar o publico leitor no final de ano. Mas, acreditem: É a mais pura verdade!
Feliz Natal e um Ano Novo de muitas realizações!
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