Paradoxos e contradiçoes.
Já se tornou lugar comum, afirmar que o segundo turno de uma eleição, é uma nova eleição, com embates diferentes e uma campanha polarizada. Na atual eleição, embora uma candidata ousasse proclamar que: “Nem Cristo lhe tiraria a vitória”, a surpresa do segundo turno, revela que “há mais mistérios entre o céu e a terra, do que pode imaginar nossa vã filosofia...”. Pelo menos, contrariando a filosofia dela, o Cristo, lá do alto de suas reflexões, deve ter proclamado: “Em verdade, em verdade vos digo, que é mais fácil uma pobre e coitada ex-seringalista, conquistar os corações do povo, do que uma prepotente apressada chegar ao planalto...”. São crenças simples e básicas, que alguém que sempre militou, com méritos que insiste exaltar, pautada na idéia que “a religião é o ópio do povo”, não consegue compreender. Mas, ultrapassada a ressaca psicológica de um reves inesperado, a campanha nos traz novos paradoxos e contradições terrenas e materiais: Em primeiro plano, o Presidente Lula, patrono...