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Mostrando postagens de 2008

Prever o que ?

2008 passara para a historia, como um daqueles anos em que as coisas mudaram de forma tão radical, a ponto de provocar uma crise, porque os novos rumos, resultaram numa perda de controle, do que “parecia” um ambiente saudável da economia mundial, com reflexos positivos para o Brasil. Evidentemente, a economia foi o ambiente mais afetado. Vejamos alguns aspectos: No inicio do ano, a meta de inflação de 4,5%, era questionada por analistas, que previam uma festiva redução para 4,3%; o IPCA-15, que chegou em novembro a 6,54%, superando o teto da meta inflacionaria, terminará em 6,1%. A cotação do dólar, iniciou em R$1,77; previsões governamentais e de comentaristas econômicos, indicavam R$1,70, como patamar do final de ano. Converteu-se numa espécie de “símbolo de ufanismo nacional”, chegando a passear por ínfimos R$1,55, em 01/08, e depois desembestou-se numa escala ascendente, chegando ao limiar de R$2,62 e por conta de “descabeladas” e bilionárias intervenções do BC, ameaça terminar ent...

Decisão importante

Nos últimos tempos virou moda invadir propriedades, fazendas, terrenos e outros imóveis, sujeitos ao vandalismo de movimentos que praticam toda sorte de depredação aos patrimônios particulares. Em alguns casos, ocasionando vitimas fatais a ponto da TV já ter exibido imagens chocantes de pessoas idosas indefesas, sendo agredidas violenta e covardemente, por verdadeiros bandidos, enquanto instalações da propriedade eram alvo de saques e destruição avassaladora. Estes atos de vandalismo, em nenhuma hipótese se justificam e nem deveriam acontecer, não fosse a tolerância, passividade e indolência dos poderes públicos, que chegam ao cumulo de converter-se numa espécie de “cúmplices”. A motivação é sem duvida, a “contabilidade eleitoral”: que converte o patrimônio privado depredado e ocupado, em “patrimônio eleitoral” do dirigente publico inoperante. Porque não dizer, covarde, diante a necessidade de agir com pulso forte. Volta e meia, propriedades privadas ou publicas, tem sido alvo de invas...

Protesto

Se o nosso Presidente, insistir na incontinência verbal, como aconteceu no lançamento do Fundo Setorial do Audiovisual, no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, ai sim: a crise, que falsamente não atingiria o Brasil, vai acabar se convertendo num tsunami. No episodio, faltou ao nosso dirigente maior, a sobriedade, a educação, o respeito à platéia presente e, aos milhões de brasileiros, que certamente, sentiram-se ofendidos, ao tomar conhecimento do destempero verbal, propagado aos quatro ventos, pela velocidade da mídia, invadindo nossos lares, em termos tão rasteiros. Ate o site da presidência, envergonhado, registra como “inaudível”, talvez, na mesma linha do “não vi, não ouvi, não sei de nada”, muito próprio do chefe. Acompanhei indignado e perplexo, à indecorosa reprodução pelos tele-jornais noturnos. Na manha seguinte, o mercado reagia à indiscutível manifestação de desequilíbrio emocional, de quem deveria adotar diante a crise, uma postura serena, equilibrada, responsável e digna ...

Na contramão

Decididamente as taxas de juros ora praticadas na economia brasileira, contrariam o senso comum adotado nas economias mais importantes do mundo. Em plena crise, agora já reconhecida pelas nossas autoridades do Planalto, que, até poucos dias, ainda mantinham um discurso “persuasivo”, na tentativa de negar o obvio. Negar por incompetência para interpretar os fatos à volta, ou negar, por artificiosa estratégia de marketing, em pleno período eleitoral. Entre uma alternativa e outra, ambas foram perniciosas para a economia, porque envolveram demora e hesitação, até carolice desmedida, na adoção de medidas corretivas, para amenizar efeitos. Os ônus decorrentes, já se fazem sentir, de forma mais expressiva em alguns setores; noutros, a contaminação é naturalmente mais tardia, mas, nem por isso, menos caustica. Nos EUA, talvez a razão mais contundente, tenha sido a falta de credibilidade num governo em final melancólico, cuja derrota política, talvez se converta no moto de reação mais expressi...

Hipocrisia com desgraça alheia.

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Mais uma vez assistimos o desfilar de comitiva, com presidente, governador, ministros, quebra facas, com cara de velório, visitando vitimas e estragos de mais uma tragédia que atinge a população brasileira. No triste caso de Santa Catarina, já se foram mais de cem vitimas, outras cerca de 55.000 estão desabrigadas, algumas em estado desesperador, além de montanhas de entulhos, que ilustram prejuízos materiais incalculáveis. As explicações vão desde a já surrada tese do “aquecimento global” que está provocando mudanças climáticas radicais – e ai o bode expiatório seria a natureza, única e mais conveniente responsável - até, a mais obvia e concreta: a hipocrisia dos “caras de velório”, que não cumprem o dever publico e administrativo, de realizar obras e promover ações preventivas para evitar novas tragédias. O site “Contas Abertas”, divulgou dados incontestáveis esta semana: O governo federal tem um “programa” de prevenção e preparação para prevenir emergências em áreas criticas, com r...

Politicas agricolas

O sujeito tinha lá sua fazendinha de umas 200 ha, em uma região muito valorizada, onde criava umas trezentas cabeças de gado, o suficiente para levar uma vida regrada, mas equilibrada. Um dia, ouviu um discurso do Presidente, anunciando que “a mamona seria a redenção do semi árido”, a nova solução em bio combustíveis. Acreditou na oportunidade e logo resolveu vender sua propriedade, porteira fechada. Com os recursos obtidos, comprou lá nos confins do semi árido, uma ampla área de uns 3.000ha, onde pretendia implantar o cultivo da tão propalada mamona. Começou verdadeira “via crucis”, junto a um banco oficial. Inicialmente, contratou um escritório para elaborar o projeto. Depois, começou a reunir documentos de toda ordem, um papelório interminável, até que um belo dia, já decorridos uns cinco meses, dirigiu-se ao banco, para finalmente iniciar a contratação do financiamento. Despejou na mesa do gerente, toda a tralha exigida: projeto pronto, cronograma de aplicações, estudo de viabilida...

Devagar com o andor...

Sem duvidas, a eleição de um novo presidente nos EUA, tem interessado ao Brasil e ao mundo, nas ultimas décadas, desde quando, aquele Pais, assumiu a condição de maior potencia econômica e militar do hemisfério ocidental. A recente campanha eleitoral, despertou grandes expectativas, principalmente, diante o confronto de um candidato do Partido Republicano do Bush ( num final de mandato marcado pela impopularidade), e a novidade do Partido Democrata, na figura do Obama, representando a perspectiva de mudanças. A vitória inquestionável de Obama, previsível e desejada pelo mundo afora, e também confirmada por ampla margem do eleitorado americano, no plano político, deve ser saudada e comemorada, não apenas como um exemplo no plano pessoal, do “Pais das oportunidades”. Mas também, como uma resposta franca aos desacertos de um período de oito anos, em que George Bush, conseguiu o improvavel: reduzir a auto estima dos cidadãos americanos, submetendo a Nação americana a uma posição negativist...

A natureza é inocente.

Mais uma vez, repetem-se os surrados diagnósticos de outros tempos: “A falta de chuvas, é responsável pela calamitosa falta d’água em Itabuna...”. É a forma de disfarçar o real problema que nos aflige, fugindo da necessidade de enfrenta-lo de modo objetivo. Vou direto ao ponto: enquanto o problema da água for tratado como objeto de interesses pessoais mesquinhos, que em nada se relacionam aos anseios da população, ficaremos na dependência exclusiva, de nuvens alvissareiras, que surjam nos céus da Região. As soluções existem, tem sido postas em discussão, mas sempre acaba prevalecendo o personalismo político e predador, que ora, busca capitalizar o tema para “mostrar serviço”, sob a forma de criticas e denuncismos burocráticos vazios, ora, utiliza a possível solução, como pedra no caminho do opositor, para não contempla-lo com as obras que a cidade reclama. Vimos nas recentes gestões, o desfilar de projetos e convênios, que não se concretizam, porque não interessam momentaneamente a est...

Dizendo bom dia a cavalo

O presidente do BC brasileiro, estrilou, em recente palestra a investidores, proferida em Miami: “Paremos de fazer piadas a respeito. É uma situação muito, muito seria.” Para bons entendedores, a mensagem tem endereço certo: a cupula do Planalto, em Brasilia. De “uma crise do Bush”, a um efeito “apenas imperceptível”, ou “simples marola”, a fanfarronice palaciana, acumpliciada pelo Ministro da Fazenda, oscilou, entre a gabolice e a irresponsabilidade. Faltaram ética inerente aos cargos e responsabilidade administrativa, no trato de uma questão, que se revelou muito seria, aos primeiros sinais de deterioração. Nosso presidente do BC, por seu turno, com a experiência de longos anos atuando no mercado bancário, postou-se desde os primeiros momentos, numa verdadeira trincheira de combate à deterioração cambial, sinalizando, até mesmo através expressões faciais estampadas na mídia, o grau de complexidade dos problemas enfrentados. Ficou patente a divisão conceitual da crise e de posturas, q...

O terceiro turno

Terminou o primeiro turno das eleições em Itabuna. O resultado, anarquizou lucubrações, invencionices e ilusionismos pregados por muitos analistas, comentaristas, blogs, sites, etc, distantes da realidade. Até quem desperdiçou seu mandato ou tempo, com a pratica sorrateira de denuncismos inclementes, na vã expectativa de que poderia justificar a incompetência para contribuir na construção de uma cidade melhor, já foi democraticamente condenado na jurisdição inquestionável do eleitorado. Causa espécie, que alguns desses pregadores de ilusões, perdidas na insignificância da própria dimensão política, insistam agora em tumultuar o ambiente de consolidação de uma nova administração, a dar palpites e fazer insinuações, espargindo a boataria que assola as ruas, esquinas e botecos. A ponto de até apontarem ou sugerir imediatas mutações partidárias camaleônicas, que afetariam o próprio prefeito recém eleito. Creio que o novo prefeito, está muito atento aos passos de cada novo dia. De um lado, ...

Carta de “Zé do Povo”

Sinhô Prisidenti: Sardações Zevedistas, purquê nóis ta iscrevenu aqi de Itabuna, ondi Voismicê levô ferro (discupi – vossa candidata...). Mais num há di sê nada, purquê, prá quein é Corintianu, perdê u`a aqui outra alí, num faiz muita diferença. Iscrevo estas mar traçadas linhas, prá li pidi, qui troqui nossa “Bolsa Família”, pur essa tar de “Bolsa Banco” qui Vosmicê ta distribuino prus quebrado da crisi. Nóis tombém tamo quebrado i nicicitado, purquê num tamo consiguino comprá neim uns “derivativu” pra nois cumê direito. E oia, inté temu um “subprimo” qui morreu de inveja, quando ouviu fala dos bilhão qui ta correno sorto prós banco. Féiz as conta e viu qui dava media de uns mil reau pur cabeça, da nossa população, inquanto a “Bolsa Família”, mar chega a cem reaus. Tomi tendença homi de Deus... Voismicê falô ostrodia, qui a crisi num ia chega aqui. Nóis creditemo. Falô qui ninguém ia tira nosso pãozinho cum mortadela. Tombem creditemo. Só qui as coisa ta ficano preta homi di Deus: a ...

Aspectos de uma crise globalizada

A partir do inicio dos anos 80, o mundo dos negócios passou a sofrer influencias de novas tendências – “mudança de paradigmas” – na linguagem dos analistas: ênfase na desregulamentação dos mercados, processos de privatização em muitas nações, inicio de um ciclo de crescimento continuado da economia mundial real. Robert Schiller, em seu livro: “Exuberância irracional”, enumera alguns fatores que, contribuíram ou foram decisivos para eclosão das sucessivas crises no período: 1 – Mito da Revolução da Informação: o advento da Internet, leva as pessoas a supor que ela tem uma enorme importância econômica. Paralelamente, os lucros das empresas americanas aumentaram firmemente experimentando forte impulso a partir de 1994, em decorrência da recuperação da economia após a recessão de 1990-1991. Segundo o autor, isso nada teve a ver com a Internet, mas, criou-se o mito que a nova tecnologia de informação, havia criado uma era de crescimento continuo dos lucros. 2 – Triunfalismo e declínio dos ...

Estado catatônico

Admite-se o êxtase provocado por uma popularidade de 77%. Pode-se até compreender o estar embevecido, por conta de reservas cambiais da ordem de US$200 bilhões. Mas não dá para entender essa “fuga da realidade”, diante uma grave crise global, que já atingiu o Brasil, e cujos sintomas já se refletem sob formas diversas. Muito menos, aceitar que, enquanto a bolsa desabava seguidamente, 5%, 7%, 9%, o dólar dispara mais de 30% até as vésperas da eleição, enquanto o nosso Presidente, dedicava-se “de corpo e alma”, num comício em São Bernardo do Campo (interior paulista), a pedir votos para seu candidato, “porque iria morar naquela cidade, depois que deixar o Planalto”... Convenhamos, esta não é a real postura de um estadista que se espera nestas horas, para demonstrar à sociedade, o vigor e competencia para agir diante as ameaças que pairam sobre nossa economia; o que diga-se a bem da verdade, também está faltando noutras nações importantes, que se encontram no olho do furacão, e por isso, ...

O “abraço de afogados”.

E deu no que deu. Greta Garbo, quem diria ! Terminou no Irajá... Não poderia ser diferente, porque até a numerologia popular, cantava em prosa e verso o desfecho. O povo de Itabuna, simplesmente, reagiu às evidencias de maquinações esdrúxulas, ao transformismo camaleônico, à improvisação virtual que confundiu: “voto de coração” humano – onde pulsam as mais singelas manifestações, com “voto num coração de papel” – desenhado para emoldurar falsas premissas. O inusitado “abraço de afogados”, que uniu no ocaso de uma campanha vencida, quem se distanciava cada vez mais do povo e quem resolveu escafeder-se dele, terminou por sepultar no “pré-sal” político da Ilha do Jegue, o rebotalho da combinação do nada a ver com o coisa nenhuma... Itabuna amanhece altaneira, segura de si, com a alma lavada e enxaguada, depois de varrer para o lixo da sua historia, as paginas viradas de um tosco folhetim. Estava na hora dessa gente Grapiuna mostrar seu valor e, marchar contra a tentativa de golpe absoluti...

Os “evangelistas”.

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“Bancos e banqueiros são cegos por natureza. Eles não viram o que estava acontecendo. [...] Os sinais presentes sugerem que os banqueiros do mundo têm propensão ao suicídio. A cada etapa eles têm-se mostrado contrários a tomar um remédio bastante drástico, e agora já se deixou que as coisas fossem tão longe que se tornou extraordinariamente difícil encontrar uma saída. [...] Uma Conspiração de Banqueiros ! A idéia é absurda. Antes houvesse uma ! Assim, se eles se salvarem, será, eu espero, a despeito deles mesmos”. (Keynes, John Maynard. “As conseqüências, para os bancos, das mudanças nos valores em dinheiro”. Agosto de 1.931). Diante os fatos dos últimos dias, que abalaram o mercado financeiro internacional, com epicentro nos EUA, poderíamos imaginar que, o comentario escrito há 77 anos, quando o mundo ainda se ressentia dos abalos provocados pelo crash na bolsa, de 1.929, seria tão atual, a ponto de nos confundir com algum texto de jornal ou revista recente. O leitor, atônito diante ...

Na reta final

Uma estratégia equivocada muito disseminada nesta atual campanha, foi a tentativa de “colar” a imagem do Presidente Lula, em alguns candidatos e candidatas, entusiasmados com sua elevada popularidade. Obviamente, não “colou”, nem poderia colar; o povo não se deixa enganar por estas manobras e, além do mais, não dá para confundir alhos com bugalhos. “Quem nasceu pra lagartixa, nunca chega a jacaré” – diz com muita propriedade a sabedoria popular. Seria como tentar “colar” a imagem do Pelé, num perna-de-pau do Arranca Toco Futebol Clube. Enquanto milionários, confusos e barulhentos recursos de mídia, tentavam fazer milagres, um candidato conseguiu em verdade, “incorporar” um estilo similar ao personagem Lula, cair na graça do povão e identificar-se com seus anseios, pautando sua campanha, na humildade, no contato direto, na linguagem simples e compreensível a todos segmentos do povão. É o efeito “Lula genérico itabunense”, que pode não ter a mesma embalagem do original, mas produz o mesm...

De meios e fins.

O Presidente Lula, alcançou o maior índice de popularidade; estampam os jornais, a TV, as rádios, até os mudos a proclamam. Como ele próprio diria, “nunca antes neste Pais...” Pesquisas favoráveis não se discutem; comemora-se. Pode-se até, “relaxar e gozar”. Creio entretanto, que ele ainda não está satisfeito, porque continua perdendo por exemplo, para o Sadam Hussein, que conseguia 100% de votos numa eleição, com carabina na mão e tudo mais. Perde também para Hitler, que mandou eliminar milhões de judeus, apenas, para obter unanimidade; e para Stalin, que só precisou detonar uns 20 milhões de opositores, numa “queima de arquivos” para deixar qualquer esquadrão da morte com inveja. Lembro que perderia ainda para Átila, aquele que “não nascia grama por onde seu cavalo passava”, mas era um “Deus” para seu povo. Até na Roma antiga, os Césares eram tão glorificados, que os gladiadores os saudavam na arena: “Ave César, os que vão morrer te saúdam”. Mas, isso é o de menos; ainda há tempo par...

Entenda a crise

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O presente texto, fruto de pesquisa de informações disponíveis na mídia, tem por objeto, levar aos leitores numa linguagem compreensível, um resumo de fatos, que explicam a sequência da crise financeira iniciada no mercado norte-americano: Numa primeira etapa atingiu o mercado financeiro internacional, em Fevereiro de 2.007, sob a forma de “crise do crédito hipotecário de alto risco”; atingindo a área financeira e acionária, havia desencadeado em 2.006 a partir da quebra dos empréstimos hipotecários de alto risco que, nos Estados Unidos são denominados “subprimes”; e alastrou-se a outros mercados “globalizados”, a partir do primeiro semestre de 2.007. Os “subprimes” são modalidades de operações de créditos de risco elevado, concedidos por bancos e que envolvem operações hipotecárias, cartões de créditos, leasing, aluguéis de carros e imoveis, e outras, que foram realizadas nos Estados Unidos, tendo como clientes, geralmente, pessoas sem adequada comprovação de renda, ou com antecedent...

Falando sério ?

Imaginem se todos os torcedores que compraram camisetas da seleção como souvenir, para acompanhar a ultima vitória contra o Chile, resolvessem vende-las, após o indigesto empate com a Bolívia. Imaginem se de repente, um cientista maluco, apresentasse uma “maquina de desentortar bananas” nos programas domingueiros da TV, com todo apoio dos apresentadores; na segunda feira, milhares de compradores fariam fila para adquirir uma geringonça sem utilidade pratica mas, seu preço chegaria às nuvens. Analistas e comentaristas “formadores de opinião”, teceram loas ao “inusitado desempenho” da seleção contra o “fantástico onze chileno” e se mostrariam embevecidos com a maquina, o que motivaria ainda mais os consumidores. Imaginem agora, que os “produtos” citados são “derivativos” ou “subprimes”, que inundaram o mercado em momentos de euforia consumista e desenvolvimentista, com credito abundante. Depois que o publico se dá conta que comprou “gato por lebre”, sobrevém a decepção: os preços “desaba...

De meios e fins..

O Presidente Lula, alcançou o maior índice de popularidade; estampam os jornais, a TV, as rádios, até os mudos a proclamam. Como ele próprio diria, “nunca antes neste Pais...” Pesquisas favoráveis não se discutem; comemora-se. Pode-se até, “relaxar e gozar”. Creio entretanto, que ele ainda não está satisfeito, porque continua perdendo por exemplo, para o Sadam Hussein, que conseguia 100% de votos numa eleição, com carabina na mão e tudo mais. Perde também para Hitler, que mandou eliminar milhões de judeus, apenas, para obter unanimidade; e para Stalin, que só precisou detonar uns 20 milhões de opositores, numa “queima de arquivos” para deixar qualquer esquadrão da morte com inveja. Lembro que perderia ainda para Átila, aquele que “não nascia grama por onde seu cavalo passava”, mas era um “Deus” para seu povo. Até na Roma antiga, os Césares eram tão glorificados, que os gladiadores os saudavam na arena: “Ave César, os que vão morrer te saúdam”. Mas, isso é o de menos; ainda há tempo par...

“Graveto derruba panela...”

O dito popular, é mais conhecido em meio aos antigos tropeiros, que recolhiam garranchos e lenha para cozinhar seu feijão, durante as viagens, verdadeiras “comitivas” tangendo o gado pelas trilhas do passado. Também entre os “peões de obra”, que esquentam a bóia ao pé do serviço ou, ainda hoje, entre populações das áreas periféricas, que não têm acesso aos fogões à gás em seus barracos, e ainda recorrem à colheita de gravetos e restos de madeira, para preparar o “quase nada” de cada refeição. Essa gente simples, ordeira, desprovida do discernimento acadêmico e do espírito critico, comum nas altas rodas culturais, constitui a grande massa do povo. Esse povo, dotado de uma “sabedoria popular” incomum, tem uma linguagem e forma de expressão, que desafiam os interpretes deles distanciados, que nas campanhas políticas, não conseguem transmitir ao povo, a confiança e credibilidade esperadas, pois o discurso, é impregnado de ideologismos utópicos, rancores pessoais, supostas e fantasiosas par...

“Causos de assombração...”

Os novos rumos da campanha eleitoral em Itabuna, vêm provocando ora arrepios e ora frissom, neste ou naquele reduto. Principalmente, quando se rememora a melodia do “Pisa na Fulô” ou se fala em “gravetos e panelas”, tostão e milhão, as reações oscilam do pavor até o riso de orelha a orelha. São reações compreensíveis, de entusiastas ou de entediados, em que se divide o eleitorado, alvo dos esforços de convencimento dos pleiteantes à cadeira de Gestor de uma cidade quase centenária, que já viu de quase tudo em matéria de mutações eleitorais. Como em toda campanha, e esta não poderia ser diferente, alguns fatos mais se assemelham a verdadeiros “causos de assombração”. É o que se pode inferir, da estratégia e postura atual de alguns candidatos e acólitos, que se ocuparam nos últimos meses, a “massacrar” a imagem do atual Prefeito – que nem ao menos é candidato. Atribuindo-lhe indistintamente, em doses “jumentares”, toda espécie de desmandos, ilícitos, erros e carências da cidade – só res...

Uma economia estanque...

A teoria econômica, adota critérios diferenciados para o desenvolvimento de estudos e analises voltadas a compreender a diversidade complexa das variáveis que interagem num sistema econômico e seu desempenho. Desde a divisão em “Setores de Atividade”: primário, secundário, terciário – de acordo com as especificidades das atividades desenvolvidas, até a setorialização de unidades familiares, unidades produtivas, governo, e setor externo, ou, critérios mais simples, que a dividem em economias interna e externa. Os ambientes acadêmicos, consideram ainda, a verdadeira “revolução”, representada pela Teoria Keynesiana, estabelecendo verdadeiro “divisor de águas” da ciência, em Micro e Macroeconomia. Sem esquecer, a Departamentalização preconizada por Michael Kalecki e, outros critérios já reconhecidos, mais, ou menos utilizados. No Brasil, terra da criatividade e do “jeitinho brasileiro”, nosso Presidente vem nos brindado com um novo critério de analise, sustentada à base de mirabolantes arg...

Os fatos e o mito

No ultimo domingo, dia da Independência, a sociedade brasileira esperava um pronunciamento firme, objetivo, do Presidente, sobre a crise institucional em curso, que afeta frontal e criminosamente os direitos e garantias individuais, a autonomia e independência entre os poderes – ameaça explicita ao Estado de Direito. Fruto da ação de bisbilhoteiros profissionais, ou a serviço de chefias irresponsáveis, ou por iniciativa própria, o que também espelharia inércia de quem comanda, num ambiente sarcástico em que como sempre, “nada se viu, nada se sabia”. Admite-se que o mais alto mandatário da Nação tenha, muito ao seu estilo, optado por não importunar nossas famílias com querelas institucionais. E por que se diz superdotado de “muita sorte”, sendo devoto das “tiradas futebolísticas”, talvez antevendo o alivio domingueiro propiciado pelos canarinhos contra o “fantástico” esquadrão chileno. Optou por oferecer um coquetel em doses cavalares do “óleo cru”, que supostamente advirão da “odisséia...