“Causos de assombração...”

Os novos rumos da campanha eleitoral em Itabuna, vêm provocando ora arrepios e ora frissom, neste ou naquele reduto. Principalmente, quando se rememora a melodia do “Pisa na Fulô” ou se fala em “gravetos e panelas”, tostão e milhão, as reações oscilam do pavor até o riso de orelha a orelha.

São reações compreensíveis, de entusiastas ou de entediados, em que se divide o eleitorado, alvo dos esforços de convencimento dos pleiteantes à cadeira de Gestor de uma cidade quase centenária, que já viu de quase tudo em matéria de mutações eleitorais. Como em toda campanha, e esta não poderia ser diferente, alguns fatos mais se assemelham a verdadeiros “causos de assombração”.

É o que se pode inferir, da estratégia e postura atual de alguns candidatos e acólitos, que se ocuparam nos últimos meses, a “massacrar” a imagem do atual Prefeito – que nem ao menos é candidato. Atribuindo-lhe indistintamente, em doses “jumentares”, toda espécie de desmandos, ilícitos, erros e carências da cidade – só restando acusa-lo de ter colocado o Dunga na seleção..., porque até elevá-lo a uma ficticia “hierarquia superior”, capaz de nomear oficiais da gloriosa e respeitável PM, já lhe impingiram, sem eiras nem beiras. É o que “no popular” da linguagem política, se diz: “Chutando o bicho morto” – ato desumano e prepotente, que o eleitor, na sua vã sabedoria, não perdoa, como já demonstrou no passado e reafirma no presente.

Falta a essa gente, a perspicácia e capacidade de reflexão, ou mínimo de “simancol” na veia, necessárias para compreender a fenomenologia política. Um político, não se elege e governa uma cidade por quatro vezes, à toa. No afã de distribuir bordoadas, no escolhido “Judas de sábado de aleluia”, os agressores esquecem das próprias vidraças e, o que é pior: menosprezam as profundas raízes e sentimentos que sempre o ligaram ao povo, na sua concepção e realidade mais simples e real.

Repetem a mesma estrambótica tática vencida da eleição passada, quando o mesmo alvo, era dado por “morto” como peru de véspera, seviciado por toda espécie de factóides, tapetões, e excrescências televisivas. O final daquela novela pavorosa, já conhecemos: “ressuscitou”, beatificado por um eleitorado transtornado de tanta pasmaceira. A estratégia agressiva então amparada, num “marketing de estrebaria”, “venceu”, mas como um desodorante desqualificado, num sovaco mal cheiroso, que ainda exala odores até hoje.

Há indiscutivelmente, a explicar nesses casos, uma espécie de “gene”, de “DNA”, que estabeleceu ao longo de uma vida publica, elo entre povo-politico, que só pode ser pesquisado, investigado, com possantes e avançados microscópios, e compreendido, com a seriedade e sensatez da critica racional. Nunca sob meras lentes esfumaçadas por paixões, de óculos ou binóculos que podem ser comprados num camelô qualquer.

Os feitiços, sempre viram contra os feiticeiros. E de repente, ao decretarem a suposta “morte do político alvejado”, não conseguem sequer explicar, o pavor, o medo, a tremedeira, a assombração, que lhes atormenta, ao supor que o “defunto”, poderia estar apoiando este ou aquele candidato... O que afinal tanto temem, e por que tanto tremem ?

Seria medo das próprias “sombras”, que castraram aspirações legitimas do povo itabunense, com a paralisação de obras do Centro de Convenções e Teatro, a não liberação de verbas para o saneamento e creches, o protelado “pólo do gás”, que ainda não passa de umas pilhas de tubos à beira de estradas, ou a saúde do povo pobre convertida em joguete no HBLEM ? Ou, seriam delírios dos “justiceiros”, que se sentem como carrascos dos inocentes, oferecidos em pedestal à multidão ?

A sabedoria popular ensina: “Quem muito cuida da vida dos outros, acaba esquecendo-se da sua...” Nada como um dia após o outro, com uma eleição no meio. E tem gente que nunca aprende. - Paulo Mendes – Economista.

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