Devagar com o andor...
Sem duvidas, a eleição de um novo presidente nos EUA, tem interessado ao Brasil e ao mundo, nas ultimas décadas, desde quando, aquele Pais, assumiu a condição de maior potencia econômica e militar do hemisfério ocidental.
A recente campanha eleitoral, despertou grandes expectativas, principalmente, diante o confronto de um candidato do Partido Republicano do Bush ( num final de mandato marcado pela impopularidade), e a novidade do Partido Democrata, na figura do Obama, representando a perspectiva de mudanças.
A vitória inquestionável de Obama, previsível e desejada pelo mundo afora, e também confirmada por ampla margem do eleitorado americano, no plano político, deve ser saudada e comemorada, não apenas como um exemplo no plano pessoal, do “Pais das oportunidades”. Mas também, como uma resposta franca aos desacertos de um período de oito anos, em que George Bush, conseguiu o improvavel: reduzir a auto estima dos cidadãos americanos, submetendo a Nação americana a uma posição negativista ante a apreciação tanto de aliados, quanto de inimigos.
No entanto, se no plano pessoal e político, razões não faltam a priori, para festejos e regozijos, o mesmo não se pode afirmar no plano econômico. A resposta imediata do termômetro dos mercados (as bolsas de valores) nos EUA, Europa e até no Brasil, foi negativa: quedas acentuadas nos dois primeiros dias, revelando temores de bastidores, em contraponto ao ambiente festivo da população, numa ressaca negativa.
Há razões para reflexões, porque nos EUA, o Partido Democrata, lá considerado “de esquerda”, tem uma controvertida plataforma, que consiste em ampliar programas governamentais de assistência, alem de expandir a interferência estatal na vida econômica, defendendo a regulamentação, barreiras comerciais e a taxação de empresas, como alternativa para atingir a prosperidade. Defende um regime econômico, que preserve a iniciativa privada, permeado pelo principio da liberdade individual.
Algumas destas idéias defendidas pelo Partido Democrata, representam incógnitas no atual estagio de liberalismo econômico, o que se choca com as expectativas dos mercados. Uma equação difícil de resolver, em meio a uma das maiores crises econômicas da historia.
E por falar em historia, é importante relembrar alguns episódios e períodos do passado, sob a direção do Partido Democrata, em que nem tudo foram festas e flores: Woodrow Wilson (1913 – 1921) – simpatizante da Ku Klux Klan, conduziu o Pais, envolvendo-o na Primeira Guerra Mundial; Franklin D. Roosevelt (1933 – 1945) – um grande estadista, mas envolveu o Pais na Segunda Guerra Mundial; Harry S. Truman (1945 – 1953) – ordenou o lançamento das primeiras bombas atômicas, sobre Hiroshima e Nagasaky, alem de iniciar a Guerra da Coréia; John F. Kennedy (1961 – 1963) – talvez o maior estadista do século anterior, intensificou a Guerra do Vietnan, decretou o Bloqueio Econômico e militar a Cuba, foi protagonista do fiasco na Baia dos Porcos (uma tentativa fracassada de invasão da ilha); acabou assassinado, num dos mais misteriosos episódios da historia; Lindon B. Johnson (1963 – 19169) – deu seqüência à Guerra do Vietnan, conduzindo os EUA à primeira e vergonhosa derrota militar; em relação ao Brasil, fomentou o apoio ao movimento Revolucionário de 1964, que nos legou os malfadados “anos de chumbo”; Bill Clinton (1993 – 2001) – período marcado pela intensificação dos “programas de privatização” pelo mundo afora e, que também influenciou governos brasileiros; não tinha muita habilidade com “charutos” e “estagiarias”. Barack Obama (2009 – até...) ? Vai nos conduzir para onde, e como ? Trata-se de muitas incógnitas, que somente o futuro vai revelar. Por enquanto, recomenda-se parcimônia nas expectativas e comemorações. E que Deus salve a América. – Paulo Mendes – Economista.
A recente campanha eleitoral, despertou grandes expectativas, principalmente, diante o confronto de um candidato do Partido Republicano do Bush ( num final de mandato marcado pela impopularidade), e a novidade do Partido Democrata, na figura do Obama, representando a perspectiva de mudanças.
A vitória inquestionável de Obama, previsível e desejada pelo mundo afora, e também confirmada por ampla margem do eleitorado americano, no plano político, deve ser saudada e comemorada, não apenas como um exemplo no plano pessoal, do “Pais das oportunidades”. Mas também, como uma resposta franca aos desacertos de um período de oito anos, em que George Bush, conseguiu o improvavel: reduzir a auto estima dos cidadãos americanos, submetendo a Nação americana a uma posição negativista ante a apreciação tanto de aliados, quanto de inimigos.
No entanto, se no plano pessoal e político, razões não faltam a priori, para festejos e regozijos, o mesmo não se pode afirmar no plano econômico. A resposta imediata do termômetro dos mercados (as bolsas de valores) nos EUA, Europa e até no Brasil, foi negativa: quedas acentuadas nos dois primeiros dias, revelando temores de bastidores, em contraponto ao ambiente festivo da população, numa ressaca negativa.
Há razões para reflexões, porque nos EUA, o Partido Democrata, lá considerado “de esquerda”, tem uma controvertida plataforma, que consiste em ampliar programas governamentais de assistência, alem de expandir a interferência estatal na vida econômica, defendendo a regulamentação, barreiras comerciais e a taxação de empresas, como alternativa para atingir a prosperidade. Defende um regime econômico, que preserve a iniciativa privada, permeado pelo principio da liberdade individual.
Algumas destas idéias defendidas pelo Partido Democrata, representam incógnitas no atual estagio de liberalismo econômico, o que se choca com as expectativas dos mercados. Uma equação difícil de resolver, em meio a uma das maiores crises econômicas da historia.
E por falar em historia, é importante relembrar alguns episódios e períodos do passado, sob a direção do Partido Democrata, em que nem tudo foram festas e flores: Woodrow Wilson (1913 – 1921) – simpatizante da Ku Klux Klan, conduziu o Pais, envolvendo-o na Primeira Guerra Mundial; Franklin D. Roosevelt (1933 – 1945) – um grande estadista, mas envolveu o Pais na Segunda Guerra Mundial; Harry S. Truman (1945 – 1953) – ordenou o lançamento das primeiras bombas atômicas, sobre Hiroshima e Nagasaky, alem de iniciar a Guerra da Coréia; John F. Kennedy (1961 – 1963) – talvez o maior estadista do século anterior, intensificou a Guerra do Vietnan, decretou o Bloqueio Econômico e militar a Cuba, foi protagonista do fiasco na Baia dos Porcos (uma tentativa fracassada de invasão da ilha); acabou assassinado, num dos mais misteriosos episódios da historia; Lindon B. Johnson (1963 – 19169) – deu seqüência à Guerra do Vietnan, conduzindo os EUA à primeira e vergonhosa derrota militar; em relação ao Brasil, fomentou o apoio ao movimento Revolucionário de 1964, que nos legou os malfadados “anos de chumbo”; Bill Clinton (1993 – 2001) – período marcado pela intensificação dos “programas de privatização” pelo mundo afora e, que também influenciou governos brasileiros; não tinha muita habilidade com “charutos” e “estagiarias”. Barack Obama (2009 – até...) ? Vai nos conduzir para onde, e como ? Trata-se de muitas incógnitas, que somente o futuro vai revelar. Por enquanto, recomenda-se parcimônia nas expectativas e comemorações. E que Deus salve a América. – Paulo Mendes – Economista.
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