Prever o que ?
2008 passara para a historia, como um daqueles anos em que as coisas mudaram de forma tão radical, a ponto de provocar uma crise, porque os novos rumos, resultaram numa perda de controle, do que “parecia” um ambiente saudável da economia mundial, com reflexos positivos para o Brasil.
Evidentemente, a economia foi o ambiente mais afetado. Vejamos alguns aspectos:
No inicio do ano, a meta de inflação de 4,5%, era questionada por analistas, que previam uma festiva redução para 4,3%; o IPCA-15, que chegou em novembro a 6,54%, superando o teto da meta inflacionaria, terminará em 6,1%.
A cotação do dólar, iniciou em R$1,77; previsões governamentais e de comentaristas econômicos, indicavam R$1,70, como patamar do final de ano. Converteu-se numa espécie de “símbolo de ufanismo nacional”, chegando a passear por ínfimos R$1,55, em 01/08, e depois desembestou-se numa escala ascendente, chegando ao limiar de R$2,62 e por conta de “descabeladas” e bilionárias intervenções do BC, ameaça terminar entre R$2,36 e R$2,40.
O IBOVESPA, outra “vedete” do ufanismo econômico, começou beirando os 64.000 pontos; prosperou ate cerca de 75.000 pontos, para depois estatelar-se em 29.435, no auge da crise mundial, em 27/10; e agora, oscila entre magros 38.000 a 39.000 pontos.
A famigerada e tão combatida SELIC, começou 2008 em 11,25%, até 16/04; daí, reverteu a tendência de queda, e fechara o ano em controvertidos 13,75%.
Salvou-se nesse contexto, o crescimento do PIB que, impulsionado pelos ventos favoráveis da economia mundial no primeiro semestre, chegou a emplacar 6,3% nos três primeiros trimestres, em comparação com o periodo anterior; transformou-se numa grande incógnita, face a inevitavel desaceleração provocada pela “crise” que o Presidente jurava não chegar ao Brasil. Apesar dos pesares, deverá fechar o ano acima de 5%, marca que dificilmente será repetida em 2009, quando as previsões mais otimistas, apontam percentuais entre 3 e 4%.
A carga tributaria continua extrapolando recordes, ultrapassando 35% do PIB e as taxas de juros no mercado, desafiam a logica e o bom senso.
O novo ano esta a despontar como um grande desafio; os estragos provocados pela crise econômica em curso, afetaram ate e principalmente, instituições e empresas consideradas sólidas e confiáveis ate as vésperas do vendaval. As previsões otimistas do final do ano passado, em nada contribuíram para evitar os desencontros observados até então e, cujos reflexos, são ainda mais imprevisíveis. Imaginem se num cenário em que o petróleo chegou a US$145,00, era possível visualizar uma nova realidade abaixo de US$40,00.
Essa é a postura que me parece mais objetiva e sensata: encarar 2009, como uma nova realidade, desconhecida e imprevisível. E num cenário desconhecido, a palavra de ordem é precaução. Agir de forma equilibrada, atenta aos novos sintomas e estar com disposição para trabalhar e atuar com determinação. Será um erro, visualizar o próximo ano, como um momento de “reconstrução”. Não me parece sensato, reconstruir um estado de coisas que nos conduziram a uma crise tão grave.
O desafio, será da inovação. Como poderemos inovar em 2009, para superar os erros do passado recente, que ainda estamos vivendo, sob o torpor dos fatos negativos? Fazendo diferente, a começar pela superação do medo. Não se pode caminhar numa floresta desconhecida, se os nossos passos forem movidos pelo medo de caminhar.
Amanha será um novo dia, tão auspicioso quanto formos capazes de aceitar desafios e superarmos a idéia de ilusões perdidas. A economia, não é apenas o lugar dos “Madoffs”; é principalmente, o lugar dos empreendedores. – Paulo Mendes – Economista.
Evidentemente, a economia foi o ambiente mais afetado. Vejamos alguns aspectos:
No inicio do ano, a meta de inflação de 4,5%, era questionada por analistas, que previam uma festiva redução para 4,3%; o IPCA-15, que chegou em novembro a 6,54%, superando o teto da meta inflacionaria, terminará em 6,1%.
A cotação do dólar, iniciou em R$1,77; previsões governamentais e de comentaristas econômicos, indicavam R$1,70, como patamar do final de ano. Converteu-se numa espécie de “símbolo de ufanismo nacional”, chegando a passear por ínfimos R$1,55, em 01/08, e depois desembestou-se numa escala ascendente, chegando ao limiar de R$2,62 e por conta de “descabeladas” e bilionárias intervenções do BC, ameaça terminar entre R$2,36 e R$2,40.
O IBOVESPA, outra “vedete” do ufanismo econômico, começou beirando os 64.000 pontos; prosperou ate cerca de 75.000 pontos, para depois estatelar-se em 29.435, no auge da crise mundial, em 27/10; e agora, oscila entre magros 38.000 a 39.000 pontos.
A famigerada e tão combatida SELIC, começou 2008 em 11,25%, até 16/04; daí, reverteu a tendência de queda, e fechara o ano em controvertidos 13,75%.
Salvou-se nesse contexto, o crescimento do PIB que, impulsionado pelos ventos favoráveis da economia mundial no primeiro semestre, chegou a emplacar 6,3% nos três primeiros trimestres, em comparação com o periodo anterior; transformou-se numa grande incógnita, face a inevitavel desaceleração provocada pela “crise” que o Presidente jurava não chegar ao Brasil. Apesar dos pesares, deverá fechar o ano acima de 5%, marca que dificilmente será repetida em 2009, quando as previsões mais otimistas, apontam percentuais entre 3 e 4%.
A carga tributaria continua extrapolando recordes, ultrapassando 35% do PIB e as taxas de juros no mercado, desafiam a logica e o bom senso.
O novo ano esta a despontar como um grande desafio; os estragos provocados pela crise econômica em curso, afetaram ate e principalmente, instituições e empresas consideradas sólidas e confiáveis ate as vésperas do vendaval. As previsões otimistas do final do ano passado, em nada contribuíram para evitar os desencontros observados até então e, cujos reflexos, são ainda mais imprevisíveis. Imaginem se num cenário em que o petróleo chegou a US$145,00, era possível visualizar uma nova realidade abaixo de US$40,00.
Essa é a postura que me parece mais objetiva e sensata: encarar 2009, como uma nova realidade, desconhecida e imprevisível. E num cenário desconhecido, a palavra de ordem é precaução. Agir de forma equilibrada, atenta aos novos sintomas e estar com disposição para trabalhar e atuar com determinação. Será um erro, visualizar o próximo ano, como um momento de “reconstrução”. Não me parece sensato, reconstruir um estado de coisas que nos conduziram a uma crise tão grave.
O desafio, será da inovação. Como poderemos inovar em 2009, para superar os erros do passado recente, que ainda estamos vivendo, sob o torpor dos fatos negativos? Fazendo diferente, a começar pela superação do medo. Não se pode caminhar numa floresta desconhecida, se os nossos passos forem movidos pelo medo de caminhar.
Amanha será um novo dia, tão auspicioso quanto formos capazes de aceitar desafios e superarmos a idéia de ilusões perdidas. A economia, não é apenas o lugar dos “Madoffs”; é principalmente, o lugar dos empreendedores. – Paulo Mendes – Economista.
Comentários