Na contramão
Decididamente as taxas de juros ora praticadas na economia brasileira, contrariam o senso comum adotado nas economias mais importantes do mundo. Em plena crise, agora já reconhecida pelas nossas autoridades do Planalto, que, até poucos dias, ainda mantinham um discurso “persuasivo”, na tentativa de negar o obvio.
Negar por incompetência para interpretar os fatos à volta, ou negar, por artificiosa estratégia de marketing, em pleno período eleitoral. Entre uma alternativa e outra, ambas foram perniciosas para a economia, porque envolveram demora e hesitação, até carolice desmedida, na adoção de medidas corretivas, para amenizar efeitos. Os ônus decorrentes, já se fazem sentir, de forma mais expressiva em alguns setores; noutros, a contaminação é naturalmente mais tardia, mas, nem por isso, menos caustica.
Nos EUA, talvez a razão mais contundente, tenha sido a falta de credibilidade num governo em final melancólico, cuja derrota política, talvez se converta no moto de reação mais expressivo; inclusive, porque teve a humildade de reconhecer sua fraqueza e logo de inicio recorrer ao apoio dos possíveis sucessores. Aqui, em tese, temos um governante superdotado de popularidade, mas que não conseguiu na recente eleição, converter esse atributo em resultados práticos.
Pior: amarga no momento de crise, os reflexos negativos de incomoda cisão em sua base parlamentar e, por conta de atitudes e verberações anômalas, anteriores e atuais, encontra-se envolto num “vespeiro” de conflitos, por conta de ações desregradas destes ou daqueles componentes de primeira linha. A exemplo, as disputas antropofágicas nas duas casas do congresso, as escaramuças “grampeadas” com a alta corte do judiciário, o rescaldo de emblemáticas “operações” de codinomes inusitados, resultados pífios de planos mirabolantes, e principalmente, reações adversas do mundo dos negócios.
Se de um lado, temos a pessoa do dirigente popular, tratado com luvas de pelica pela mídia e, até cortejado por facções oposicionistas, de outro, parece aos analistas de negócios, que falta ao governo, a figura do timoneiro, do Estadista capaz de reverter o quadro negativo com ações contundentes e eficazes.
A exemplo, observem o que vem acontecendo com o real: um símbolo nacional, objeto da mais deslavada e intrigante especulação; e com as bolsas: termômetro da economia, cede diariamente, aos bafejos especulativos de croupiers profissionais, à revelia das intervenções de controle da área economica.
Voltemos aos juros, também como exemplo: no Brasil, historicamente, as taxas de juros se mantem altas, por conta de vários fatores, dentre eles: o governo perdulário, como maior tomador de empréstimos; carga tributaria elevada; depósitos compulsórios elevados; spreads gananciosos e liberais, por falta de políticas de regulamentação adequada. Nos últimos dois meses, num esforço para alimentar a liquidez do sistema (tecnicamente correto, a bem da verdade), o BC praticamente tirou dos Bancos, o peso oneroso do compulsório, alem de promover injeções diárias de liquidez. No mercado, as taxas de juros e tarifas subiram, em alguns casos, de forma desordenada !!!
Ou seja: o resultado, deveria ser inverso, com a queda das taxas pelo menos na proporção do alivio do compulsorio, para fomentar o aumento do credito e irrigar a economia como um todo. Simples, e obvio, mas não é isso que esta acontecendo. Traduzindo: “alguns” estão se apropriando dessa “mais valia” financeira, para usar uma linguagem mais compreensível aos “ideólogos” da saudosa e fanática esquerda... E quando dizem ao povo: “precisam gastar mais, comprar mais, tomar mais empréstimos, para superar a crise” (ouvimos isto, de “alguém”, em alguns lugares...), a impressão que fica, é de um “garoto propaganda” dos “pobres coitados bancos”, que mais uma vez vão ter de cumprir “o doloroso dever” de contabilizar lucros exorbitantes. Alguém duvida ? Paulo Mendes – Economista.
Negar por incompetência para interpretar os fatos à volta, ou negar, por artificiosa estratégia de marketing, em pleno período eleitoral. Entre uma alternativa e outra, ambas foram perniciosas para a economia, porque envolveram demora e hesitação, até carolice desmedida, na adoção de medidas corretivas, para amenizar efeitos. Os ônus decorrentes, já se fazem sentir, de forma mais expressiva em alguns setores; noutros, a contaminação é naturalmente mais tardia, mas, nem por isso, menos caustica.
Nos EUA, talvez a razão mais contundente, tenha sido a falta de credibilidade num governo em final melancólico, cuja derrota política, talvez se converta no moto de reação mais expressivo; inclusive, porque teve a humildade de reconhecer sua fraqueza e logo de inicio recorrer ao apoio dos possíveis sucessores. Aqui, em tese, temos um governante superdotado de popularidade, mas que não conseguiu na recente eleição, converter esse atributo em resultados práticos.
Pior: amarga no momento de crise, os reflexos negativos de incomoda cisão em sua base parlamentar e, por conta de atitudes e verberações anômalas, anteriores e atuais, encontra-se envolto num “vespeiro” de conflitos, por conta de ações desregradas destes ou daqueles componentes de primeira linha. A exemplo, as disputas antropofágicas nas duas casas do congresso, as escaramuças “grampeadas” com a alta corte do judiciário, o rescaldo de emblemáticas “operações” de codinomes inusitados, resultados pífios de planos mirabolantes, e principalmente, reações adversas do mundo dos negócios.
Se de um lado, temos a pessoa do dirigente popular, tratado com luvas de pelica pela mídia e, até cortejado por facções oposicionistas, de outro, parece aos analistas de negócios, que falta ao governo, a figura do timoneiro, do Estadista capaz de reverter o quadro negativo com ações contundentes e eficazes.
A exemplo, observem o que vem acontecendo com o real: um símbolo nacional, objeto da mais deslavada e intrigante especulação; e com as bolsas: termômetro da economia, cede diariamente, aos bafejos especulativos de croupiers profissionais, à revelia das intervenções de controle da área economica.
Voltemos aos juros, também como exemplo: no Brasil, historicamente, as taxas de juros se mantem altas, por conta de vários fatores, dentre eles: o governo perdulário, como maior tomador de empréstimos; carga tributaria elevada; depósitos compulsórios elevados; spreads gananciosos e liberais, por falta de políticas de regulamentação adequada. Nos últimos dois meses, num esforço para alimentar a liquidez do sistema (tecnicamente correto, a bem da verdade), o BC praticamente tirou dos Bancos, o peso oneroso do compulsório, alem de promover injeções diárias de liquidez. No mercado, as taxas de juros e tarifas subiram, em alguns casos, de forma desordenada !!!
Ou seja: o resultado, deveria ser inverso, com a queda das taxas pelo menos na proporção do alivio do compulsorio, para fomentar o aumento do credito e irrigar a economia como um todo. Simples, e obvio, mas não é isso que esta acontecendo. Traduzindo: “alguns” estão se apropriando dessa “mais valia” financeira, para usar uma linguagem mais compreensível aos “ideólogos” da saudosa e fanática esquerda... E quando dizem ao povo: “precisam gastar mais, comprar mais, tomar mais empréstimos, para superar a crise” (ouvimos isto, de “alguém”, em alguns lugares...), a impressão que fica, é de um “garoto propaganda” dos “pobres coitados bancos”, que mais uma vez vão ter de cumprir “o doloroso dever” de contabilizar lucros exorbitantes. Alguém duvida ? Paulo Mendes – Economista.
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