Uma economia estanque...
A teoria econômica, adota critérios diferenciados para o desenvolvimento de estudos e analises voltadas a compreender a diversidade complexa das variáveis que interagem num sistema econômico e seu desempenho. Desde a divisão em “Setores de Atividade”: primário, secundário, terciário – de acordo com as especificidades das atividades desenvolvidas, até a setorialização de unidades familiares, unidades produtivas, governo, e setor externo, ou, critérios mais simples, que a dividem em economias interna e externa.
Os ambientes acadêmicos, consideram ainda, a verdadeira “revolução”, representada pela Teoria Keynesiana, estabelecendo verdadeiro “divisor de águas” da ciência, em Micro e Macroeconomia. Sem esquecer, a Departamentalização preconizada por Michael Kalecki e, outros critérios já reconhecidos, mais, ou menos utilizados.
No Brasil, terra da criatividade e do “jeitinho brasileiro”, nosso Presidente vem nos brindado com um novo critério de analise, sustentada à base de mirabolantes argumentos: trata-se de dividir nossa economia em dois compartimentos estanques: “A EBN - Economia das Boas Noticias” (aquela virtual, que interessa ao governo) e a “EMN - Economia das Más Noticias” (aquela real, que sempre passa ao largo, e supostamente, ninguém vê, ninguém sabe, ninguém vai ser atingido)...
Exemplos recentes da “EMN” ? Lembrem-se da inflação e crise dos alimentos, a crise energética, a elevação dos juros, a carga tributária insuportável, a crise financeira internacional, o desemprego disfarçado, o passivo que sustenta as reservas em moeda estrangeira...
Exemplos da “EBN” ? Lembrem-se da “epopéia da mamona”, da nova energia do etanol, do volume financeiro das reservas em dólar, da “odisséia do pré-sal” e, no momento, da crise financeira internacional que, “se atingir o Brasil, será apenas imperceptível”... Palavras do Senhor. Amém !
Olha, se uma crise financeira, que já elevou a SELIC em 0,75%, provocou uma queda recorde no IBOVESPA, elevou em 15% a cotação do dólar, voltou a disparar o “risco Brasil”, começa a abalar nossas reservas com a fuga de investidores, e representa uma ameaça velada ao recente titulo de “Investment Grade”, é apenas “imperceptível”, então, como diria o famoso Tiririca: “Eu quero morrer....”
Se levarmos muito a serio esta conveniente compartimentalização, vamos ser instados a rasgar nossos diplomas academicos de Economia e, concorrer a uma urgente “Pós-Graduação em Prestidigitação...”, para atravessarmos o portal do ilusionismo econômico, e nos livrarmos de toda essa “tralha” de idiotices que aprendemos nas Universidades.
- “Alô, alô, senhores Reitores ! Abram vagas e alas ao novo curso ! Porque, como diria Nietzsche: “A Ciência Econômica, morreu !”” Tivemos por algum tempo, vislumbres de uma nobre ciência, com a Teoria Geral de Lord Keynes, as antevisões e inquirições sobre a origem da Riqueza das Nações, de Adam Smith, as inquietações utópicas de Marx, o apego às potencialidades do vil metal de Friedman, e outros tantos doutrinadores, cada um, cultuado a seu tempo. Agora, deveremos nos curvar às lucubrações da “Teoria Particular” do Lord Lula ?
- “Yah ! Yah! Yah!...” “O mundo gira em torno dos inventores de novos valores. Gira de modo invisível, mas é em torno dos comediantes que gira o povo e a fama: assim anda o mundo”.
“Oh homem! Toma cuidado! Que diz a profunda meia-noite?” - Assim falava Zaratustra...
Paulo Mendes - Economista
Os ambientes acadêmicos, consideram ainda, a verdadeira “revolução”, representada pela Teoria Keynesiana, estabelecendo verdadeiro “divisor de águas” da ciência, em Micro e Macroeconomia. Sem esquecer, a Departamentalização preconizada por Michael Kalecki e, outros critérios já reconhecidos, mais, ou menos utilizados.
No Brasil, terra da criatividade e do “jeitinho brasileiro”, nosso Presidente vem nos brindado com um novo critério de analise, sustentada à base de mirabolantes argumentos: trata-se de dividir nossa economia em dois compartimentos estanques: “A EBN - Economia das Boas Noticias” (aquela virtual, que interessa ao governo) e a “EMN - Economia das Más Noticias” (aquela real, que sempre passa ao largo, e supostamente, ninguém vê, ninguém sabe, ninguém vai ser atingido)...
Exemplos recentes da “EMN” ? Lembrem-se da inflação e crise dos alimentos, a crise energética, a elevação dos juros, a carga tributária insuportável, a crise financeira internacional, o desemprego disfarçado, o passivo que sustenta as reservas em moeda estrangeira...
Exemplos da “EBN” ? Lembrem-se da “epopéia da mamona”, da nova energia do etanol, do volume financeiro das reservas em dólar, da “odisséia do pré-sal” e, no momento, da crise financeira internacional que, “se atingir o Brasil, será apenas imperceptível”... Palavras do Senhor. Amém !
Olha, se uma crise financeira, que já elevou a SELIC em 0,75%, provocou uma queda recorde no IBOVESPA, elevou em 15% a cotação do dólar, voltou a disparar o “risco Brasil”, começa a abalar nossas reservas com a fuga de investidores, e representa uma ameaça velada ao recente titulo de “Investment Grade”, é apenas “imperceptível”, então, como diria o famoso Tiririca: “Eu quero morrer....”
Se levarmos muito a serio esta conveniente compartimentalização, vamos ser instados a rasgar nossos diplomas academicos de Economia e, concorrer a uma urgente “Pós-Graduação em Prestidigitação...”, para atravessarmos o portal do ilusionismo econômico, e nos livrarmos de toda essa “tralha” de idiotices que aprendemos nas Universidades.
- “Alô, alô, senhores Reitores ! Abram vagas e alas ao novo curso ! Porque, como diria Nietzsche: “A Ciência Econômica, morreu !”” Tivemos por algum tempo, vislumbres de uma nobre ciência, com a Teoria Geral de Lord Keynes, as antevisões e inquirições sobre a origem da Riqueza das Nações, de Adam Smith, as inquietações utópicas de Marx, o apego às potencialidades do vil metal de Friedman, e outros tantos doutrinadores, cada um, cultuado a seu tempo. Agora, deveremos nos curvar às lucubrações da “Teoria Particular” do Lord Lula ?
- “Yah ! Yah! Yah!...” “O mundo gira em torno dos inventores de novos valores. Gira de modo invisível, mas é em torno dos comediantes que gira o povo e a fama: assim anda o mundo”.
“Oh homem! Toma cuidado! Que diz a profunda meia-noite?” - Assim falava Zaratustra...
Paulo Mendes - Economista
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