Na reta final
Uma estratégia equivocada muito disseminada nesta atual campanha, foi a tentativa de “colar” a imagem do Presidente Lula, em alguns candidatos e candidatas, entusiasmados com sua elevada popularidade. Obviamente, não “colou”, nem poderia colar; o povo não se deixa enganar por estas manobras e, além do mais, não dá para confundir alhos com bugalhos.
“Quem nasceu pra lagartixa, nunca chega a jacaré” – diz com muita propriedade a sabedoria popular. Seria como tentar “colar” a imagem do Pelé, num perna-de-pau do Arranca Toco Futebol Clube.
Enquanto milionários, confusos e barulhentos recursos de mídia, tentavam fazer milagres, um candidato conseguiu em verdade, “incorporar” um estilo similar ao personagem Lula, cair na graça do povão e identificar-se com seus anseios, pautando sua campanha, na humildade, no contato direto, na linguagem simples e compreensível a todos segmentos do povão. É o efeito “Lula genérico itabunense”, que pode não ter a mesma embalagem do original, mas produz o mesmo resultado...
Monumentais carreatas, por exemplo, só lembram no inconsciente coletivo, o “enterro” de pessoas ilustres – carros, não votam, principalmente, quando muitos deles portam placas de outras origens; ao passo que, os tempos do corso no carnaval, já se foram. Hoje, vale “o bloco na rua”, e o grau de contaminação a espraiar-se aos “pipocas”, que acompanham o cortejo, e votam...
O contra-ataque desesperado contra o novo fenômeno, não se fez esperar: e de repente, passaram a usar todos meios para desmistifica-lo, entre os quais, pinçar imagens carcomidas de campanhas passadas ou falas aleatórias em momentos distintos. O povo, em verdade, geralmente interpreta isso, como “usar jornais velhos para limpar a própria sujeira”. As “mensagens”, acabam nos esgotos da indiferença; e são captadas, como falta do que dizer de si próprios.
Insistir na tecla, que uma cidade só vai receber ajudas, se votar no candidato ou candidata do “sistema”, reedita a velha cartilha coronelista do passado, tão violentamente combatida pelo próprio partido dos “coronéis de hoje”. O horário eleitoral, acaba se transformando numa “ordem do dia”, a rememorar os tempos de chumbo, de triste memória.
Veio o primeiro debate pela TV, que terminou num bate boca, entre figuras envolvidas em estórias e conchavos mal explicados, mas que o publico percebeu claramente o significado: onde há fumaça, pode haver fogo – o eleitorado abomina essas “travessuras” de bastidores, o que pode despertar sua revolta. Na linguagem popular do mundo dos negócios, quando alguém anuncia oferta por alguma coisa, pode estar pretendendo apenas elevar seu preço, para vendê-la aos incautos.
A esta altura, os apegados à numerologia e à cabalística devem estar matutando: para governar uma cidade no seu centenário, por quatro anos, o numero que melhor se encaixa como multiplicador: 4 X 25 = 100...
E a matemática, é uma ciência exata. Melhor que supostas estatísticas manipuladas.
Paulo Mendes – Economista
“Quem nasceu pra lagartixa, nunca chega a jacaré” – diz com muita propriedade a sabedoria popular. Seria como tentar “colar” a imagem do Pelé, num perna-de-pau do Arranca Toco Futebol Clube.
Enquanto milionários, confusos e barulhentos recursos de mídia, tentavam fazer milagres, um candidato conseguiu em verdade, “incorporar” um estilo similar ao personagem Lula, cair na graça do povão e identificar-se com seus anseios, pautando sua campanha, na humildade, no contato direto, na linguagem simples e compreensível a todos segmentos do povão. É o efeito “Lula genérico itabunense”, que pode não ter a mesma embalagem do original, mas produz o mesmo resultado...
Monumentais carreatas, por exemplo, só lembram no inconsciente coletivo, o “enterro” de pessoas ilustres – carros, não votam, principalmente, quando muitos deles portam placas de outras origens; ao passo que, os tempos do corso no carnaval, já se foram. Hoje, vale “o bloco na rua”, e o grau de contaminação a espraiar-se aos “pipocas”, que acompanham o cortejo, e votam...
O contra-ataque desesperado contra o novo fenômeno, não se fez esperar: e de repente, passaram a usar todos meios para desmistifica-lo, entre os quais, pinçar imagens carcomidas de campanhas passadas ou falas aleatórias em momentos distintos. O povo, em verdade, geralmente interpreta isso, como “usar jornais velhos para limpar a própria sujeira”. As “mensagens”, acabam nos esgotos da indiferença; e são captadas, como falta do que dizer de si próprios.
Insistir na tecla, que uma cidade só vai receber ajudas, se votar no candidato ou candidata do “sistema”, reedita a velha cartilha coronelista do passado, tão violentamente combatida pelo próprio partido dos “coronéis de hoje”. O horário eleitoral, acaba se transformando numa “ordem do dia”, a rememorar os tempos de chumbo, de triste memória.
Veio o primeiro debate pela TV, que terminou num bate boca, entre figuras envolvidas em estórias e conchavos mal explicados, mas que o publico percebeu claramente o significado: onde há fumaça, pode haver fogo – o eleitorado abomina essas “travessuras” de bastidores, o que pode despertar sua revolta. Na linguagem popular do mundo dos negócios, quando alguém anuncia oferta por alguma coisa, pode estar pretendendo apenas elevar seu preço, para vendê-la aos incautos.
A esta altura, os apegados à numerologia e à cabalística devem estar matutando: para governar uma cidade no seu centenário, por quatro anos, o numero que melhor se encaixa como multiplicador: 4 X 25 = 100...
E a matemática, é uma ciência exata. Melhor que supostas estatísticas manipuladas.
Paulo Mendes – Economista
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