UM FIO DE ESPERANÇA
Sejam bem-vindos o Presidente Lula e seu denominado PAC do cacau; a região agradece pela visita, já repetida por outros áulicos que aqui aportaram, trazendo também o anuncio de boas novas.
A sociedade regional, submetida aos rigores impostos pela convergência de problemas que a atingiram nos últimos tempos, deve reconhecer a importância de mais uma perspectiva, retratada como positiva, haja vista que, a solução ao menos parcial dos problemas que nos afligem, depende inapelavelmente de ações governamentais oriundas de esferas superiores do poder.
A carência de recursos e programas de ação conjunta, não supridas nos momentos mais críticos, nos trouxe à condição de “dependência desesperadora”, onde não restam alternativas, senão “acreditar ou acreditar”. Já não podemos quedar em devaneios e suposições, a ponto de cogitar sobre a confiabilidade ou não das propostas trazidas. É certo que, as experiências anteriores de soluções prometidas e não cumpridas, ensejaram o grau de desilusão que afeta a muitos, talvez a grande maioria; razões não lhes faltam para tecer criticas contundentes e, até, considerar ilusórias as propostas ora colocadas.
Mas, se não acreditarmos numa promessa, ainda que remota, o que nos restará ? Se não tivermos alguma motivação para persistir, algum sonho porque sonhar, o que moverá nossas atividades doravante ? Melhor acreditar, ainda que se configure um mero sonho.
Este é o cerne da questão. Tivemos momentos de desespero e quase inanição; faltou-nos nas diversas oportunidades vislumbradas ou prometidas, ações concretas que minorassem problemas e nos propiciassem melhores condições para superar a tormenta.
Mas, apesar de todos os pesares, não faltou a uns tantos bravos, a persistência, a luta cotidiana, a sucessão de tentativas e erros ou acertos, suficientes para preservar uma cultura centenária, vencendo obstáculos à primeira vista intransponíveis. No começo, parecia “o fim”. Chegamos aonde chegamos, à custa de verdadeiros malabarismos, que trouxeram a cultura do cacau, como vetor importante para o desenvolvimento regional, até nossos dias. Não restam duvidas quanto a isso, embora as perdas acumuladas e os sacrifícios, tenham sido desastrosas para muitos.
Por muito menos, outras culturas e outras atividades econômicas, feneceram, ali e acolá, levando regiões produtivas à senilidade econômica. Aqui, ainda temos a infra estrutura, as bases, as experiências, a cultura preservada. Àqueles que contribuíram de alguma forma, para sustentação da cultura, o que pareceu impossível em certos momentos, seja um pequeno, médio ou grande produtor, cabe a real titulação de “Pais do PAC do Cacau” – foram estes que, apesar das intempéries, não abandonaram e permaneceram fieis às suas “criações”; ainda que lhes parecesse um mero sonho impossível.
Pela coragem, persistência e luta destes inarredáveis produtores, seria insensato, aplicar-lhes mais um mero “golpe eleitoral”.
Paulo Mendes - Economista
A sociedade regional, submetida aos rigores impostos pela convergência de problemas que a atingiram nos últimos tempos, deve reconhecer a importância de mais uma perspectiva, retratada como positiva, haja vista que, a solução ao menos parcial dos problemas que nos afligem, depende inapelavelmente de ações governamentais oriundas de esferas superiores do poder.
A carência de recursos e programas de ação conjunta, não supridas nos momentos mais críticos, nos trouxe à condição de “dependência desesperadora”, onde não restam alternativas, senão “acreditar ou acreditar”. Já não podemos quedar em devaneios e suposições, a ponto de cogitar sobre a confiabilidade ou não das propostas trazidas. É certo que, as experiências anteriores de soluções prometidas e não cumpridas, ensejaram o grau de desilusão que afeta a muitos, talvez a grande maioria; razões não lhes faltam para tecer criticas contundentes e, até, considerar ilusórias as propostas ora colocadas.
Mas, se não acreditarmos numa promessa, ainda que remota, o que nos restará ? Se não tivermos alguma motivação para persistir, algum sonho porque sonhar, o que moverá nossas atividades doravante ? Melhor acreditar, ainda que se configure um mero sonho.
Este é o cerne da questão. Tivemos momentos de desespero e quase inanição; faltou-nos nas diversas oportunidades vislumbradas ou prometidas, ações concretas que minorassem problemas e nos propiciassem melhores condições para superar a tormenta.
Mas, apesar de todos os pesares, não faltou a uns tantos bravos, a persistência, a luta cotidiana, a sucessão de tentativas e erros ou acertos, suficientes para preservar uma cultura centenária, vencendo obstáculos à primeira vista intransponíveis. No começo, parecia “o fim”. Chegamos aonde chegamos, à custa de verdadeiros malabarismos, que trouxeram a cultura do cacau, como vetor importante para o desenvolvimento regional, até nossos dias. Não restam duvidas quanto a isso, embora as perdas acumuladas e os sacrifícios, tenham sido desastrosas para muitos.
Por muito menos, outras culturas e outras atividades econômicas, feneceram, ali e acolá, levando regiões produtivas à senilidade econômica. Aqui, ainda temos a infra estrutura, as bases, as experiências, a cultura preservada. Àqueles que contribuíram de alguma forma, para sustentação da cultura, o que pareceu impossível em certos momentos, seja um pequeno, médio ou grande produtor, cabe a real titulação de “Pais do PAC do Cacau” – foram estes que, apesar das intempéries, não abandonaram e permaneceram fieis às suas “criações”; ainda que lhes parecesse um mero sonho impossível.
Pela coragem, persistência e luta destes inarredáveis produtores, seria insensato, aplicar-lhes mais um mero “golpe eleitoral”.
Paulo Mendes - Economista
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