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Mostrando postagens de outubro, 2008

Dizendo bom dia a cavalo

O presidente do BC brasileiro, estrilou, em recente palestra a investidores, proferida em Miami: “Paremos de fazer piadas a respeito. É uma situação muito, muito seria.” Para bons entendedores, a mensagem tem endereço certo: a cupula do Planalto, em Brasilia. De “uma crise do Bush”, a um efeito “apenas imperceptível”, ou “simples marola”, a fanfarronice palaciana, acumpliciada pelo Ministro da Fazenda, oscilou, entre a gabolice e a irresponsabilidade. Faltaram ética inerente aos cargos e responsabilidade administrativa, no trato de uma questão, que se revelou muito seria, aos primeiros sinais de deterioração. Nosso presidente do BC, por seu turno, com a experiência de longos anos atuando no mercado bancário, postou-se desde os primeiros momentos, numa verdadeira trincheira de combate à deterioração cambial, sinalizando, até mesmo através expressões faciais estampadas na mídia, o grau de complexidade dos problemas enfrentados. Ficou patente a divisão conceitual da crise e de posturas, q...

O terceiro turno

Terminou o primeiro turno das eleições em Itabuna. O resultado, anarquizou lucubrações, invencionices e ilusionismos pregados por muitos analistas, comentaristas, blogs, sites, etc, distantes da realidade. Até quem desperdiçou seu mandato ou tempo, com a pratica sorrateira de denuncismos inclementes, na vã expectativa de que poderia justificar a incompetência para contribuir na construção de uma cidade melhor, já foi democraticamente condenado na jurisdição inquestionável do eleitorado. Causa espécie, que alguns desses pregadores de ilusões, perdidas na insignificância da própria dimensão política, insistam agora em tumultuar o ambiente de consolidação de uma nova administração, a dar palpites e fazer insinuações, espargindo a boataria que assola as ruas, esquinas e botecos. A ponto de até apontarem ou sugerir imediatas mutações partidárias camaleônicas, que afetariam o próprio prefeito recém eleito. Creio que o novo prefeito, está muito atento aos passos de cada novo dia. De um lado, ...

Carta de “Zé do Povo”

Sinhô Prisidenti: Sardações Zevedistas, purquê nóis ta iscrevenu aqi de Itabuna, ondi Voismicê levô ferro (discupi – vossa candidata...). Mais num há di sê nada, purquê, prá quein é Corintianu, perdê u`a aqui outra alí, num faiz muita diferença. Iscrevo estas mar traçadas linhas, prá li pidi, qui troqui nossa “Bolsa Família”, pur essa tar de “Bolsa Banco” qui Vosmicê ta distribuino prus quebrado da crisi. Nóis tombém tamo quebrado i nicicitado, purquê num tamo consiguino comprá neim uns “derivativu” pra nois cumê direito. E oia, inté temu um “subprimo” qui morreu de inveja, quando ouviu fala dos bilhão qui ta correno sorto prós banco. Féiz as conta e viu qui dava media de uns mil reau pur cabeça, da nossa população, inquanto a “Bolsa Família”, mar chega a cem reaus. Tomi tendença homi de Deus... Voismicê falô ostrodia, qui a crisi num ia chega aqui. Nóis creditemo. Falô qui ninguém ia tira nosso pãozinho cum mortadela. Tombem creditemo. Só qui as coisa ta ficano preta homi di Deus: a ...

Aspectos de uma crise globalizada

A partir do inicio dos anos 80, o mundo dos negócios passou a sofrer influencias de novas tendências – “mudança de paradigmas” – na linguagem dos analistas: ênfase na desregulamentação dos mercados, processos de privatização em muitas nações, inicio de um ciclo de crescimento continuado da economia mundial real. Robert Schiller, em seu livro: “Exuberância irracional”, enumera alguns fatores que, contribuíram ou foram decisivos para eclosão das sucessivas crises no período: 1 – Mito da Revolução da Informação: o advento da Internet, leva as pessoas a supor que ela tem uma enorme importância econômica. Paralelamente, os lucros das empresas americanas aumentaram firmemente experimentando forte impulso a partir de 1994, em decorrência da recuperação da economia após a recessão de 1990-1991. Segundo o autor, isso nada teve a ver com a Internet, mas, criou-se o mito que a nova tecnologia de informação, havia criado uma era de crescimento continuo dos lucros. 2 – Triunfalismo e declínio dos ...

Estado catatônico

Admite-se o êxtase provocado por uma popularidade de 77%. Pode-se até compreender o estar embevecido, por conta de reservas cambiais da ordem de US$200 bilhões. Mas não dá para entender essa “fuga da realidade”, diante uma grave crise global, que já atingiu o Brasil, e cujos sintomas já se refletem sob formas diversas. Muito menos, aceitar que, enquanto a bolsa desabava seguidamente, 5%, 7%, 9%, o dólar dispara mais de 30% até as vésperas da eleição, enquanto o nosso Presidente, dedicava-se “de corpo e alma”, num comício em São Bernardo do Campo (interior paulista), a pedir votos para seu candidato, “porque iria morar naquela cidade, depois que deixar o Planalto”... Convenhamos, esta não é a real postura de um estadista que se espera nestas horas, para demonstrar à sociedade, o vigor e competencia para agir diante as ameaças que pairam sobre nossa economia; o que diga-se a bem da verdade, também está faltando noutras nações importantes, que se encontram no olho do furacão, e por isso, ...

O “abraço de afogados”.

E deu no que deu. Greta Garbo, quem diria ! Terminou no Irajá... Não poderia ser diferente, porque até a numerologia popular, cantava em prosa e verso o desfecho. O povo de Itabuna, simplesmente, reagiu às evidencias de maquinações esdrúxulas, ao transformismo camaleônico, à improvisação virtual que confundiu: “voto de coração” humano – onde pulsam as mais singelas manifestações, com “voto num coração de papel” – desenhado para emoldurar falsas premissas. O inusitado “abraço de afogados”, que uniu no ocaso de uma campanha vencida, quem se distanciava cada vez mais do povo e quem resolveu escafeder-se dele, terminou por sepultar no “pré-sal” político da Ilha do Jegue, o rebotalho da combinação do nada a ver com o coisa nenhuma... Itabuna amanhece altaneira, segura de si, com a alma lavada e enxaguada, depois de varrer para o lixo da sua historia, as paginas viradas de um tosco folhetim. Estava na hora dessa gente Grapiuna mostrar seu valor e, marchar contra a tentativa de golpe absoluti...

Os “evangelistas”.

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“Bancos e banqueiros são cegos por natureza. Eles não viram o que estava acontecendo. [...] Os sinais presentes sugerem que os banqueiros do mundo têm propensão ao suicídio. A cada etapa eles têm-se mostrado contrários a tomar um remédio bastante drástico, e agora já se deixou que as coisas fossem tão longe que se tornou extraordinariamente difícil encontrar uma saída. [...] Uma Conspiração de Banqueiros ! A idéia é absurda. Antes houvesse uma ! Assim, se eles se salvarem, será, eu espero, a despeito deles mesmos”. (Keynes, John Maynard. “As conseqüências, para os bancos, das mudanças nos valores em dinheiro”. Agosto de 1.931). Diante os fatos dos últimos dias, que abalaram o mercado financeiro internacional, com epicentro nos EUA, poderíamos imaginar que, o comentario escrito há 77 anos, quando o mundo ainda se ressentia dos abalos provocados pelo crash na bolsa, de 1.929, seria tão atual, a ponto de nos confundir com algum texto de jornal ou revista recente. O leitor, atônito diante ...