Não custa tentar...
Banca de revistas. O sujeito pede um maço de cigarros, “daquele que so da câncer”, porque o que “causa impotência” é muito perigoso... Lembram daquela campanha do Ministério da Saúde, que obriga a inscrição nos produtos e divulgação na mídia, de mensagens: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde”; “Fumar causa impotência”; Fumar causa câncer”...? Hoje, após insistência e determinação louváveis, a campanha evoluiu, a ponto de produzir dividendos positivos: redução significativa do numero de fumantes, importante advertência aos jovens para não se envolver com o vicio, e chegou-se ao clímax, influenciando as autoridades governamentais a editar normas que gradativamente, vão limitando espaços aos fumantes inveterados.
O problema não chegou a ser erradicado, mas, tem-se hoje, instrumentos de regulação e controle eficazes, paralelamente, à conscientização que atinge a maioria dos fumantes, manifestando-se dispostos a tentar livrar-se do vicio. Uma campanha generalizante, envolvendo segmentos importantes da sociedade, ganha corpo e é capaz de produzir resultados, antes inimagináveis.
Diante o ambiente de insalubridade na política, que tantos e desastrados males tem ocasionado à sociedade e, representa também um desafio imenso, pautado em determinação, insistência, envolvimento, comprometimento e adesão gradual, motivado pelo inegável êxito da campanha mencionada, ouso sugerir um novo tema: o governo, poderia estabelecer a obrigatoriedade de inserção na mídia, de mensagens, alem de também obrigar cada candidato a imprimir na sua propaganda, a mensagem: “O STE adverte: votar em maus candidatos e candidatos já envolvidos em crimes eleitorais ou administrativos, prejudica a saúde política, subverte valores morais, incentiva a impunidade e a corrupção, e resulta em futuros prejuízos aos cofres públicos”.
Certamente surgirão críticas condenando a eficácia de tal medida. Mas, pautados no exemplo das campanhas contra o cigarro, para uso do cinto de segurança, “lei seca”, certamente a repetição incisiva de mensagens similares, produzira o “efeito educativo”, para dissipar de nossa sociedade, esta idéia abominável que a corrupção é “um problema cultural”, a impunidade um “mal irremovível”, já entranhado nas veias dos políticos. E o que é pior: referendada a cada eleição, por eleitorado crescente, o que nos leva a supor, tratar-se de problema insolúvel.
A campanha isolada, não tem o dom de produzir efeitos práticos e objetivos. Mas, assim como aconteceu na campanha anti-tabagista e outras, a nova campanha anti-corrupção e desmandos na política, incentivara e comprometera nossas autoridades superiores, a adotar meios de limitação dos espaços e coibir as ações corruptoras, através: uma reforma política seria, que atinja o cerne das campanhas eleitorais, edição de normas que impeçam o ingresso, a concorrencia ou retorno aos cargos políticos, de indivíduos com antecedentes desabonadores – como alias já ocorre em varias instancias do serviço publico.
É abominável conviver com um “Conselho de Ética”, onde há integrantes submetidos a processos de toda ordem; ou aceitar, como a mídia divulgou recentemente, que 30% dos membros do senado, já respondem a processos. Este problema que se estende a outros níveis dos quadros que compõem os poderes da Republica, é lamentável e inadmissível. Precisa ser erradicado, se se pretende reverter o atual estado de coisas.
Ao menos, na próxima campanha, poderíamos optar entre o “santinho” de um candidato que “rouba mas faz”, ou desses “inocentes”, que “não ve nada, não sabe de nada...”. Mas, conscientes dos riscos que corremos.
Paulo Mendes – Economista
O problema não chegou a ser erradicado, mas, tem-se hoje, instrumentos de regulação e controle eficazes, paralelamente, à conscientização que atinge a maioria dos fumantes, manifestando-se dispostos a tentar livrar-se do vicio. Uma campanha generalizante, envolvendo segmentos importantes da sociedade, ganha corpo e é capaz de produzir resultados, antes inimagináveis.
Diante o ambiente de insalubridade na política, que tantos e desastrados males tem ocasionado à sociedade e, representa também um desafio imenso, pautado em determinação, insistência, envolvimento, comprometimento e adesão gradual, motivado pelo inegável êxito da campanha mencionada, ouso sugerir um novo tema: o governo, poderia estabelecer a obrigatoriedade de inserção na mídia, de mensagens, alem de também obrigar cada candidato a imprimir na sua propaganda, a mensagem: “O STE adverte: votar em maus candidatos e candidatos já envolvidos em crimes eleitorais ou administrativos, prejudica a saúde política, subverte valores morais, incentiva a impunidade e a corrupção, e resulta em futuros prejuízos aos cofres públicos”.
Certamente surgirão críticas condenando a eficácia de tal medida. Mas, pautados no exemplo das campanhas contra o cigarro, para uso do cinto de segurança, “lei seca”, certamente a repetição incisiva de mensagens similares, produzira o “efeito educativo”, para dissipar de nossa sociedade, esta idéia abominável que a corrupção é “um problema cultural”, a impunidade um “mal irremovível”, já entranhado nas veias dos políticos. E o que é pior: referendada a cada eleição, por eleitorado crescente, o que nos leva a supor, tratar-se de problema insolúvel.
A campanha isolada, não tem o dom de produzir efeitos práticos e objetivos. Mas, assim como aconteceu na campanha anti-tabagista e outras, a nova campanha anti-corrupção e desmandos na política, incentivara e comprometera nossas autoridades superiores, a adotar meios de limitação dos espaços e coibir as ações corruptoras, através: uma reforma política seria, que atinja o cerne das campanhas eleitorais, edição de normas que impeçam o ingresso, a concorrencia ou retorno aos cargos políticos, de indivíduos com antecedentes desabonadores – como alias já ocorre em varias instancias do serviço publico.
É abominável conviver com um “Conselho de Ética”, onde há integrantes submetidos a processos de toda ordem; ou aceitar, como a mídia divulgou recentemente, que 30% dos membros do senado, já respondem a processos. Este problema que se estende a outros níveis dos quadros que compõem os poderes da Republica, é lamentável e inadmissível. Precisa ser erradicado, se se pretende reverter o atual estado de coisas.
Ao menos, na próxima campanha, poderíamos optar entre o “santinho” de um candidato que “rouba mas faz”, ou desses “inocentes”, que “não ve nada, não sabe de nada...”. Mas, conscientes dos riscos que corremos.
Paulo Mendes – Economista
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