Postagens

Mostrando postagens de julho, 2010

O DESABAFO CENTENARIO

Ao visitar minha avo, após um de seus últimos aniversários, minha mãe perguntou: - Mamãe, como passou seu aniversario? Ao que ela respondeu: - Todos em paz e com saúde, minha filha. Inconformada com a resposta, comentou: - Mas mamãe, isso é maneira de comemorar um aniversario? Não teve uma festinha, presentes, bolo, convidados e tudo mais? Minha avo respondeu: - Filha, quando chegar à minha idade, você vai compreender que, estar em paz e com saúde, é o mais importante na vida! Quanto todos nos gostaríamos que, ao completar seu centenário, Itabuna estivesse em perfeita paz e, bastante saudável? Nem estaríamos nos importando com festas, shows, inaugurações e outros eventos que, certamente, marcarão a data, de forma a enaltecer a efeméride e disfarçar momentaneamente, os graves problemas do cotidiano. Em verdade, aos cem anos de emancipação política, a cidade ainda padece de segurança publica desejável, saneamento e saúde publica mais eficiente, a violência grassa incontrolável, e outros ...

Direitos confusos e especializados.

Ao confrontar o mundo do Direito – o ordenamento jurídico (normas positivadas) – e o mundo real – as circunstancias praticas de aplicação e efetivação desses mesmos instrumentos normativos – os indivíduos, em tese destinatários dessas normas, deparam-se com especificidades, que tornam confuso, o entendimento do que seria o principio da dignidade da pessoa humana. A sociedade humana experimentou ao longo de séculos, à evolução das gerações dos Direitos, num primeiro estagio, aqueles ditos fundamentais, tais como, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade, à segurança. Estes, pautados por razões naturais e marcados pela necessidade de confrontar e limitar o absolutismo de soberanos e, poderes do Estado. Num segundo estagio ou geração, vieram os denominados “direitos sociais” – que albergam a saúde, o emprego, a educação, a moradia e as demais formas de assistência social. Estes, pautados numa visão do Estado, como promotor do “Bem estar Social”. Ao Estado, e por consequên...

O soldadinho de chumbo, o palhaço e o comedor de melecas...

O futebol, esporte que apaixona multidões, tem na Copa do Mundo a cada quatro anos, o seu apogeu. Cada Copa, tem sua historia, inovações, eventos fantásticos, personagens marcantes. Algumas, tornaram-se memoráveis, pelo espetáculo produzido pelos “artistas da bola” e suas façanhas incríveis. Nos “palcos verdes” de cada Pais sede, lances incríveis e geniais, de personagens inesquecíveis, como Pelé, Garrincha, Ademir, Zizinho, Didi, Gilmar, Stoichkov, Puskas, Di Stefano, Leônidas, Lev Yashin, Fontaine, Cruiff, Ronaldo, Maradona, Zidane, Nilton Santos, Romário, e tantos outros jogadores geniais, escreveram a historia das Copas e, legaram à posteridade imagens inesquecíveis. Citar alguns poucos nomes, chega a ser problemático, diante o elenco de magistrais jogadores. E nem podemos esquecer o Preguinho, primeiro brasileiro a marcar um gol, na longínqua 1ª Copa de 1930. Para nos brasileiros, pelo menos em cinco oportunidades, as Copas tem representado momentos de euforia, de paixão, de cong...

"Não é a mamãe..."

Lembro daqueles filmes da serie “Família Dinossauro”, onde o “Babysauro” – um simples bebê arteiro e inteligente – protestava contra quem pretendia substituir sua mãe. Tem muito a ver com a atual campanha política. O Presidente, do alto de sua elevada popularidade, insiste “Dungamente”, em emplacar sua sucessora, uma candidata fora do contexto político natural do seu partido, que no inicio, desagradava a gregos e troianos. O “estilo Dunga” de imposições, já provou na pratica recente, o quanto desastroso pode resultar o egocentrismo e teimosia de escolhas e métodos, contrariando a lógica mais prudente, quando se trata dos destinos da Nação. A popularidade e simpatia do governante, tão exaltadas pela mídia subserviente e acumpliciada, tem servido como anteparo, para esconder o “Dino” falastrão, metafórico, e às vezes inconsequente, em situações que estariam a exigir posturas melhor afeiçoadas a um líder político com estatura de estadista. O recurso ao discurso jurássico, populista e dema...

Pesquisas, euforia e decepção

Ate o inicio do segundo tempo, do jogo que poderia levar o Brasil a mais uma semifinal, 405 minutos foram suficientes para elevar ao paraíso, a avaliação dos torcedores em relação ao técnico Dunga e sua seleção. Antes do jogo, na Internet, pesquisas apontavam 70% de aprovação ao Dunga – um índice respeitável em matéria de técnicos de seleção. Parecia que tudo se conjugava para transformar ate jogadores ilustres desconhecidos do grande publico, em novos ídolos. Imagino que, se não tivéssemos de engolir aquela “laranjada azeda” do segundo tempo, o nosso técnico e seu elenco, se tornariam recordistas de popularidade e aprovação, um novo fenômeno, capaz de causar inveja a políticos carismáticos que se jactam de ter alcançado níveis invejáveis de popularidade. O “fenômeno Dunga”, ilustra muito bem o significado de índices de aprovação, que apresentam evolução meteórica. Percentuais elevados, podem ser alcançados por um personagem, sem que haja efetiva consistência na sua avaliação. Para is...