Combate à violência
Já se tornou insuportável a violência que afeta nossa sociedade. A cada dia, os fatos denotam um clima de terror, nos ambientes urbanos e rurais. A preocupação maior, reside no aparente imobilismo das autoridades constituídas que, apesar de algumas iniciativas paliativas, não conseguem conter a onda avassaladora de eventos, a ceifar vidas, causar traumas irreparáveis, ora, afetando não so patrimônio das pessoas, mas principalmente, sua integridade física. A vida humana, se traduz por um nada, já não tem significado, ante os desatinos de criminosos cada vez mais violentos.
Nos últimos dias, mais uma iniciativa louvável tomou corpo em nossa cidade, com a idéia de um “pacto contra a violência”. Autoridades, políticos, representantes de entidades, mídias, estiveram debatendo o tema e buscando soluções alternativas.
O projeto, respeitada a seriedade que o caso requer e, a confiança nos bons propósitos daqueles que se dispuseram espontaneamente, a encarar a situação, nos lembra o episodio já recontado inúmeras vezes, da preleção do Vicente Feola, então tecnico da seleção brasileira de 1.958, aos seus jogadores, às vésperas do jogo com a seleção Russa. Depois de orientar cada um sobre o que deveria fazer em campo, foi interpelado pelo inesquecível Mane Garrincha, com a desconcertante pergunta: “Seo Feola, o senhor já combinou tudo isso com os russos?”. Seria o caso de perguntar hoje: “Já combinaram com os bandidos, o pacto contra a violência?”. Pode parecer ironia, mas estou falando serio.
Obviamente, não estou a me referir àqueles marginais, praticantes conhecidos ou potencialmente em formação, com os quais nos defrontamos no cotidiano, e que pululam no centro e periferias das cidades, os quais, por razões praticas, não se disporiam a celebrar tratativas com quem quer que seja.
Questiono o mal maior, muito superior ao que pratica um eventual trombadinha, um assaltante de loja, um seqüestrador relâmpago, ou um desses estupradores que volta e meia, aparecem nos noticiários da TV e jornais. Eles são conseqüência do pior banditismo que se tem noticia na historia deste Pais, já de algum tempo engendrado por políticos, autoridades constituídas, personalidades relevantes da nossa Republica, que estão se convertendo em símbolos da anarquia ética e moral, disseminada pela sociedade, como se fora uma “coisa natural”, e respaldados no cinismo nojento de quem os apóia, protege, acoita e celebra conchavos indecentes.
Os desmandos praticados nas cúpulas de nossas instituições, tem servido de espelho e exemplo à plebe marginal, que já não respeita autoridades, as próprias instituições, as normas reguladoras, as pessoas e, arvoram qualquer um ao “direito coletivo” de se sentir imune a toda e qualquer força repressora.
Portanto senhores e senhoras, raros exemplos de comprometimento com a restauração da moralidade e da ética, antes de decidir o que fazer diante o descalabro reinante, seria recomendável, chamar às falas as potestades governantes, e protestar veementemente, contra o estado de calamidade em nossas instituições.
Os exemplos, tem de vir de cima – reitera a sabedoria popular. Enquanto representados e governados por verdadeiros meliantes, ressalvadas as honrosas exceções, de nada servirão medidas paliativas nas bases locais, porque elas continuarão a ser reflexo das orgias que nos fazem torcer o nariz. A boa ética, a moralidade, a transparência e, em primeiro plano, o respeito à cidadania, precisam ser restaurados no topo – nas cúpulas dirigentes, para que se espraie pelo tecido social.
O político que se lixa para a opinião publica, o gestor que não obedece aos princípios da administração publica, o governante que acoita malfeitores, estes não reúnem sequer a condição de cidadãos. E como tal, fazem imperar o regime anárquico que mais lhes interessa. – Paulo Mendes - Economista
Nos últimos dias, mais uma iniciativa louvável tomou corpo em nossa cidade, com a idéia de um “pacto contra a violência”. Autoridades, políticos, representantes de entidades, mídias, estiveram debatendo o tema e buscando soluções alternativas.
O projeto, respeitada a seriedade que o caso requer e, a confiança nos bons propósitos daqueles que se dispuseram espontaneamente, a encarar a situação, nos lembra o episodio já recontado inúmeras vezes, da preleção do Vicente Feola, então tecnico da seleção brasileira de 1.958, aos seus jogadores, às vésperas do jogo com a seleção Russa. Depois de orientar cada um sobre o que deveria fazer em campo, foi interpelado pelo inesquecível Mane Garrincha, com a desconcertante pergunta: “Seo Feola, o senhor já combinou tudo isso com os russos?”. Seria o caso de perguntar hoje: “Já combinaram com os bandidos, o pacto contra a violência?”. Pode parecer ironia, mas estou falando serio.
Obviamente, não estou a me referir àqueles marginais, praticantes conhecidos ou potencialmente em formação, com os quais nos defrontamos no cotidiano, e que pululam no centro e periferias das cidades, os quais, por razões praticas, não se disporiam a celebrar tratativas com quem quer que seja.
Questiono o mal maior, muito superior ao que pratica um eventual trombadinha, um assaltante de loja, um seqüestrador relâmpago, ou um desses estupradores que volta e meia, aparecem nos noticiários da TV e jornais. Eles são conseqüência do pior banditismo que se tem noticia na historia deste Pais, já de algum tempo engendrado por políticos, autoridades constituídas, personalidades relevantes da nossa Republica, que estão se convertendo em símbolos da anarquia ética e moral, disseminada pela sociedade, como se fora uma “coisa natural”, e respaldados no cinismo nojento de quem os apóia, protege, acoita e celebra conchavos indecentes.
Os desmandos praticados nas cúpulas de nossas instituições, tem servido de espelho e exemplo à plebe marginal, que já não respeita autoridades, as próprias instituições, as normas reguladoras, as pessoas e, arvoram qualquer um ao “direito coletivo” de se sentir imune a toda e qualquer força repressora.
Portanto senhores e senhoras, raros exemplos de comprometimento com a restauração da moralidade e da ética, antes de decidir o que fazer diante o descalabro reinante, seria recomendável, chamar às falas as potestades governantes, e protestar veementemente, contra o estado de calamidade em nossas instituições.
Os exemplos, tem de vir de cima – reitera a sabedoria popular. Enquanto representados e governados por verdadeiros meliantes, ressalvadas as honrosas exceções, de nada servirão medidas paliativas nas bases locais, porque elas continuarão a ser reflexo das orgias que nos fazem torcer o nariz. A boa ética, a moralidade, a transparência e, em primeiro plano, o respeito à cidadania, precisam ser restaurados no topo – nas cúpulas dirigentes, para que se espraie pelo tecido social.
O político que se lixa para a opinião publica, o gestor que não obedece aos princípios da administração publica, o governante que acoita malfeitores, estes não reúnem sequer a condição de cidadãos. E como tal, fazem imperar o regime anárquico que mais lhes interessa. – Paulo Mendes - Economista
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