Pragas do Egito
Conhecemos a historia das 10 pragas, que Deus teria lançado contra o Egito, através de Moises, com a finalidade de libertar o povo judeu e fazer o Farao reconhecer a unicidade de Deus. À época, as pragas teriam como alvo, divindades especificas, como o “deus Nilo”, os “deuses animais”, e culminaram com a morte de filhos primogênitos, inclusive do Farao, considerado e venerado pelo povo, como a divindade principal.
A historia relata que o povo judeu foi libertado, seguiu uma trajetória errante pelo deserto, durante longos 40 anos, ate chegar à tão almejada “terra prometida”; por seu turno, o Egito, outrora uma civilização pujante e rica, gradativamente, atravessou períodos obscuros na sua historia, ate perder sua importância passada, e converter-se a condição limitada dos tempos modernos.
Às vezes tenho a impressão que nossa Região cacaueira, por alguma razão (ou razões) desconhecida, também tem sido submetida a uma serie de “pragas” políticas, que gradativamente vem minando suas potencialidades, a ponto de converte-la num cenário de crise interminável.
Após atingir períodos áureos, quando representava um suporte da economia baiana e brasileira, tem sido atingida por lamentáveis reveses. Outrora, somávamos à condição de grande exportadora, com uma lavoura básica pujante, o fato de sediar órgãos importantes para sua dinâmica, como a CEPLAC, a SUDHEVEA, o ICB, o CNPC, ombreados a importante e atuante representação política e, operacionalizada por tradicionais empresas de porte considerável, um sistema cooperativo atuante. No campo financeiro, alem de importantes empresas do segmento, chegamos ate uma Superintendência local no Banco do Brasil.
Gradativamente, estas instituições foram extirpadas de nosso cenário ou tiveram reduzidas suas atividades e importância operacional; a lavoura, experimentou a “praga” da vassoura de bruxa, devastando seu potencial produtivo, fazendo grassar o desemprego e os problemas urbanos; o Porto de Ilhéus, decrépito, vem se distanciando do “negocio cacau”; os bancos oficiais, perderam sua dinâmica operacional; as grandes empresas comerciais e exportadoras, mergulhadas em graves crises, converteram-se em mera lembrança de um passado auspicioso.
Recentemente, questões difusas, limitaram a capacidade operacional do aeroporto de Ilhéus (o de Itabuna, ficou na historia, apenas como simbólico pouso inaugural); não conseguimos sequer, levar avante obras publicas do porte de um teatro, um centro de convenções, um novo forum ou uma nova rodoviária; a construção de uma barragem, para reservação de água em nossa cidade, tem sido apenas objeto de hilárias promessas de campanha dos ultimos governantes locais; a famigerada duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, que poderia consolidar uma região metropolitana, converteu-se em mero tema de comícios, quando faltam realizações e obras a inaugurar. Não bastassem as “pragas” acumuladas, um tradicional complexo turístico em Ilhéus e adjacências, esta ameaçado de converter-se numa esquizofrênica “taba indígena”. Isso, depois de converterem uma outrora bacia leiteira e produtora de cacau, nas áreas de Pau Brasil e cercanias, numa “terra sem lei”, atiçada por intermináveis conflitos.
Caberia perguntar: quais são as “divindades” que pretendem atingir em nossa Região ? Qual o “povo” a ser libertado ou beneficiado? Quem são os “mentores intermediários” dessas pragas e a quem interessam ? É importante ressaltar o esforço hercúleo de nosso povo e empresários locais, que insistem resistindo e superando aos trancos e barrancos, a todas estas mazelas. Mas, seria sensato, identificarmos estes “inimigos invisíveis”, para ao menos, nos precaver diante as próximas ameaças que certamente virão. Pelo menos no Egito, sabia-se quem estava contra quem. Aqui, lutamos contra “fantasmas”, que a cada nova investida, nos trazem uma nova praga... - Paulo Mendes - Economista
A historia relata que o povo judeu foi libertado, seguiu uma trajetória errante pelo deserto, durante longos 40 anos, ate chegar à tão almejada “terra prometida”; por seu turno, o Egito, outrora uma civilização pujante e rica, gradativamente, atravessou períodos obscuros na sua historia, ate perder sua importância passada, e converter-se a condição limitada dos tempos modernos.
Às vezes tenho a impressão que nossa Região cacaueira, por alguma razão (ou razões) desconhecida, também tem sido submetida a uma serie de “pragas” políticas, que gradativamente vem minando suas potencialidades, a ponto de converte-la num cenário de crise interminável.
Após atingir períodos áureos, quando representava um suporte da economia baiana e brasileira, tem sido atingida por lamentáveis reveses. Outrora, somávamos à condição de grande exportadora, com uma lavoura básica pujante, o fato de sediar órgãos importantes para sua dinâmica, como a CEPLAC, a SUDHEVEA, o ICB, o CNPC, ombreados a importante e atuante representação política e, operacionalizada por tradicionais empresas de porte considerável, um sistema cooperativo atuante. No campo financeiro, alem de importantes empresas do segmento, chegamos ate uma Superintendência local no Banco do Brasil.
Gradativamente, estas instituições foram extirpadas de nosso cenário ou tiveram reduzidas suas atividades e importância operacional; a lavoura, experimentou a “praga” da vassoura de bruxa, devastando seu potencial produtivo, fazendo grassar o desemprego e os problemas urbanos; o Porto de Ilhéus, decrépito, vem se distanciando do “negocio cacau”; os bancos oficiais, perderam sua dinâmica operacional; as grandes empresas comerciais e exportadoras, mergulhadas em graves crises, converteram-se em mera lembrança de um passado auspicioso.
Recentemente, questões difusas, limitaram a capacidade operacional do aeroporto de Ilhéus (o de Itabuna, ficou na historia, apenas como simbólico pouso inaugural); não conseguimos sequer, levar avante obras publicas do porte de um teatro, um centro de convenções, um novo forum ou uma nova rodoviária; a construção de uma barragem, para reservação de água em nossa cidade, tem sido apenas objeto de hilárias promessas de campanha dos ultimos governantes locais; a famigerada duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, que poderia consolidar uma região metropolitana, converteu-se em mero tema de comícios, quando faltam realizações e obras a inaugurar. Não bastassem as “pragas” acumuladas, um tradicional complexo turístico em Ilhéus e adjacências, esta ameaçado de converter-se numa esquizofrênica “taba indígena”. Isso, depois de converterem uma outrora bacia leiteira e produtora de cacau, nas áreas de Pau Brasil e cercanias, numa “terra sem lei”, atiçada por intermináveis conflitos.
Caberia perguntar: quais são as “divindades” que pretendem atingir em nossa Região ? Qual o “povo” a ser libertado ou beneficiado? Quem são os “mentores intermediários” dessas pragas e a quem interessam ? É importante ressaltar o esforço hercúleo de nosso povo e empresários locais, que insistem resistindo e superando aos trancos e barrancos, a todas estas mazelas. Mas, seria sensato, identificarmos estes “inimigos invisíveis”, para ao menos, nos precaver diante as próximas ameaças que certamente virão. Pelo menos no Egito, sabia-se quem estava contra quem. Aqui, lutamos contra “fantasmas”, que a cada nova investida, nos trazem uma nova praga... - Paulo Mendes - Economista
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