Pais do futuro.
Num passado não muito distante, quando ainda garotos, os da minha geração foram catequizados com a idéia do Brasil ser o Pais do futuro. Durante um bom tempo, o “mantra” do Pais do futuro, continuou a ressoar em nossas mentes, embora muitos de nos não conseguisse compreender seu real significado. Na raiz dos argumentos, estavam fatores como, uma população predominantemente jovem, a reconhecida criatividade e, o manancial de recursos naturais, do “gigante pela própria natureza”, cantado em nosso Hino Nacional.
Algumas décadas de formação escolar e profissional, nos levaram a ficar impacientes com a demora para chegarmos ao “futuro prometido” e, ate desconfiar de alguns argumentos, por exemplo, ao compararmos o grande potencial de recursos existentes em nosso Pais, com a falta deles, observada no Japão, já de algum tempo, reconhecida potencia econômica mundial. E olha que o Japão, alem da falta de recursos naturais, tem uma extensão territorial minúscula, se comparada à nossa, uma população envelhecendo a passos largos, sofre ainda com as intempéries naturais, terremotos, maremotos, vulcões, etc. Isto, sem falar naqueles “monstros” terríveis, que invadem o Pais todas as tardes, mostrados nos filmes e desenhos animados da TV...
Mas o passar do tempo, nos leva a compreender as coisas: “O tempo, é o senhor da razão”, como diria aquele ex-Presidente, hoje estranhamente retornando às luzes da ribalta política.
Ao acompanhar os recentes noticiários do mundo político, é possível tirar algumas conclusões. Afinal, dentre os fatores que tornariam o Brasil, um Pais do futuro, estava a tão decantada “criatividade”. E ai esta o “x” da questão: o Brasil, é o Pais do futuro, porque nunca poderemos imaginar o que já aconteceu, ou ainda vai acontecer ! E haja “criatividade”...
Um senador, “emprestou” o apartamento funcional para o filho morar; outro, emprestou o celular oficial, para a filha usar em viagem ao exterior; outro apareceu “por encanto”, com uma mansão e, um deputado, construiu um castelo, sabe-se lá como. No mesmo senado, pagaram R$6,2 milhões de horas extras para 3.883 servidores, num mês de férias. E a nova “manchete” mais inusitada: estão sendo afastados 146 ou 136 (os números variam na mídia) Diretores de um Senado, que tem apenas 81 senadores ! São quase dois “Diretores”, para cada senador...
Imagina-se que lá, devem haver diretores de transporte, pessoal, segurança, comunicações, diretor do cafezinho, do papel higiênico, etc. A titulo de ilustração, devemos lembrar que são 6.500 servidores, entre comissionados e concursados, para atender aos 81 senadores ! Quanta “criatividade” !
Caminhando inexoravelmente para a terceira idade, e convivendo no dia a dia dos mais inusitados e inexequiveis fatos e atos praticados pelos nossos dirigentes, podemos entender e lamentar o futuro que estão construindo para esta Nação.
O que nos leva a compreender, os por quês, de tamanhas deficiências e desmandos, naquilo que deveria ser a missão primordial de governantes: resolver os angustiantes problemas da população, usando de forma responsável e honesta, os magnânimos recursos que a natureza nos legou e os pesados tributos arrecadados.
Imagino, por exemplo, o que se passa nas mentes de tantas mães e familiares, que estão perdendo seus filhos e entes queridos, vitimas de uma epidemia, fruto da leniencia e irresponsabilidade governamental, quando se deparam com a cafajestada praticada com os recursos públicos. Certamente, no futuro que se aproxima, ainda vamos ficar mais embasbacados e indignados com o muito que vira. Se a dengue deixar...
Paulo Mendes - Economista
Algumas décadas de formação escolar e profissional, nos levaram a ficar impacientes com a demora para chegarmos ao “futuro prometido” e, ate desconfiar de alguns argumentos, por exemplo, ao compararmos o grande potencial de recursos existentes em nosso Pais, com a falta deles, observada no Japão, já de algum tempo, reconhecida potencia econômica mundial. E olha que o Japão, alem da falta de recursos naturais, tem uma extensão territorial minúscula, se comparada à nossa, uma população envelhecendo a passos largos, sofre ainda com as intempéries naturais, terremotos, maremotos, vulcões, etc. Isto, sem falar naqueles “monstros” terríveis, que invadem o Pais todas as tardes, mostrados nos filmes e desenhos animados da TV...
Mas o passar do tempo, nos leva a compreender as coisas: “O tempo, é o senhor da razão”, como diria aquele ex-Presidente, hoje estranhamente retornando às luzes da ribalta política.
Ao acompanhar os recentes noticiários do mundo político, é possível tirar algumas conclusões. Afinal, dentre os fatores que tornariam o Brasil, um Pais do futuro, estava a tão decantada “criatividade”. E ai esta o “x” da questão: o Brasil, é o Pais do futuro, porque nunca poderemos imaginar o que já aconteceu, ou ainda vai acontecer ! E haja “criatividade”...
Um senador, “emprestou” o apartamento funcional para o filho morar; outro, emprestou o celular oficial, para a filha usar em viagem ao exterior; outro apareceu “por encanto”, com uma mansão e, um deputado, construiu um castelo, sabe-se lá como. No mesmo senado, pagaram R$6,2 milhões de horas extras para 3.883 servidores, num mês de férias. E a nova “manchete” mais inusitada: estão sendo afastados 146 ou 136 (os números variam na mídia) Diretores de um Senado, que tem apenas 81 senadores ! São quase dois “Diretores”, para cada senador...
Imagina-se que lá, devem haver diretores de transporte, pessoal, segurança, comunicações, diretor do cafezinho, do papel higiênico, etc. A titulo de ilustração, devemos lembrar que são 6.500 servidores, entre comissionados e concursados, para atender aos 81 senadores ! Quanta “criatividade” !
Caminhando inexoravelmente para a terceira idade, e convivendo no dia a dia dos mais inusitados e inexequiveis fatos e atos praticados pelos nossos dirigentes, podemos entender e lamentar o futuro que estão construindo para esta Nação.
O que nos leva a compreender, os por quês, de tamanhas deficiências e desmandos, naquilo que deveria ser a missão primordial de governantes: resolver os angustiantes problemas da população, usando de forma responsável e honesta, os magnânimos recursos que a natureza nos legou e os pesados tributos arrecadados.
Imagino, por exemplo, o que se passa nas mentes de tantas mães e familiares, que estão perdendo seus filhos e entes queridos, vitimas de uma epidemia, fruto da leniencia e irresponsabilidade governamental, quando se deparam com a cafajestada praticada com os recursos públicos. Certamente, no futuro que se aproxima, ainda vamos ficar mais embasbacados e indignados com o muito que vira. Se a dengue deixar...
Paulo Mendes - Economista
Comentários