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Mostrando postagens de julho, 2008

Itabuna quase centenária

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Ao comemorar mais um ano na condição de cidade emancipada politicamente, Itabuna aproxima-se do seu centenário. Ao longo desse tempo, vivenciou uma historia rica em experiências, apesar de sucessivas crises que abalaram a região. Coincidentemente neste ano, estaremos elegendo a nova administração municipal, que terá os encargos de comemorar a efeméride, mas também, de desenvolver um trabalho voltado à prospecção de suas potencialidades, para consolidar sua verdadeira vocação de pólo econômico regional. Até recentemente, a economia do cacau foi o grande motor do seu desenvolvimento. Contribuiu inegavelmente para dotá-la de uma infra-estrutura econômica e de serviços, que não pode ser menosprezada, porque, ainda representa um dos suportes, embora outras vertentes de atividades de diversificação, venham no presente somar-se, mantendo perspectivas positivas que precisam ser melhor exploradas. A Itabuna de hoje, converteu-se num pólo educacional, formando profissionais de áreas diversas, qu...

Modelo em xeque.

A continuada queda do dólar em relação ao real, tem produzido uma sensação ilusória de “conforto” na economia, e serve como perigoso argumento ufanistico na propaganda oficial. Melhor seria, se a sociedade tivesse discernimento suficiente para avaliar as relações de causa e efeito decorrentes. Já tivemos períodos anteriores de ufanismo similar, pautados em modelos econômicos que, ora modelados pela substituição de exportações, ora por ancoras cambiais, sustentaram situações temporárias, favoráveis nas aparências mas, que ocultavam vulnerabilidades não perceptíveis pelo publico em geral. Os resultados conhecidos, foram crises graves dos “modelos”, que tiveram esgotada sua eficácia temporária. A economia brasileira, vem experimentando nos últimos períodos, três efeitos amargos: a deterioração nas transações correntes decorrente de queda no superávit da balança comercial e do aumento substancial das remessas de lucros e dividendos para o exterior; recrudescimento da taxa inflacionaria, co...

Quem serão os próximos ?

O lugar comum em que se converteu a perda de entes queridos, vitimados pelas diversas facetas da violência que assola nosso Pais, nos leva a um ambiente de insegurança, medo, incredulidade e desconfiança, no qual só nos resta a pergunta do titulo. Se pretendemos enfrentar o caos e reverter a situação, algumas premissas são necessárias, para entendermos a extensão do problema: Em primeiro lugar, é preciso mudar o foco das questões. De nada resolve tratarmos cada novo episodio, como se fosse um mero “despreparo” de policiais ou militares, que cometeram erros fatais, como nos casos recentes do fuzilamento de uma família que culminou com a perda de uma criança e, o da entrega de três rapazes a traficantes de um morro carioca. Estes policiais e militares, foram recrutados por chefias superiores; receberam os treinamentos e equipamentos disponibilizados pelas corporações a que serviam e destas recebem a remuneração que lhes é atribuida; foram comandados por superiores, que os julgaram aptos ...

A crise dos quatro “efes”

Ao que a agencia de noticias chinesa, Xinhua, denominou a crise dos três “efes”: (food prices, fuel prices and financial turmoil, ou: preços da comida, preços do petróleo e turbulência financeira), dever-se-ia acrescentar no caso brasileiro, a “falta de capricho”. Evidentemente, a crise dos alimentos que afeta varias nações no mundo, deve merecer preocupação do governo brasileiro, principalmente, pelos reflexos inflacionários que se fazem sentir. Entretanto, não podemos limitar nossas discussões, tirando o foco dos maiores problemas brasileiros, para enveredar no tema preferido das cúpulas internacionais: a interminável pendenga entre os bio-combustiveis e a produção de alimentos. A economia brasileira sofre há muito tempo, de males internos, ao meu ver, de maior proporção que os eventuais impactos da destinação de terras agricultáveis, para a crescente produção de matéria prima conversível em bio-combustiveis. Refiro-me a duas questões: de um lado, as perdas imensuráveis sofridas pela...

Hora de repensar a formação

Autores renomados de manuais de Introdução à Ciência Econômica, como Paul Samuelson por exemplo, utilizaram o dilema da produção entre canhões e manteiga, espadas e arados, para ilustrar a “Curva de Possibilidades de Produção” numa economia. Referem-se, às possibilidades aplicáveis de utilização dos fatores disponíveis (recursos naturais, mão de obra, capital e tecnologia), na produção de bens econômicos necessários para atender às demandas dos consumidores. Um tema primário, que às vezes não merecia a devida atenção de estudantes e profissionais da área, mas, que, nos últimos tempos tem sido objeto de preocupação dos estudiosos e analistas internacionais, diante o dilema presente da produção de alimentos e bio-combustiveis. O recente surto inflacionário que atinge os preços dos alimentos, tem sido objeto de discussões acirradas nas reuniões de cúpula e, deverá ocupar espaço prioritário, na próxima reunião do denominado “G-8”, o grupo de nações mais desenvolvidas do mundo, incluindo a...