Quem serão os próximos ?
O lugar comum em que se converteu a perda de entes queridos, vitimados pelas diversas facetas da violência que assola nosso Pais, nos leva a um ambiente de insegurança, medo, incredulidade e desconfiança, no qual só nos resta a pergunta do titulo.
Se pretendemos enfrentar o caos e reverter a situação, algumas premissas são necessárias, para entendermos a extensão do problema:
Em primeiro lugar, é preciso mudar o foco das questões. De nada resolve tratarmos cada novo episodio, como se fosse um mero “despreparo” de policiais ou militares, que cometeram erros fatais, como nos casos recentes do fuzilamento de uma família que culminou com a perda de uma criança e, o da entrega de três rapazes a traficantes de um morro carioca.
Estes policiais e militares, foram recrutados por chefias superiores; receberam os treinamentos e equipamentos disponibilizados pelas corporações a que serviam e destas recebem a remuneração que lhes é atribuida; foram comandados por superiores, que os julgaram aptos a executar missões. Não foram os primeiros e não serão os últimos, a cometer erros fatais, porque as vítimas estão se avolumando a cada dia, face a freqüência insuportável de episódios semelhantes. Leva-me a concluir, que o “sistema de segurança” como um todo, está contaminado por falhas e sujeito a cometer outros descalabros inimagináveis; ou seja, o processo de recrutamento é falho, os treinamentos e equipamentos insatisfatórios, os salários minguados, a incompetência de comandos inegável.
Num outro pólo, passa desapercebido o gesto de generosidade e desprendimento dos pais do jovem tragicamente vitimado, que doaram seus órgãos a um Banco de Olhos, que está fechando as portas, por falta de condições operacionais. O que também não é um fato isolado: a Internet anuncia que uma UTI Neonatal no Rio Grande do Sul, também está fechando portas por falta de recursos; se visitarmos outras paginas, encontraremos novas noticias similares.
Aqui uma pergunta: “Quem são os maiores insanos: este ou aquele policial ou militar, que comete um erro fatal, fruto do despreparo e das condições lastimáveis em que são levados a operar, ou os governantes deste País, que se omitem, são incompetentes e não administram adequadamente nem fornecem recursos suficientes para propiciar à população, segurança e saúde, que não resultem em tantas vitimas fatais ?”
Ouvi o pai da criança cruelmente vitimada reclamar em soluços: “O Presidente, o Governador, foram eleitos para nos propiciar o melhor em segurança!”. Diariamente, ouvimos vitimas do sistema de saúde, bradar aos céus, por atendimento condizente, diante o estado lastimável de postos de saúde e hospitais. Fazendo uma ligação inevitável entre os episódios, não é difícil concluir a origem dos crimes de responsabilidade.
Lamentavelmente, elegemos homens também despreparados para cumprir com plenitude suas funções; submissos a “fundamentos econômicos”, que alardeiam como símbolo de pujança; são índices estatísticos que não contemplam a face cruel da violência nas ruas; mas, prestam-se a alimentar a ciranda financeira, que faz sangrar a economia popular, enquanto nela transitam livremente operosos e destacados personagens vilões – estranhamente parceiros estreitamente ligados às altas cúpulas - que vez por outra chegam até a ser espetaculosamente “abordados para averiguações”, às vésperas de campanhas eleitorais, em ações teatrais, que produzem uma nuvem de fumaça, a dissipar a realidade cruel em que vive nossa sociedade.
Essa farsa populista, fede e dá nojo. (Paulo Mendes - Economista)
Se pretendemos enfrentar o caos e reverter a situação, algumas premissas são necessárias, para entendermos a extensão do problema:
Em primeiro lugar, é preciso mudar o foco das questões. De nada resolve tratarmos cada novo episodio, como se fosse um mero “despreparo” de policiais ou militares, que cometeram erros fatais, como nos casos recentes do fuzilamento de uma família que culminou com a perda de uma criança e, o da entrega de três rapazes a traficantes de um morro carioca.
Estes policiais e militares, foram recrutados por chefias superiores; receberam os treinamentos e equipamentos disponibilizados pelas corporações a que serviam e destas recebem a remuneração que lhes é atribuida; foram comandados por superiores, que os julgaram aptos a executar missões. Não foram os primeiros e não serão os últimos, a cometer erros fatais, porque as vítimas estão se avolumando a cada dia, face a freqüência insuportável de episódios semelhantes. Leva-me a concluir, que o “sistema de segurança” como um todo, está contaminado por falhas e sujeito a cometer outros descalabros inimagináveis; ou seja, o processo de recrutamento é falho, os treinamentos e equipamentos insatisfatórios, os salários minguados, a incompetência de comandos inegável.
Num outro pólo, passa desapercebido o gesto de generosidade e desprendimento dos pais do jovem tragicamente vitimado, que doaram seus órgãos a um Banco de Olhos, que está fechando as portas, por falta de condições operacionais. O que também não é um fato isolado: a Internet anuncia que uma UTI Neonatal no Rio Grande do Sul, também está fechando portas por falta de recursos; se visitarmos outras paginas, encontraremos novas noticias similares.
Aqui uma pergunta: “Quem são os maiores insanos: este ou aquele policial ou militar, que comete um erro fatal, fruto do despreparo e das condições lastimáveis em que são levados a operar, ou os governantes deste País, que se omitem, são incompetentes e não administram adequadamente nem fornecem recursos suficientes para propiciar à população, segurança e saúde, que não resultem em tantas vitimas fatais ?”
Ouvi o pai da criança cruelmente vitimada reclamar em soluços: “O Presidente, o Governador, foram eleitos para nos propiciar o melhor em segurança!”. Diariamente, ouvimos vitimas do sistema de saúde, bradar aos céus, por atendimento condizente, diante o estado lastimável de postos de saúde e hospitais. Fazendo uma ligação inevitável entre os episódios, não é difícil concluir a origem dos crimes de responsabilidade.
Lamentavelmente, elegemos homens também despreparados para cumprir com plenitude suas funções; submissos a “fundamentos econômicos”, que alardeiam como símbolo de pujança; são índices estatísticos que não contemplam a face cruel da violência nas ruas; mas, prestam-se a alimentar a ciranda financeira, que faz sangrar a economia popular, enquanto nela transitam livremente operosos e destacados personagens vilões – estranhamente parceiros estreitamente ligados às altas cúpulas - que vez por outra chegam até a ser espetaculosamente “abordados para averiguações”, às vésperas de campanhas eleitorais, em ações teatrais, que produzem uma nuvem de fumaça, a dissipar a realidade cruel em que vive nossa sociedade.
Essa farsa populista, fede e dá nojo. (Paulo Mendes - Economista)
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