Fantastico de arrepiar...

Foi-se o tempo em que na TV, a programação de horrores, tinha como carro-chefe, os filmes da serie: “Sexta-feira 13”, geralmente exibidos, como não poderia de ser, altas horas das noites de sextas-feiras.
Recentemente, a programação de horrores passou a ser exibida aos domingos, numa sequencia de reportagens que apresentam casos e cenas absurdas, capazes de aterrorizar qualquer telespectador.
A serie apavorante, começou com uma reportagem sobre o atendimento dispensado à população mais carente, em hospitais e postos de saúde públicos de vários Estados brasileiros. Seguiu-se uma tétrica reportagem com denuncias alarmantes, sobre a merenda escolar, servida em varias cidades, nas escolas que atendem a crianças carentes. E a mais recente, foi uma reportagem sobre o descalabro na educação de nossas crianças, também, em escolas publicas.
Apesar do caráter aterrorizante de tais reportagens, ressalve-se, que devemos louvar a mídia que, de forma corajosa e responsável, traz à luz, problemas com os quais a população sofre e convive no cotidiano, mas que, geralmente, são ocultados ou esquecidos, pelo discurso demagógico de nossos dirigentes e, fantasiosamente disfarçados pelos números e estatísticas elaboradas na vasta e onerosa propaganda governamental.
Se os fatos retratados são dignos de nosso mais veemente repudio, maior pânico nos provoca, saber que, alguns dos “administradores públicos” (se é que assim podem ser denominados), que deveriam zelar pelo uso e aplicação dos vastos recursos financeiros destinados a atender a estes problemas, já foram em passado recente, presos ou respondem a processos por suspeita de desvios praticados – mas, com o beneplácito da justiça, continuam em seus postos, a permitir e praticar novas aberrações.
Causam espécie, algumas das “justificativas” ou “promessas de correção”, exibidas no curso das reportagens e esboçadas por alguns envolvidos nos escândalos. Fica a impressão para o publico telespectador, que a impunidade é uma força superior, capaz de superar qualquer expectativa de justiça, diante tamanhas desumanidades. E que, aquelas pessoas que ocupam cargos com atribuições de zelar pelos bens públicos, não tem o mínimo senso critico, o menor respeito por criaturas humanas.
Pasmem, porque esses fulanos e fulanas, foram eleitos, nomeados ou contratados, justamente para promover meios de contribuir para minorar os sofrimentos da população. Mas permitem ou praticam atos de verdadeiro vandalismo com os recursos públicos. Atuam em áreas extremamente sensíveis ao povo, porque trata-se de serviços públicos, em geral, destinados aos mais carentes e, que não tem acesso a qualquer outro meio de superar suas mazelas.
O que esperar de uma saúde publica, que trata seres humanos, com cinismo e desprezo total? O que esperar de escolas que não atendem às mínimas condições de promover uma educação de qualidade, fator intrinsicamente necessário à promoção do ser humano, a um patamar de melhor condição? Como aceitar que, a merenda escolar, em muitos casos, a única fonte nutricional de muitas crianças miseráveis, seja objeto de negociatas, que a convertem em riscos para a própria saúde?
Não sei quando terminara esta serie de reportagens apavorantes. Mas, certamente, continuarão a revelar outras facetas tétricas, dos que nos governam. Isso, como diria o Boris Casoy “É uma vergonha!”.

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