O "enrolation"...
Em tempos de “rebolation” estourando no carnaval e nas paradas musicais, a galera certamente esperava uma oportuna trilha sonora para o bombástico lançamento do PAC – 2 (“O Retorno”...). Seria sem duvidas, algo assim: “PAC, PAC, é bom, bom... PAC, PAC, é bom, bom, bom...”
“Há controvérsias !”, como diria aquele saudoso humorista da celebre “Escolinha do Professor Raimundo”. Nos tempos atuais, quando os fatos e mudanças acontecem num átimo de tempo, economistas importantes, mundo afora, torcem o nariz para a ideia de “grandes planos”, hermeticamente formatados, como alternativa confiável na superação de barreiras ao desenvolvimento econômico.
O argumento mais comumente usado, é aflexibilidade e volatilidade que as economias da maioria dos paises, adquiriu nas ultimas décadas. Consequentemente, a problemática estrutural ou conjuntural de ontem, já não é a de hoje, nem será a de amanha. Nesta ótica, a idéia de planejamento de longo prazo, estaria fadada a defrontar-se com erros de avaliação num momento, que seriam ate fatais, caso as mudanças de cenário econômico, interno e externo, viessem a atropelar o andamento da execução do plano.
Como exemplo da hipótese aventada, observem o que ocorreu ao PAC-1. Era um “Plano de Aceleração do Crescimento!”. Ainda mal saindo das pranchetas, a meio caminho, defrontou-se com a recente crise, e a esperada “aceleração”, converteu-se num “freio de arrumação”, com a desaceleração repentina do PIB. Ora, dirão os críticos da tese: “Mas as coisas mudaram inesperadamente...”. E, estarão inconscientemente, reconhecendo a validade da mesma.
O PAC-1, foi engendrado em cenários interno e externo, auspiciosamente favoráveis. Os cenários mudaram radicalmente e, por conta disso, o plano assim concebido, que mais se assemelha a um “pacote amarrado”, não pode ser flexibilizado nas medidas necessárias, impondo nestas circunstancias, o que inexoravelmente ocorre: cortes, contingenciamentos, atrasos, e a resultante: do PAC-1, ate hoje, menos de 50% do planejado, foi concluído ao tempo e forma pretendidos.
A Região Cacaueira e os cacauicultores, que o digam. O PAC aqui, emPACou... a tal ponto, que o próprio presidente já recomendou que “Tomem juízo!”... certamente, para não ficarem sonhando com miragens.
Vivemos experiências similares recentes, durante os governos militares, com a edição dos PNDEs, que vieram a se converter numa “trilogia”: PNDE-1, 2, 3.... Algo não muito diferente do que se repete no presente. O saudoso Chacrinha, foi enfático ao afirmar: “Na televisão, nada se cria, tudo se copia”. Parece que, nos governos também. O atual, alheio à advertência, foi buscar inspirações... justamente onde? Nos governos que tanto espezinharam, combateram e anarquizaram.
Falta de criatividade e inspirações menos mórbidas? Talvez. Talvez também, oportunismo exacerbado, em ano eleitoral. Lembram-se do: “Ninguém segura este Pais?” – O general de então, posava com radinho de pilha nos jogos da seleção e, ate “acertava resultados”. O guru de hoje, veste macacões, usa capacetes, suja mãos no petróleo... tudo certamente, por uma “boa causa”.
Imaginem se por conta do PAC-1, o crescimento da economia brasileira tivesse acelerado o quanto prometeram, e com o PAC-2, acelerasse mais ainda, nosso PIB alcançaria “uma velocidade...”, e sairia desembestado por ai afora, sem ninguém saber onde iria parar... Combustivel é o que não falta, porque o pré-sal esta ai para abastecer. Te cuida, Schumacher... o PIB brasileiro danou-se e vai bater todos os recordes na pista.
Palavras do “senhor”. Amem.
Em tempo: A repetição: pac, pac, pac, lembra aquelas terríveis maquininhas dos supermercados, de triste memória. – Paulo Mendes – Economista.
“Há controvérsias !”, como diria aquele saudoso humorista da celebre “Escolinha do Professor Raimundo”. Nos tempos atuais, quando os fatos e mudanças acontecem num átimo de tempo, economistas importantes, mundo afora, torcem o nariz para a ideia de “grandes planos”, hermeticamente formatados, como alternativa confiável na superação de barreiras ao desenvolvimento econômico.
O argumento mais comumente usado, é aflexibilidade e volatilidade que as economias da maioria dos paises, adquiriu nas ultimas décadas. Consequentemente, a problemática estrutural ou conjuntural de ontem, já não é a de hoje, nem será a de amanha. Nesta ótica, a idéia de planejamento de longo prazo, estaria fadada a defrontar-se com erros de avaliação num momento, que seriam ate fatais, caso as mudanças de cenário econômico, interno e externo, viessem a atropelar o andamento da execução do plano.
Como exemplo da hipótese aventada, observem o que ocorreu ao PAC-1. Era um “Plano de Aceleração do Crescimento!”. Ainda mal saindo das pranchetas, a meio caminho, defrontou-se com a recente crise, e a esperada “aceleração”, converteu-se num “freio de arrumação”, com a desaceleração repentina do PIB. Ora, dirão os críticos da tese: “Mas as coisas mudaram inesperadamente...”. E, estarão inconscientemente, reconhecendo a validade da mesma.
O PAC-1, foi engendrado em cenários interno e externo, auspiciosamente favoráveis. Os cenários mudaram radicalmente e, por conta disso, o plano assim concebido, que mais se assemelha a um “pacote amarrado”, não pode ser flexibilizado nas medidas necessárias, impondo nestas circunstancias, o que inexoravelmente ocorre: cortes, contingenciamentos, atrasos, e a resultante: do PAC-1, ate hoje, menos de 50% do planejado, foi concluído ao tempo e forma pretendidos.
A Região Cacaueira e os cacauicultores, que o digam. O PAC aqui, emPACou... a tal ponto, que o próprio presidente já recomendou que “Tomem juízo!”... certamente, para não ficarem sonhando com miragens.
Vivemos experiências similares recentes, durante os governos militares, com a edição dos PNDEs, que vieram a se converter numa “trilogia”: PNDE-1, 2, 3.... Algo não muito diferente do que se repete no presente. O saudoso Chacrinha, foi enfático ao afirmar: “Na televisão, nada se cria, tudo se copia”. Parece que, nos governos também. O atual, alheio à advertência, foi buscar inspirações... justamente onde? Nos governos que tanto espezinharam, combateram e anarquizaram.
Falta de criatividade e inspirações menos mórbidas? Talvez. Talvez também, oportunismo exacerbado, em ano eleitoral. Lembram-se do: “Ninguém segura este Pais?” – O general de então, posava com radinho de pilha nos jogos da seleção e, ate “acertava resultados”. O guru de hoje, veste macacões, usa capacetes, suja mãos no petróleo... tudo certamente, por uma “boa causa”.
Imaginem se por conta do PAC-1, o crescimento da economia brasileira tivesse acelerado o quanto prometeram, e com o PAC-2, acelerasse mais ainda, nosso PIB alcançaria “uma velocidade...”, e sairia desembestado por ai afora, sem ninguém saber onde iria parar... Combustivel é o que não falta, porque o pré-sal esta ai para abastecer. Te cuida, Schumacher... o PIB brasileiro danou-se e vai bater todos os recordes na pista.
Palavras do “senhor”. Amem.
Em tempo: A repetição: pac, pac, pac, lembra aquelas terríveis maquininhas dos supermercados, de triste memória. – Paulo Mendes – Economista.
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