Indulgencias plenarias.
Consta dos registros da historia que, num passado distante, a Igreja Católica, sob direção do Papa Leão X, teria recorrido abusivamente à pratica de concessão das indulgências aos pecadores, em troca de doações para construção da Basílica de São Pedro em Roma. O fato, mereceu pesadas criticas, e a principal delas aconteceu quando Martinho Lutero, afixou na Igreja de Wittemberg, na Alemanha, textos em latim, com 95 teses que contrariavam dogmas da Igreja. Num dos textos, lembrava Lutero, Romanos, 1.17: “o justo vivera da fé”.
Na tese 82, citou Lutero: “Por que o papa não tira duma so vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando, em troca de vil dinheiro para a construção da Catedral de S. Pedro, livra um sem numero de almas, logo por motivo bastante insignificante?”. Pela ousadia de sua pregação, Lutero terminou excomungado e, seu protesto, arrebanhou adeptos que deram origem ao Luteranismo.
Nos últimos tempos no Brasil, políticos e correligionários, envolvidos em praticas condenáveis no âmbito da política e da administração publica, tem recebido invariavelmente, as bênçãos do seu condutor mor, a ponto de conquistar o indulgente perdão de suas faltas. Em troca, a devoção fervorosa e submissão ilimitada ao “Lulismo” – uma nova vertente carismática da política nacional. O “rebanho” de convertidos e submissos, cresce na medida da amplitude e complexidade de seus envolvimentos, que nem ao menos chegam às raias dos tribunais convencionais, para apuração e investigação detalhada e criteriosa.
Privilégios de proteção e guarda, que infelizmente, não se estende aos cidadãos comuns – citados e generalizados na Constituição – mas reservados apenas aos “cidadãos não comuns” – os eleitos e escolhidos para serem marcados pelas indulgências, conferidas pelo “Papa do Lulismo” ou, simplesmente, “O Cara”, na versão Obamistica do carisma popularesco.
Aqui, já não temos a oratória ousada de um Lutero, para contrapor teses ao dogmatismo Lulista. A sucessão de casos escabrosos que palmilharam o Poder Legislativo, na Câmara, o famigerado mensalão; no Senado, atos secretos e um sem numero de barbáries com os recursos públicos; na periferia destes episódios, dólares em cuecas, malas de dinheiro aerotransportadas; um caseiro vilipendiado e perseguido por forças misteriosamente coordenadas; ate na Receita Federal, um bate boca em torno de “contatos imediatos de 3º grau”, sofisticados e milionários sistemas de câmeras de vigilância, que não vigiam nem gravam absolutamente nada... Ate nos fazem lembrar as historias dos astuciosos índios e cangaceiros, que toscamente, apagavam rastros por onde passavam.
Lembro que Jesus disse, nas suas peregrinações: “...aos pobres é anunciado o evangelho” (Matheus, 11.5). Assim também como disseram em suas campanhas, os áulicos do “Lulismo”: “o governo daria prioridade aos pobres, à restauração da moralidade..., etc, e etc...”.
Mas, nesse Brasil, onde ainda se morre pela fé e, se acredita em milagreiros, os pobres, que não tem dinheiro suficiente ou amigos e padrinhos influentes, continuam sendo apenas “cidadãos comuns”, que continuam sofrendo dos mesmos males do passado, pagando como castigo por seus delitos nas cadeias e penitenciarias tenebrosas.
Por que os pobres “cidadãos comuns”, são relegados aos tormentos, enquanto, estes supostos “justos”, tem o amparo e privilegio das indulgências plenas? Por que as bandeiras da moralidade, da verdadeira justiça social, foram derribadas, por interesses e vocações tão esdrúxulas? Ate quando, os pecadores serão simplesmente “perdoados”, objeto de indulgências plenárias, seguidas de um sarcástico e cínico: “Vai-te, e não peques mais...?”. Institucionalizou-se a impunidade desregrada. – Paulo Mendes – Economista.
Na tese 82, citou Lutero: “Por que o papa não tira duma so vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando, em troca de vil dinheiro para a construção da Catedral de S. Pedro, livra um sem numero de almas, logo por motivo bastante insignificante?”. Pela ousadia de sua pregação, Lutero terminou excomungado e, seu protesto, arrebanhou adeptos que deram origem ao Luteranismo.
Nos últimos tempos no Brasil, políticos e correligionários, envolvidos em praticas condenáveis no âmbito da política e da administração publica, tem recebido invariavelmente, as bênçãos do seu condutor mor, a ponto de conquistar o indulgente perdão de suas faltas. Em troca, a devoção fervorosa e submissão ilimitada ao “Lulismo” – uma nova vertente carismática da política nacional. O “rebanho” de convertidos e submissos, cresce na medida da amplitude e complexidade de seus envolvimentos, que nem ao menos chegam às raias dos tribunais convencionais, para apuração e investigação detalhada e criteriosa.
Privilégios de proteção e guarda, que infelizmente, não se estende aos cidadãos comuns – citados e generalizados na Constituição – mas reservados apenas aos “cidadãos não comuns” – os eleitos e escolhidos para serem marcados pelas indulgências, conferidas pelo “Papa do Lulismo” ou, simplesmente, “O Cara”, na versão Obamistica do carisma popularesco.
Aqui, já não temos a oratória ousada de um Lutero, para contrapor teses ao dogmatismo Lulista. A sucessão de casos escabrosos que palmilharam o Poder Legislativo, na Câmara, o famigerado mensalão; no Senado, atos secretos e um sem numero de barbáries com os recursos públicos; na periferia destes episódios, dólares em cuecas, malas de dinheiro aerotransportadas; um caseiro vilipendiado e perseguido por forças misteriosamente coordenadas; ate na Receita Federal, um bate boca em torno de “contatos imediatos de 3º grau”, sofisticados e milionários sistemas de câmeras de vigilância, que não vigiam nem gravam absolutamente nada... Ate nos fazem lembrar as historias dos astuciosos índios e cangaceiros, que toscamente, apagavam rastros por onde passavam.
Lembro que Jesus disse, nas suas peregrinações: “...aos pobres é anunciado o evangelho” (Matheus, 11.5). Assim também como disseram em suas campanhas, os áulicos do “Lulismo”: “o governo daria prioridade aos pobres, à restauração da moralidade..., etc, e etc...”.
Mas, nesse Brasil, onde ainda se morre pela fé e, se acredita em milagreiros, os pobres, que não tem dinheiro suficiente ou amigos e padrinhos influentes, continuam sendo apenas “cidadãos comuns”, que continuam sofrendo dos mesmos males do passado, pagando como castigo por seus delitos nas cadeias e penitenciarias tenebrosas.
Por que os pobres “cidadãos comuns”, são relegados aos tormentos, enquanto, estes supostos “justos”, tem o amparo e privilegio das indulgências plenas? Por que as bandeiras da moralidade, da verdadeira justiça social, foram derribadas, por interesses e vocações tão esdrúxulas? Ate quando, os pecadores serão simplesmente “perdoados”, objeto de indulgências plenárias, seguidas de um sarcástico e cínico: “Vai-te, e não peques mais...?”. Institucionalizou-se a impunidade desregrada. – Paulo Mendes – Economista.
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