Apertem os cintos: o piloto “assumiu” !
“Quantos anos pode uma montanha existir/ Antes do mar lhe cobrir”... Lembrando Zé Ramalho, o “Bob Dylan da Paraíba”, mesmo que a popularidade de alguém, seja uma montanha, um dia uma “marolinha” pode virar uma grande onda e... nunca se sabe o que pode acontecer... “O vento vai responder”.
Quem acompanhou, o “show pirotécnico de marketing político” em Brasília (dizem as mas línguas, que foi propaganda política antecipada), alguns dias atrás, deve ter ficado intrigado, com a mensagem de gastança e promessas mirabolantes aos prefeitos, que por la circularam, para “beijar a pedra”. Em meio à grave crise que já sinalizava uma necessária parcimônia, os santinhos com a foto da “dupla anfitriã”, lembrança da badalação, agora devem estar sendo considerados aziagos, depois da queda violenta nos repasses do FPM aos Municipios.
Ainda estávamos vivendo a fantasia da “marolinha” e, o governo cortejava segmentos da industria nacional, promovendo reduções convenientes no IPI. Cortesia com o chapéu alheio, porque boa parte das receitas, pertencia aos Estados e Municípios. Por que não reduziu logo a carga tributaria sobre as folhas de pagamento (uma velha reivindicação do empresariado), para incentivar a manutenção e ampliação de empregos? A resposta, não precisa esperar pelo vento: porque a União é a maior beneficiaria destas receitas. Portanto, “Mateus, primeiro os teus...”
Agora, o “Cara” (numa tradução indigesta, que a mídia propagou), sem a menor cerimônia, avisa que “os Municípios vão ter que apertar os cintos”. Menos mal. Revela que, o poder resolveu ter ouvidos, para ouvir o povo chorar seus desempregados, suas empresas, Municípios, Estados e a própria União em dificuldades, e que finalmente, despertam para a gravidade da crise. Vai-se o discurso populista, ilusório, o jogo de cena; dando lugar ao fim de miragens, porque popularidade é patrimônio; e patrimônios, perdem-se nas crises.
Quando a crise ainda era noticia apenas nas terras dos “brancos, louros e de olhos azuis”, comentei varias vezes nos círculos mais próximos de amigos: “Ainda não vimos da missa, a metade”. Aqui mesmo neste espaço, manifestei preocupações em artigos anteriores, não so com a dimensão e consequencias dos problemas que se avizinhavam, mas principalmente, revelei criticas à postura, que me parecia insensata do nosso dirigente maior, ao recorrer a gracejos, tiradas inoportunas e comentarios jocosos, pouco lisonjeiros, num momento tão serio.
A exemplo, lembro o artigo intitulado: “O achincalhe” (03/03/2009) – contendo critica contundente ao crescimento desmedido dos lucros do BB – 74%, em pleno ano de crise. Depois do piloto “assumir” a crise, o presidente do BB foi passear, porque resistia à redução dos juros libertinos e predatórios, e à ampliação de créditos mais acessíveis.
Não custa lembrar, que a Petrobras também exorbitou no crescimento de seus lucros. Combustíveis, são insumos básicos para a industria, transportes, agricultura, comercio, etc. Seus preços, continuam tão esquisitos e altos, quanto os spreads bancários. E la, também tem presidente... vai, que o vento resolve responder...
A Economia, é uma ciência interessante, porque em qualquer situação, permite desenhar cenários que variam do desastre à bonança. A economia brasileira, viveu anos recentes de razoável equilíbrio, embora não acompanhando o mesmo ritmo de crescimento de outras nações concorrentes.
Este, por incrível que pareça, poderá ser nosso “diferencial competitivo”, porque armazenamos “energia potencial”, e recursos para deslanchar a qualquer momento. É preciso, olhar muitas vezes os cenários, antes de saber enxergar.
Não devemos, é fingir que não podemos ver. Porque, o vento pode responder com um vendaval. – Paulo Mendes – Economista.
Quem acompanhou, o “show pirotécnico de marketing político” em Brasília (dizem as mas línguas, que foi propaganda política antecipada), alguns dias atrás, deve ter ficado intrigado, com a mensagem de gastança e promessas mirabolantes aos prefeitos, que por la circularam, para “beijar a pedra”. Em meio à grave crise que já sinalizava uma necessária parcimônia, os santinhos com a foto da “dupla anfitriã”, lembrança da badalação, agora devem estar sendo considerados aziagos, depois da queda violenta nos repasses do FPM aos Municipios.
Ainda estávamos vivendo a fantasia da “marolinha” e, o governo cortejava segmentos da industria nacional, promovendo reduções convenientes no IPI. Cortesia com o chapéu alheio, porque boa parte das receitas, pertencia aos Estados e Municípios. Por que não reduziu logo a carga tributaria sobre as folhas de pagamento (uma velha reivindicação do empresariado), para incentivar a manutenção e ampliação de empregos? A resposta, não precisa esperar pelo vento: porque a União é a maior beneficiaria destas receitas. Portanto, “Mateus, primeiro os teus...”
Agora, o “Cara” (numa tradução indigesta, que a mídia propagou), sem a menor cerimônia, avisa que “os Municípios vão ter que apertar os cintos”. Menos mal. Revela que, o poder resolveu ter ouvidos, para ouvir o povo chorar seus desempregados, suas empresas, Municípios, Estados e a própria União em dificuldades, e que finalmente, despertam para a gravidade da crise. Vai-se o discurso populista, ilusório, o jogo de cena; dando lugar ao fim de miragens, porque popularidade é patrimônio; e patrimônios, perdem-se nas crises.
Quando a crise ainda era noticia apenas nas terras dos “brancos, louros e de olhos azuis”, comentei varias vezes nos círculos mais próximos de amigos: “Ainda não vimos da missa, a metade”. Aqui mesmo neste espaço, manifestei preocupações em artigos anteriores, não so com a dimensão e consequencias dos problemas que se avizinhavam, mas principalmente, revelei criticas à postura, que me parecia insensata do nosso dirigente maior, ao recorrer a gracejos, tiradas inoportunas e comentarios jocosos, pouco lisonjeiros, num momento tão serio.
A exemplo, lembro o artigo intitulado: “O achincalhe” (03/03/2009) – contendo critica contundente ao crescimento desmedido dos lucros do BB – 74%, em pleno ano de crise. Depois do piloto “assumir” a crise, o presidente do BB foi passear, porque resistia à redução dos juros libertinos e predatórios, e à ampliação de créditos mais acessíveis.
Não custa lembrar, que a Petrobras também exorbitou no crescimento de seus lucros. Combustíveis, são insumos básicos para a industria, transportes, agricultura, comercio, etc. Seus preços, continuam tão esquisitos e altos, quanto os spreads bancários. E la, também tem presidente... vai, que o vento resolve responder...
A Economia, é uma ciência interessante, porque em qualquer situação, permite desenhar cenários que variam do desastre à bonança. A economia brasileira, viveu anos recentes de razoável equilíbrio, embora não acompanhando o mesmo ritmo de crescimento de outras nações concorrentes.
Este, por incrível que pareça, poderá ser nosso “diferencial competitivo”, porque armazenamos “energia potencial”, e recursos para deslanchar a qualquer momento. É preciso, olhar muitas vezes os cenários, antes de saber enxergar.
Não devemos, é fingir que não podemos ver. Porque, o vento pode responder com um vendaval. – Paulo Mendes – Economista.
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