Prazo de validade
Talvez o maior problema na política brasileira seja o prazo de validade das promessas e compromissos dos políticos e dos próprios políticos, ou seus partidos. Em alguns casos, como temos observado, variados exemplos demonstram que acordos e compromissos, não duram sequer uma sessão na câmara, no senado, nas assembléias legislativas ou mesmo numa câmara de vereadores.
Determinadas promessas, não resistem sequer ao termo de posse, quando se trata de um candidato ao executivo. E com uma freqüência desconcertante, este ou aquele político que se destaca, como suposta solução para nossos problemas mais simples ou complexos, não resiste ao vendaval da autofagia desmedida.
A política brasileira tem passado nas décadas recentes, por momentos significativos, que nos trouxeram eventuais sopros de bons ventos e expectativas positivas, logo convertidos num caudal de desacertos e incongruências. Fruto, da ausência generalizada de bases ideológicas sólidas e conteúdos programáticos confiáveis e factíveis.
O discurso partidário ou do político de plantão, muda ao bel prazer das conveniências de ocasião. O eleitorado, ressente-se da possibilidade de estar se confundindo, ou estar sendo simplesmente ludibriado. Por isso, decorridos poucos meses de uma eleição, dificilmente se recorda em quem votou, porque já não reconhece na atuação pratica, aquelas ideias e promessas que ouviu durante a campanha.
A cada novo estágio da nossa vida, ouve-se o clamor por reformas políticas, que não prosperam, num terreno minado pelos interesses imediatistas, e a resistência corporativistas de figuras carimbadas, que volta e meia, ditam as regras do jogo.
Ate parece que não somos capazes de remover entulhos e barreiras, representadas por praticas e personagens presentes num passado recente, mas que pululam atuantes nos bastidores indevassáveis. Tem-se a impressão, que os “novatos”, que pontuaram nas recentes eleições, vieram com um “prazo de validade” muito curto, como se fossem mercadorias de fácil deterioração, devido à falta de ideologias e princípios enraizados e resistentes.
Vejam por exemplo, o que acontece agora, na disputa (se é que há realmente), pela direção do Legislativo (Câmara e Senado): velhas raposas da política, que foram decisivas e incisivas em momentos passados, voltam a figurar no panteão dos iluminados. O cenário, passa a impressão de um governo, cujo partido, núcleo da base de sustentação, se desgastou prematuramente, a ponto de já não resistir a testes mais contundentes de eficácia e resistência. E para não se esfacelar ladeira abaixo, busca a compensação aleatória de pesos e contra-pesos, para frear a própria derrocada.
Embora, o líder “carismático”, continue a pontuar elevados índices de popularidade, cada vez mais se aproxima da figura decorativa de uma “rainha da Inglaterra”: os súditos, fanaticamente se curvam por solidariedade aos símbolos da “nobreza”; o “rei”, reina, mas não governa, porque suas metas, promessas e compromissos, já se perderam no torvelinho das manobras de sustentação.
É o ressoar das trombetas, anunciando uma nova campanha eleitoral, cujos passos, serão trilhados a cada novo dia dos próximos dois anos. A tão propalada “Carta ao Povo Brasileiro”, já se tornou uma página virada. Os princípios e mudanças que proclamava, foram arquivados numa cerimônia de posse e, nem lembrados na segunda, porque a realidade era outra. Temos a impressão, que estamos de novo em busca de um outro “salvador”, como estivemos a pouco tempo.
Breve, estaremos ouvindo novos discursos, ou velhos discursos repaginados. O conteúdo em suma, será o mesmo: alcançar o poder e, fazer as mudanças, para que as coisas continuem como sempre estiveram. Quem viver, verá. - Paulo Mendes – Economista/ www.paineleconomico.blogspot.com
Determinadas promessas, não resistem sequer ao termo de posse, quando se trata de um candidato ao executivo. E com uma freqüência desconcertante, este ou aquele político que se destaca, como suposta solução para nossos problemas mais simples ou complexos, não resiste ao vendaval da autofagia desmedida.
A política brasileira tem passado nas décadas recentes, por momentos significativos, que nos trouxeram eventuais sopros de bons ventos e expectativas positivas, logo convertidos num caudal de desacertos e incongruências. Fruto, da ausência generalizada de bases ideológicas sólidas e conteúdos programáticos confiáveis e factíveis.
O discurso partidário ou do político de plantão, muda ao bel prazer das conveniências de ocasião. O eleitorado, ressente-se da possibilidade de estar se confundindo, ou estar sendo simplesmente ludibriado. Por isso, decorridos poucos meses de uma eleição, dificilmente se recorda em quem votou, porque já não reconhece na atuação pratica, aquelas ideias e promessas que ouviu durante a campanha.
A cada novo estágio da nossa vida, ouve-se o clamor por reformas políticas, que não prosperam, num terreno minado pelos interesses imediatistas, e a resistência corporativistas de figuras carimbadas, que volta e meia, ditam as regras do jogo.
Ate parece que não somos capazes de remover entulhos e barreiras, representadas por praticas e personagens presentes num passado recente, mas que pululam atuantes nos bastidores indevassáveis. Tem-se a impressão, que os “novatos”, que pontuaram nas recentes eleições, vieram com um “prazo de validade” muito curto, como se fossem mercadorias de fácil deterioração, devido à falta de ideologias e princípios enraizados e resistentes.
Vejam por exemplo, o que acontece agora, na disputa (se é que há realmente), pela direção do Legislativo (Câmara e Senado): velhas raposas da política, que foram decisivas e incisivas em momentos passados, voltam a figurar no panteão dos iluminados. O cenário, passa a impressão de um governo, cujo partido, núcleo da base de sustentação, se desgastou prematuramente, a ponto de já não resistir a testes mais contundentes de eficácia e resistência. E para não se esfacelar ladeira abaixo, busca a compensação aleatória de pesos e contra-pesos, para frear a própria derrocada.
Embora, o líder “carismático”, continue a pontuar elevados índices de popularidade, cada vez mais se aproxima da figura decorativa de uma “rainha da Inglaterra”: os súditos, fanaticamente se curvam por solidariedade aos símbolos da “nobreza”; o “rei”, reina, mas não governa, porque suas metas, promessas e compromissos, já se perderam no torvelinho das manobras de sustentação.
É o ressoar das trombetas, anunciando uma nova campanha eleitoral, cujos passos, serão trilhados a cada novo dia dos próximos dois anos. A tão propalada “Carta ao Povo Brasileiro”, já se tornou uma página virada. Os princípios e mudanças que proclamava, foram arquivados numa cerimônia de posse e, nem lembrados na segunda, porque a realidade era outra. Temos a impressão, que estamos de novo em busca de um outro “salvador”, como estivemos a pouco tempo.
Breve, estaremos ouvindo novos discursos, ou velhos discursos repaginados. O conteúdo em suma, será o mesmo: alcançar o poder e, fazer as mudanças, para que as coisas continuem como sempre estiveram. Quem viver, verá. - Paulo Mendes – Economista/ www.paineleconomico.blogspot.com
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