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Mostrando postagens de novembro, 2008

Hipocrisia com desgraça alheia.

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Mais uma vez assistimos o desfilar de comitiva, com presidente, governador, ministros, quebra facas, com cara de velório, visitando vitimas e estragos de mais uma tragédia que atinge a população brasileira. No triste caso de Santa Catarina, já se foram mais de cem vitimas, outras cerca de 55.000 estão desabrigadas, algumas em estado desesperador, além de montanhas de entulhos, que ilustram prejuízos materiais incalculáveis. As explicações vão desde a já surrada tese do “aquecimento global” que está provocando mudanças climáticas radicais – e ai o bode expiatório seria a natureza, única e mais conveniente responsável - até, a mais obvia e concreta: a hipocrisia dos “caras de velório”, que não cumprem o dever publico e administrativo, de realizar obras e promover ações preventivas para evitar novas tragédias. O site “Contas Abertas”, divulgou dados incontestáveis esta semana: O governo federal tem um “programa” de prevenção e preparação para prevenir emergências em áreas criticas, com r...

Politicas agricolas

O sujeito tinha lá sua fazendinha de umas 200 ha, em uma região muito valorizada, onde criava umas trezentas cabeças de gado, o suficiente para levar uma vida regrada, mas equilibrada. Um dia, ouviu um discurso do Presidente, anunciando que “a mamona seria a redenção do semi árido”, a nova solução em bio combustíveis. Acreditou na oportunidade e logo resolveu vender sua propriedade, porteira fechada. Com os recursos obtidos, comprou lá nos confins do semi árido, uma ampla área de uns 3.000ha, onde pretendia implantar o cultivo da tão propalada mamona. Começou verdadeira “via crucis”, junto a um banco oficial. Inicialmente, contratou um escritório para elaborar o projeto. Depois, começou a reunir documentos de toda ordem, um papelório interminável, até que um belo dia, já decorridos uns cinco meses, dirigiu-se ao banco, para finalmente iniciar a contratação do financiamento. Despejou na mesa do gerente, toda a tralha exigida: projeto pronto, cronograma de aplicações, estudo de viabilida...

Devagar com o andor...

Sem duvidas, a eleição de um novo presidente nos EUA, tem interessado ao Brasil e ao mundo, nas ultimas décadas, desde quando, aquele Pais, assumiu a condição de maior potencia econômica e militar do hemisfério ocidental. A recente campanha eleitoral, despertou grandes expectativas, principalmente, diante o confronto de um candidato do Partido Republicano do Bush ( num final de mandato marcado pela impopularidade), e a novidade do Partido Democrata, na figura do Obama, representando a perspectiva de mudanças. A vitória inquestionável de Obama, previsível e desejada pelo mundo afora, e também confirmada por ampla margem do eleitorado americano, no plano político, deve ser saudada e comemorada, não apenas como um exemplo no plano pessoal, do “Pais das oportunidades”. Mas também, como uma resposta franca aos desacertos de um período de oito anos, em que George Bush, conseguiu o improvavel: reduzir a auto estima dos cidadãos americanos, submetendo a Nação americana a uma posição negativist...

A natureza é inocente.

Mais uma vez, repetem-se os surrados diagnósticos de outros tempos: “A falta de chuvas, é responsável pela calamitosa falta d’água em Itabuna...”. É a forma de disfarçar o real problema que nos aflige, fugindo da necessidade de enfrenta-lo de modo objetivo. Vou direto ao ponto: enquanto o problema da água for tratado como objeto de interesses pessoais mesquinhos, que em nada se relacionam aos anseios da população, ficaremos na dependência exclusiva, de nuvens alvissareiras, que surjam nos céus da Região. As soluções existem, tem sido postas em discussão, mas sempre acaba prevalecendo o personalismo político e predador, que ora, busca capitalizar o tema para “mostrar serviço”, sob a forma de criticas e denuncismos burocráticos vazios, ora, utiliza a possível solução, como pedra no caminho do opositor, para não contempla-lo com as obras que a cidade reclama. Vimos nas recentes gestões, o desfilar de projetos e convênios, que não se concretizam, porque não interessam momentaneamente a est...