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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Um vazio de cidadania.

Perdemos o Sean Goldman. O Brasil, perdeu uma oportunidade de valorizar e defender um seu cidadão. É claro que, à luz dos intrincados meandros do direito internacional, ate onde consigo chegar com modestos conhecimentos, parece-me que a decisão exarada pela justiça recentemente, de um lado, representou uma solução coerente para um conflito familiar e de outro, promoveu correção técnica de um problema diplomático, ensejador de criticas e farpas. Compreende-se que, um filho de uma cidadã brasileira, nascido nos limites territoriais de outra Nação, e para aqui trazido em circunstancias eivadas de ilicitude, deva retornar à guarda do seu pai biológico, principalmente na ausência da mãe biológica, recentemente falecida. Há normas que assim orientam e, a justiça brasileira, pautou-se nos limites da correção, em obediência aos ditames legais. Por conta desse ordenamento normativo, não haveriam reparações a fazer. Há contudo, um aspecto a descortinar o viés confuso e lastimável, da po...

O avesso do avesso...

O ano de 2009, cujo final se aproxima, foi rico em discussões sobre os temas econômicos. Uma questão que ocupou espaços escancarados na mídia, nos debates acadêmicos e discussões entre políticos, foi a famigerada crise deflagrada em meados do ano anterior. Obviamente, pelas suas dimensões, não se poderia esperar tendência diferente, haja vista que, em cada oportunidade, o tema revelava-se palpitante e objeto de preocupações. Depois de ultrapassadas as primeiras impressões e conseqüências, a crise, como tantas outras, foi arrefecendo e perdendo seu poder de ameaça apocalíptica. Mas, ainda hoje, guardadas as devidas proporções, continua sendo alvo de reflexões. E os reflexos produzidos nas economias de cada pais, continuam a ser parâmetro de avaliação, para as projeções dos anos vindouros. Interessante depois de superados os primeiros efeitos da borrasca, é analisar os equívocos de interpretação cometidos, no inicio e no decorrer dos acontecimentos. Por exemplo, alguns analistas ...

Há controversias...

Terminou esta semana no senado, com aprovação muito questionada, uma longa discussão sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul, que se estendia desde 2007. Acompanhei alguns dos últimos debates sobre a questão, centrados ora, na importância econômica da Venezuela em relação ao bloco, ora na figura do seu dirigente Hugo Chavez. Entendo que, embora controvertida politicamente, a pessoa do atual dirigente venezuelano, não deveria ser o centro das atenções e preocupações dos debatedores. Porque, quando se questiona a participação de um Estado no contexto de um bloco econômico, no caso, Hugo Chavez, não é o Estado da Venezuela, nem o Estado da Venezuela deve ser confundido com as trapalhadas e maquinações de Hugo Chavez. Nesse sentido, caberia estabelecer o flagrante contraste, entre a historia de uma Nação, suas potencialidades econômicas, sua importância política, demográfica e estratégica, como mais um elo importante na corrente que se pretende edificar em bloco, para representar os ...