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Mostrando postagens de março, 2009

O discurso do atraso

Já de muito tempo, tornou-se indiscutível que, a economia das Nações é extremamente dinâmica, principalmente a partir da constatação dos vários fatores sociais, políticos, tecnológicos, climaticos e, obviamente econômicos, que interferem no processo. A economia, não pode ser mais vista, como um departamento estanque, que opera à revelia dos fatos à sua volta: ela influencia e é influenciada, podendo sofrer mutações imprevisíveis, que dificilmente podem ser previstas no contexto restrito dos modelos formulados, pelas bases teóricas. Ate mesmo, complexas simulações, ainda que amparadas em recursos científicos e tecnológicos disponíveis, nas ultimas décadas, podem apresentar distorções imperceptíveis. O que, chegou a colocar em xeque, as lógicas do planejamento econômico, principalmente, no longo prazo, a ponto de ser objeto de criticas contundentes. O Brasil viveu nas ultimas décadas, varias experiências de planejamento de longo prazo, dentre estas, Plano de Metas, PNDs sucessivos, e out...

Pais do futuro.

Num passado não muito distante, quando ainda garotos, os da minha geração foram catequizados com a idéia do Brasil ser o Pais do futuro. Durante um bom tempo, o “mantra” do Pais do futuro, continuou a ressoar em nossas mentes, embora muitos de nos não conseguisse compreender seu real significado. Na raiz dos argumentos, estavam fatores como, uma população predominantemente jovem, a reconhecida criatividade e, o manancial de recursos naturais, do “gigante pela própria natureza”, cantado em nosso Hino Nacional. Algumas décadas de formação escolar e profissional, nos levaram a ficar impacientes com a demora para chegarmos ao “futuro prometido” e, ate desconfiar de alguns argumentos, por exemplo, ao compararmos o grande potencial de recursos existentes em nosso Pais, com a falta deles, observada no Japão, já de algum tempo, reconhecida potencia econômica mundial. E olha que o Japão, alem da falta de recursos naturais, tem uma extensão territorial minúscula, se comparada à nossa, uma popula...

Novos rumos ?

Neste espaço, tenho reiteradamente criticado as políticas monetária e fiscal do governo. Não apenas do governo que ai esta, enveredando pelo sétimo ano, sem apresentar nada de novo ou eficaz, em termos de mudanças estruturais nos dois campos. Mas, também dos antecessores recentes que, sustentaram políticas distorcidas e também foram objeto de criticas. De um lado, pela manutenção de taxas de juros estratosféricas, a inibir iniciativas de investimentos produtivos. De outro, pelo peso insuportável que tem representado a carga tributaria, principalmente em setores de atividades, carentes de incentivos. Uma das resultantes negativas, fica estampada ao avaliarmos o desempenho comparativo de nossa economia. Nos recentes períodos de maior prosperidade e crescimento observados na maioria dos paises, o Brasil amargou níveis de crescimento pífios, não conseguindo aproveitar adequadamente as oportunidades que lhe foram franqueadas, pela economia global. A partir da deflagração no ano passado, da...